Ervas consideradas parasitas de outras plantas porque sugam a seiva bruta dos hospedeiros para se alimentar são capazes de matar árvores até de elevado porte e são também chamadas hemiparasitas porque penetram suas raízes sugadoras no xilema (feixes lenhosos) e fazem o processamento dos seus alimentos via fotossíntese (autótrofas) pelo fato de possuírem clorofila.
Trata-se de vegetais de pequeno porte, que nascem sobre as árvores através da defecção ou regurgitação de pássaros.
Temos no Brasil inúmeras espécies de ervas-de-passarinho, principalmente as pertencentes às Famílias Santalaceae com o gênero Phoradendron e Loranthaceae, que possui no Brasil 10 gêneros e 100 espécies, com destaque especial para os gêneros Struthanthus e Psitacanthus.
A espécie Struthanthus flexicaulis Mart. é a que mais ocorre no País, possui ramos finos, longos que envolvem os galhos e tronco da planta hospedeira e emitem novas raízes. Elas são capazes de afetar outras árvores vizinhas.
As flores são pequenas, discretas, hermafroditas, de cor verde clara a creme, e os frutos são bagas alaranjadas ou amarelas, pequenas, globulares a elipsóides, com uma ou duas sementes (Lorenzi, 2000). Seus frutos adocicados são ingeridos pelos pássaros e suas sementes regurgitadas sobre os galhos dos hospedeiros, germinando e formando novas plantas. O vegetal parasitado geralmente entra em declínio e morre se não for tratado a tempo.
O gênero Psitacanthus, tem varias espécies, entretanto P. cordatus Blume, que ocorre mais frequentemente na Região Amazônica e no Pantanal Mato-grossense P. robustus Mart., mais encontrada na Região Sudeste e nos cerrados, com suas belas flores amarelas, são espécies muito disseminadas no Brasil, ambas também através de pássaros que se alimentam dos seus frutos (Lorenzi, 2000).
No gênero Phoradendron, destacam-se as espécies P. affine Nutt., cujas sementes, ao serem expelidas pelos pássaros sobre os ramos dos hospedeiros formam um grande tufo vegetativo gerando novos ramimhos que se desenvolvem podendo levar seu hospedeiro a morte (Lorenzi, 2000). E P. crassifolium Pohl. Esse gênero botânico pertencia anteriormente a Familia Loranthaceae, depois Viscaceae e atualmente faz parte da Fam. Santalaceae.