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A sombra das amendoeiras, benefícios e ônus

A nossa conhecida amendoeira, (Terminalia catappa) árvore exótica da Família Combretaceae, também conhecida por sete-copas,  amendoeira-da-praia ,chapéu de sol, castanhola,  é originária  da Malásia,   embora sua origem seja controversa, estando a Índia e a Nova Guiné entre as hipóteses apontadas. Em Angola é conhecida como figueira-da-índia.
Freqüentemente cultivada e muito característica do litoral brasileiro, a partir da  região sudeste, pois necessita de calor para se desenvolver.   É uma árvore de grandes dimensões que pode atingir mais de 35 m de altura. É cultivada como árvore ornamental e os seus frutos são comestíveis, embora um pouco ácidos.  A sua madeira é vermelha, sólida e resistente à água. 
A semente muito dura, envolve a amêndoa alongada considerada na Índia a melhor das nozes do país. Desenvolve-se perfeitamente nos terrenos salgados, arenosos e resiste ao efeito dos ventos, sendo uma das plantas mais recomendas  para a região litorânea.
As amendoeiras, como a maioria das árvores, proporcionam várias funções essenciais à vida humana, melhorando notadamente as condições do meio, contudo pelo fato de ser um vegetal de folhas caducas, em determinadas épocas do ano ela perde as suas folhas que apresentam um razoável volume causando um desagradável aspecto á cidade. 
Aracaju possui uma quantidade razoável de amendoeiras em sua área urbanizada, temos ainda na cidade um déficit de arborização em consequência de diversos fatores que vão dos ambientais, (solo, clima, salinidade) até os fatores conjunturais (legislação urbana, código de urbanismo, estrutura), que dificultam a política de arborização da cidade.
Será que vale a pena sacrificar as nossas amendoeiras frondosas, que tanta sombra e despoluição proporcionam nessa cidade onde o aquecimento global, cada vez mais intenso, tornam o nosso ambiente inabitável, pelo fato de contribuírem para aumento de folhas secas nas vias urbanas? 
Acho que vale a pena, enquanto não temos essências arbóreas nativas capazes de substituí-las ainda, mantermos um serviço de varrição mais intenso e convivermos em harmonia com as nossas amendoeiras.


Por: Antonino Campos de Lima – Engenheiro Agrônomo.