Pesquisar

A jabuticaba-branca

 

Uma árvore nativa de pequeno porte, 2-3 m de altura, muito pouco cultivada em pomares domésticos, com tronco nodoso, folhas cartáceas glabras na face superior e pilosas na inferior. Flores aglomeradas sobre o caule e ramos. Frutos pequenos globosos verde-amarelados, ou vináceos, contendo polpa suculenta de sabor doce, sempre consumidos in natura (Lorenzi et al, 2006).

Seu tronco é ramificado desde a base com 8-15 cm de diâmetro, de casca castanha amarelada que se desprende em placas irregulares. 

Seu nome vem do tupi guarani e significa “Fruta Branca”. Também recebe o nome de ibatinga, batinga, Jabuticaba Branca, Jabuticaba verde, Jabuticabatinga e Jabuticaba branco-verde.  Vegetal com risco de extinção, ocorre no Brasil na Mata Atlântica (Rio de Janeiro) e vales da Serra da Mantiqueira (São Paulo e Minas Gerais).

O sabor desta espécie é bem diferente das demais jabuticabas, pois a branca possui uma textura muito macia, assemelhando-se a um toque de seda. Seu gosto é doce, agradabilíssimo e muito refrescante.


Nome Popular: jabuticaba-branca, ibatinga, batinga,
Nome Cientifíco: Myrciaria aureana Mattos
Família: Myrtaceae

Lorenzi, Harri et al.: Frutas brasileiras e exóticas cultivadas (de consumo in natura), Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2006, p. 217.


O Ora-pro-nobis

 

Uma cactácea arbustiva pouco cultivada, também conhecida por rosa-madeiragroselha-da-américa muito interessante por possuir folhas normais, alternas, simples, pecioladas. Na base de cada folha formam-se aos pares os espinhos, em tufos numerosos. Flores róseas reunidas em racemos curtos e densos, axilares e terminais, com ovário súpero, o que é uma exceção da família e cultivada como ornamental e medicinal, além de consumida como prato típico em Minas Gerais e outros Estados.

Planta com porte variando entre 3-6m de altura. As flores concentram-se em pequenos cachos, nas extremidades dos galhos. Os frutos, em forma de fuso ou piriformes, verde-amarelados, do tipo baga, contendo sementes pretas (KINUPP. V. F., LORENZI. H., 2014).

Trata-se de uma espécie endêmica do Brasil, no Maranhão, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, bastante usada no Nordeste na zona rural em cercas divisórias de propriedades.

É uma planta com alto teor de proteína (aproximadamente 25% de sua composição). Entre seus aminoácidos, possui a lisina e o triptofano em maior quantidade. Conta também com a presença de minerais, como  cálcio, magnésio, potássio, fósforo, zinco, boro, cobre, ferro e manganês. Em destaque o manganês, zinco e o ferro.


USO NA ALIMENTAÇÃO

Suas folhas branqueadas podem ser usadas para produção de patês, bolinhos fritos, ou refogadas com carne, além de omeletes, saladas, tortas, cozidos. Suas flores também podem ser consumidas refogadas e cozidas no arroz ou feijão, ou sob forma de bolinho ou salteadas.

Patê de ora-pró-nobis: é preparado retirando-se 350g de folhas selecionadas, branqueie e pique. 2 colheres de sopa de azeite, refogue com sal, alho, orégano, pimenta e demais temperos a gosto. Aicione as folhas, mexa e deixe murchar bem. Triture com um pouco de água no liquidificador e em seguida pode consumir quente ou frio (KINUPP. V. F., LORENZI. H., 2014).

Bolinho de folhas de ora-pró-nobis: Colha 400g de folhas os ramos terminais, lave, ferva, escorra e corte em tirinhas finas. Coloque em um recipiente e misture 4 ovos, 1 colher de sal, temperos a gosto, 12 colheres de sopa de farinha de trigo com fermento. Adicione as folhas picadas e frite em óleo quente, depois é só secar em papel absorvente e servir quente.


Nome Popular: rosa-madeira, groselha-da-america

Nome Cientifíco: Pereskia grandifolia Haw.

Família Botânica: Cactaceae

A Erva-cidreira

 

Planta medicinal, introduzida no Brasil, também conhecida por melissa, pertencente à família da hortelã, do boldo-brasileiro, do alecrim, do orégano, da  alfavaca e da lavanda,   sempre foi muito utilizada pela medicina tradicional para  combater distúrbios gastrointestinais, como calmante, analgésico, anti-inflamatório, antioxidante e até psicológicos como depressão, ansiedade, estresse, insônia, agitação entre outros.

Trata-se de uma erva originária da Europa meridional, cujas folhas são maiores e mais claras que as da hortelã, com margem crenada. Flores pequenas, esbranquiçadas ou róseas.

Além das ações no campo emocional, a erva-cidreira age também no aparelho digestivo, ajudando na absorção de ferro, potássio, cálcio, cobre, fósforo, vitaminas A, B1, B2, B3, B5, B6, C, manganês e magnésio.

Apesar de ser tradicionalmente muito consumida, a erva-cidreira não é amplamente comercializada como outros tipos de chás, sendo bastante confundida com o capim-cidreira (Cymbopogon citratus), que possui algumas propriedades semelhantes, embora botanicamente diferentes. Por tanto não devemos confundir erva-cidreira com capim-cidreira.

Os gregos a chamavam de “erva-do-mel”, pelo fato de ser também uma planta melífera já os árabes, no século X utilizavam a erva-cidreira contra a melancolia e o mau humor.


Nome Popular: erva-cidreira

Nome Científico: Melissa officinalis L.

Família: Lamiaceae (Labiatae)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Erva-cidreira