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CIRUELA

 

Uma fruta exótica de uma pequena árvore originária dos Andes, (Colômbia, Equador, Bolívia, etc.), em regiões de altitude que variam de 100 a 2.600m e introduzida no Brasil nas regiões tropicais, também conhecidas como caferana, ameixa-do-mato, ameixa-do-pará, acerola-do-mato.

A ameixeira-do-pará, como é também conhecida, mede de 2-5m de altura, possui folhas simples, alternas, cartáceas, curto-pecioladas e pubescentes quando jovem. Suas flores são pequenas, andróginas, perfumadas, amarelas, dispostas na mesma inflorescência em racemos axilares e terminais. já as folhas da ciruela contêm flavonoides e atividades antimicrobiana e antinflamatórias (QUEIROZ, 2012).


Os frutos da ciruela são oblongos vermelhos lisos do tipo drupa, com polpa fina de sabor adocicado e coloração vermelha quando bem maduro, ou vermelho-amarelada, contendo geralmente duas sementes (LORENZI et all, 2015). A polpa dos seus frutos, embora não se tenha ainda muitas pesquisas bromatológicas, é rica em carotenoides do tipo licopeno, sucedâneo do molho de tomate e importante para degeneração macular dos olhos.

 

Nome Popular: caferana, ameixa-do-mato, acerola-do-mato
Nome Cientifíco: Bunchosia armeniaca (Cav.) DC.
Família Botânica: Malpighiaceae

Umbu Gigante

 

O umbu possui sabor exótico e, tradicionalmente, foi se tornando um disputado ingrediente para produtos diversos, comercializados em feiras livres, supermercados e lojas de conveniência. Seu extrativismo proporciona renda para milhares de famílias na região semiárida do Nordeste brasileiro.

Com peso de 4 a 5 vezes acima dos frutos convencionais, este tipo, é um dos acessos do Banco de Germoplasma da Embrapa Semiárido, apresentando potencial para cultivo voltado para o agronegócio. O extrativismo de umbuzeiro é uma atividade importante na geração de renda dos agricultores familiares do semiárido brasileiro, e um tipo de umbu com a característica do Gigante possibilita a implantação de uma fruticultura de sequeiro. Plantas de umbu gigante podem ser utilizadas para reflorestar o bioma caatinga, enriquecendo a vegetação com uma planta nativa capaz de reduzir os efeitos da degradação da região.


Foi no final dos anos 90 que a Embrapa Semiárido e a extinta Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) juntaram forças para fomentar o cultivo de umbuzeiros em diversas cidades da Bahia.

O resultado desse trabalho são quatro cultivares de umbuzeiro melhores adaptadas às várias condições edafoclimáticas da região. Batizadas como BRS 48, BRS 52, BRS 55 e BRS 68, suas características atendem a demandas importantes da cadeia produtiva, principalmente para o processamento nas agroindústrias de doces, geleias, sucos, picolés, sorvetes, compotas e bebidas artesanais.


Seus frutos podem chegar a um peso acima de 60 gramas. Por isso foram chamados de “umbu gigante”. Brotando em umbuzeiros que ocorreram na natureza e que foram selecionados por agricultores em parceira com órgãos de pesquisas, essa Spondia, se destaca por suas características genéticas diferenciadas.

Atualmente a pesquisa tem feito a seleção de plantas que apresentem características de boa produtividade, frutos médios a grandes em relação ao seu tamanho normal (10 a 20 g), casca fina e lisa, maior percentagem de polpa e alto teor de brix. Assim, tem sido feita a seleção de plantas na região semiárida do Norte de Minas Gerais, Bahia e Pernambuco, apresentando copas com frutos considerados gigantes, em torno ou acima de 100 gramas, e com bom paladar de polpa.

Nome popular: umbu gigante
Nome científico: Spondias tuberosa
Família botânica: Anacardiaceae

Disponível em Fundaj - https://www.gov.br/fundaj
Disponível em Embrapa - https://www.embrapa.br/
Disponível em Jornal dia de campo - http://www.diadecampo.com.br/

A Fava e seu uso na culinária

 

Um legume herbáceo (40-90 cm de altura), de origem africana e do Oriente Médio, conhecido no Brasil como uma planta alimentícia não convencional (PANC), a fava possui um caule rígido ramificado, de quatro quinas, folhas compostas pinadas, flores brancas perfumadas contendo uma mancha negra. Frutos tipo vagem ou legume, cilíndricos de 10-20 cm.

