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     Após passados mais de meio século da minha formatura como Engenheiro Agrônomo e da minha convivência como professor de Botânica Econômica da Universidade Federal de Sergipe, onde pesquisava, entre outros assuntos, as plantas alimentícias e preocupado com o desprezo do homem pelas centenas de plantas ainda não utilizadas na alimentação por puro desconhecimento ou arraigadas tradições de consumo, não poderia deixar, como cidadão e técnico da área, de dar essa singela contribuição para o conhecimento das plantas não convencionais comprovadamente viáveis para alimentação humana. Desde criança ouvia meus pais e avós e amigos mais idosos da família mencionarem e, eventualmente, prepararem comidas pouco conhecidas, como: manjogome, maniçoba, bredo, beldroega, taioba e muitas outras, muitas vezes processadas na nossa cozinha de fogão a lenha existente na casa do Sítio do Carro Quebrado onde tive o privilégio de nascer e de ser criado.


     O paisagismo é a arte de recosturar a paisagem utilizando conceitos artísticos e conhecimentos técnicos visando a recuperação de espaços livres com requintes de beleza, equilíbrio, conforto e sustentabilidade. Nessa obra o autor enfatiza os primórdios da história dos jardins na antiguidade, idade média e espaços contemporâneos, passando pelos conceitos da composição, fatores que interferem na composição como solo, água, clima e paisagem, fatores econômicos, culturais, sociais e psicológicos. Elementos arquitetônicos, uso e função da vegetação e os princípios básicos que regem o paisagismo rodoviário, enfatizando nesse segmento paisagístico o uso da vegetação como sinalização nas rodovias e toda a filosofia que envolve a concepção dos Refúgios Vegetais Rodoviários. Pelo seu cunho didático, recomendado para profissionais e estudantes das áreas de arquitetura, engenharia, biologia e outras que pretendam aprimorar os seus conhecimentos de paisagismo.



A arborização das cidades é uma prática utilizada pelos povos desde a antiguidade. A sua função principal é melhorar a qualidade de vida da área urbana reduzindo os efeitos da incidência solar e da poluição.
A árvore é um dos símbolos mais conhecidos pela humanidade. Desde a Antiguidade, as árvores já eram ligadas aos deuses e às forças místicas da natureza, como a fertilidade, a energia Divina, a longevidade, o pecado, a discórdia, o esporte, a sorte, a abundância, a imortalidade, enfim, toda uma gama de atributos místicos.
Além das conhecidas Árvores Símbolos de inúmeras localidades em todo o mundo, elas resgatam uma simbologia própria ao longo de toda a história da humanidade.




Apesar da inquestionável importância da BR-101 para o país há de se questionar o imensurável impacto ambiental causado com imensa repercussão nos inúmeros ecossistemas do seu trajeto, cuja paisagem sofreu enormes alterações e cujas ações antrópicas, ocasionou devastações imensas no corpo estradal e em seu entorno.
O Brasil já estava a merecer uma atitude política capaz de resgatar o prejuízo ambiental causado pelos projetos de sistema viários, realizados ao longo de sua história. Um competente programa de recuperação de áreas degradadas ao longo das rodovias nacionais seria um componente ambiental importante para permitir a materialização do grande projeto de paisagismo rodoviário que além de revegetar tecnicamente essas áreas degradadas estaria conduzindo o seu uso em benefício da própria segurança e conforto dos seus usuários. A BR-101, como a maioria das grandes rodovias nacionais, apresenta em raríssimos trechos alguns programas de paisagismo, ou até iniciativas regionais de pequenos projetos de arborização rodoviária, como ocorreu em alguns estados do nordeste brasileiro.



     Após três décadas de trabalho no campo do paisagismo e tendo passado muito tempo militando na pesquisa e no ensino universitário das botânicas (Organografia, Sistemática e Botânica Econômica), tivemos a oportunidade de conviver com a angústia de Arquitetos, Agrônomos, Biólogos, Engenheiros Florestais e demais paisagistas no campo pertinente à nomenclatura científica das plantas. A proliferação de nomes populares na vegetação ornamental sempre foi um entrave sério à sua identificação correta. Cada região tem a sua própria nomenclatura popular, o que tem causado uma absoluta confusão quando se pretende elaborar um projeto de paisagismo ou, simplesmente, introduzir uma espécie de outra região. Visando facilitar essa compreensão, nos propomos a reunir informações taxonômicas e elaborar esse glossário, que não tem a pretensão de tornar-se um manual essencialmente científico, em face das mudanças que ocorrem nos estudos da taxonomia, mas ser uma contribuição que pretende exclusivamente, colaborar com o entendimento e a identificação da vegetação ornamental, comumente utilizada no paisagismo tropical.
     Nesta edição apresentamos apenas uma relação de nomes populares e científicos das espécies botânicas ornamentais mais conhecidas, sem a preocupação de situá-las no seu táxon, citando exclusivamente o nome popular, a espécie botânica e sua correspondente família botânica. Alguns nomes científicos, bem como suas famílias possuem duas nomenclaturas em virtude da transição entre os Sistemas de Classificação de Engler e o novo Sistema de Arthur Cronquist, de conformidade com APG II (2003).