Suas sementes podem ser consumidas quando maduras ou até imaturas (verdes). Sementes secas podem apresentar 25% de proteína, 55% de carboidratos, 2% de lipídios, além de aminoácidos, minerais e vitaminas B e E, e podem ser torradas como o amendoim.


As folhas novas podem ser consumidas como verdura cozida. (KINUPP.V.F., LORENZI.H.,2014).

A fava é muito saborosa, contudo, precisa ser bem lavada e passar por um processo de fervura antes de ser cozida com os demais ingredientes para evitar seu amargor indesejável.

No vocabulário popular da língua portuguesa, a expressão: “Vá às favas”, não representa a delícia que é o consumo versátil dessa leguminosa.

 

USO NA ALIMENTAÇÃO

As sementes secas da fava podem ser cozidas e usadas no preparo de inúmeros pratos como: Saladas de fava, purês, torradas, além de dezenas de outros pratos, como: Dobradinha de fava; Fava verde cozida, Arroz com fava; Fava com toucinho; Fava com carne seca e costelinha; Fava com costela e bisteca de porco; Fava com carne de porco; Fava com leite de coco; Fava com mocotó; Risoto com linguiça e fava; Sopa cremosa de fava; Fava tropeira; Fava branqueada, etc...


Fava com leite de coco: Deixe a fava branca de molho durante uma noite inteira, refogue por 5 minutos a fava na cebola picada, no alho, na pimenta de cheiro, e nos sachês de tempero para feijão, acrescente a água e deixe na pressão por 30 minutos, abra a panela mexa e acrescente o leite de coco misture bem, deixe na pressão por mais 30 minutos, o ponto certo é quando a fava já está molinha, se ela n estiver sempre acrescente um copo de água e volte para pressão até chegar no ponto, Ideal para servir com um arroz branco ou colorido. 

 

Fava com charque: Cozinhe a carne-seca, dessalgue-a bem e corte em cubos de aproximadamente 1.5cm de lado e reserve, coloque as favas de molho em água abundante de um dia para o outro, trocando a água algumas vezes, dê uma fervura rápida, escorra e depois leve ao fogo numa panela com óleo os pedaços de bacon, quando estiverem dourados refogue com o alho picado e a cebola, junte a linguiça cortada em rodelas e a carne-seca em cubos, coloque então as folhas de sálvia picadas grosseiramente e refogue tudo muito bem em fogo baixo, escorra e adicione à panela as favas, o tomate picado e a pimenta, Refogue por quinze minutos, cubra com o caldo de legumes o conteúdo da panela, tampe a panela e cozinhe em fogo baixo até que as favas e as carnes estejam macias e o caldo espesso. Cubra com um fio de azeite de oliva virgem e sirva.

Nome popular: fava, feijão-fava
Nome científico: Vicia faba L.
Família botânica: Fabaceae (ex-Leguminosae)

Ferreira Kinupp, Harri Lorenzi: Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no    Brasil: guia de identificação ,aspectos nutricionais e receitas ilustradas  Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 86 .p.422.

O Achachairu e seu uso na culinária

O achachairuzeiro é uma fruteira exótica, nativa da floresta tropical de média altitude da Bolívia e muito apreciada em Ayacucho, Santa Cruz, onde se realizam festas anuais para promoção da fruta.

O achachairu, antigamente denominado Rheedia laterifolia pertence atualmente ao gênero Garcinia. Seu parente mais famoso é o mangostão (Garcinia mangostana L.).

Possui folhas simples, coriáceas, glabras, e lustrosas na sua face superior, de 10-18cm de comprimento. Flores solitárias ou agrupadas em fascículos axilares, masculinas e andróginas. Frutos drupáceos, com casca grossa, amarelos, contendo 1-2 sementes, cobertas por polpa compacta branca, de sabor doce, levemente ácido e muito saborosa. A polpa, não aderente à casca, é bastante suculenta e de textura mucilaginosa, e após retirada dos frutos se oxida rapidamente.


Muitas vezes confundido com o Bacupari (Garcinia brasiliensis), devido a aparência dos frutos semelhantes, porém de sabor diferente.

O achachairu possui substâncias como biflavanóides e benzofenonas tanto nas folhas, como nos frutos com efeitos imunotóxicos, anti-inflamatórios, antioxidantes e anticancerígenos, além de ser rica em potássio, ácido fólico e vitamina C e indicado para reumatismo, úlceras gástricas, cicatrizante, digestivo, laxante, entre outas enfermidades.


 

USO NA ALIMENTAÇÃO

 

Assim como o bacupari e o bacuri, o achachairu além do seu tradicional consumo in natura, apresenta um grande potencial, ainda pouco utilizado, para industrialização de doces, pavê, sucos, polpa, sorvetes, além de frisante e outros produtos. 


Doce de achachairu: Retire a casca e remova a polpa do fruto. Para cada 1kg de polpa, use 500g de açúcar cristal, em seguida mexa bastante até obter o ponto desejado, quando o doce gruda na colher. Caso prefira o ponto de geleia, é só retirar do fogo antes. 




Pavê de achachairu: Bata no liquidificador a polpa, leite condensado, iogurte e o creme de leite. Vá acrescentando leite, de forma que a massa não fique dura. Numa vasilha própria, faça uma camada de biscoitos levemente embebidos no leite e cubra os biscoitos com uma camada do recheio. Em seguida alterne as camadas, deixando a última coberta com o recheio.

 

Nome popular: achachairu, bacupari-da-bolivia, tapacuarai
Nome científico: Garcinia humilis
Família botânica : Clusiaceae

 

https://ciprest.blogspot.com/2017/03/achachairu-boliviano-garcinia-humilis.html
https://www.mundoboaforma.com.br/achachairu-para-que-serve-e-beneficios
https://conexaosafra.com/curiosidades/o-que-achachairu


O feijão-andu e seu uso na culinária

Também conhecido por feijão-guandu, andu, guandu, guandeiro, entre outras denominações populares, o pé de feijão-andu é um arbusto ramificado, ereto, perene, medindo de 1-5m de altura, contendo folhas compostas trifolioladas, de 4-7cm de comprimento. Inflorescências em racemos curtos com flores amarelas. Frutos tipo legume, ligeiramente achatados, com 4-7 sementes acinzentadas ou marrons, que podem ser consumidas cozidas ainda verdes ou quando maduras. Suas folhas Jovens e vagens imaturas bem novas, são também comestíveis.


O feijão andu apresenta um alto teor de proteinas e fibras, além de atrair a água se transformando em um gel durante a digestão, fazendo com que a fibra insolúvel facilite a absorção dos alimentos.

Fornece vitaminas do Complexo B, Cálcio, potássio, Magnésio, Ferro, contribuindo para prevenir anemia. Como é de origem africana, o andu se adaptou a climas secos e solos pobres, por isso encontrado em regiões semiáridas. No Brasil tem sido cultivado no Nordeste e no centro - norte, à exemplo de Minas Gerais, Mato Grosso, Tocantins e no Piauí.

 

USO NA ALIMENTAÇÃO

 

Mesmo sendo considerada uma planta alimentícia não convencional (PANC), o andu já possui grande diversidade de uso na culinária Nordestina, através de Inúmeras receitas, como: “Farofa de andu”; Baião de dois com andu”; “Arroz com andu”; “Andu com bacon”; “Feijão Tropeiro de andu” ; “Refogado de andu, com carne de soja”; “Andu com verduras”; Andu com costelinhas de porco”; “Chá de folhas de feijão andu”; “Sopa de andu com carne”; “Salada de andu”; “ Purê de andu”, “Andu cozido com pimentões”; entre  inúmeras outras receitas.


       Sopa de andu com carne: Para o preparo da sopa é só colocar os grãos maduros na água durante 24 horas, depois é só escorrer e cozinhar na panela de pressão, como qualquer feijão, adicionando a carne e os temperos (sal, alho, pimenta do reino) e outros a gosto. Misture bem e sirva quente.

 

Feijão andu cozido com pimentões: Para preparar um feijão andu cozido  tenha em mãos pimentão vermelho, pimentão amarelo, alho, cebolinha, sal e temperos variados, como louro, pimenta-do-reino e curry. Depois de pronto, sirva o prato bem quentinho.

 



Nome popular: andu, feijão-andu, guandu
Nome científico: Cajanus cajan (L.) Huth
Família botânica: Fabaceae/Leguminosae

 Ferreira Kinupp, Harri Lorenzi: Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no    Brasil: guia de identificação ,aspectos nutricionais e receitas ilustradas  Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 86 .p.402.

A Araticum-da-praia e seu uso na culinária

O araticum-da-praia, fruto de uma árvore nativa e rara na natureza, encontrada na restinga arbórea e na Zona da Mata do litoral do Nordeste do Brasil, medindo de 12-15m de altura (porte elevado), de tronco quase liso e com brotos jovens ferrugíneo-tomentosos. Folhas simples. Grossas e coriáceas de ápice arredondado, verde escuras e lustrosas na face superior e mais claras na inferior com margens voltadas para baixo. Flores solitárias ou aos pares, trímeras, carnosas, andróginas. Frutos sincarpo-globoso ou cordiforme, pesando até 500g de peso, com polpa suculenta, muito apreciados, consumidos in natura e de cor verde-amarelados (Lorenzi et al, 2006).

O género Annona possui mais de dez espécies conhecidas, popularmente por araticum, à exemplo de araticum-do-campo  A. coriacea); araticum-do-brejo (A. glabra); araticum-do-cerrado (A.crassiflora), entre outras espécies dos gêneros Rollinia e Daguetia, que também fazem parte das Annonaceae.

Atualmente já se prepara uma grande quantidade de receitas doces e salgadas com araticum, acompanhado com arroz, feijão, carnes, lagosta, frango e inúmeras sobremesas deliciosas.

Os araticuns de modo geral, são frutos geralmente aromáticos e ligeiramente ácidos que apresentam um bom potencial gastronômico. (KINUPP.V.F., LORENZI.H.,2014).

 

USO NA ALIMENTAÇÃO


Suco de araticum: é preparado após o fruto descascado e peneirado, e colocado em liquidificador na proporção de 200g da polpa para um copo do liquidificador. Complete com água gelada, açúcar e gelo e triture novamente ou adicione leite se quiser mais cremoso. Podendo ainda preparar o sorvete.

 


Mousse congelado de araticum: é obtido através da mistura de 200g da polpa triturada com 200g de leite condensado, creme de leite, ou iogurte natural e 5 g de gelatina sem sabor. Depois é só levar á geladeira até atingir a consistência cremosa.

 


Pão-de-ló de araticum: pode ser preparado usando: seis ovos, seis colheres (sopa) de açúcar; cinco colheres (sopa) de farinha de trigo, uma colher (sopa) rasa de fermento em pó. Coloque na batedeira os ovos e o açúcar e bata até formar um creme, acrescente a farinha de trigo aos poucos e por último o fermento. Coloque em um tabuleiro forrado com papel manteiga untado e leve para assar em forno pré-aquecido a 180°C. Retire do forno e ainda quente desenforme em cima de um pano úmido, distribua o recheio sobre o pão e enrole ainda morno. Sirva frio. (SILVA.B. et al. 2016)

 

* LORENZI, H; BACHER, L; LACERDA, M; SARTORI, S. Frutas brasileiras e exóticas cultivadas, Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2006.

* FERREIRA KNINUPP, HARRI LORENZI: Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação ,aspectos nutricionais e receitas ilustradas  Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, p. 86


A Atemóia e seu uso na culinária

Uma fruteira tropical, resultante do cruzamento da pinha (Annona squamosa) com a cherimoia (Annona cherimola), duas espécies da família Annonaceae.

A árvore tem porte pequeno, em média de 3-5m de altura, ou mais à depender do solo e apresenta um fruto com menor quantidade de sementes e de tamanho maior (300-600g). Folhas sub-coriáceas de 10-20cm de comprimento, flores trímeras, andróginas e seus frutos possuem sabor doce e lembram os frutos da pinha e do araticum.

Sua propagação, apesar de ter sementes férteis é feita por enxertia. Atualmente o Brasil já dispõe de vários cultivares, à exemplo de “Gefner”, “Thompson” e “African Pride”, entre outros.


Frutos compridos ou de forma arredondada e mais lisos que os da pinha, apresentam também cores verde-amarelados quando maduros, polpa de cor branca, de sabor doce, não farináceo, com sementes marrom-escura. Trata-se de uma planta de recente introdução no Brasil.

 

USO NA ALIMENTAÇÃO

Assim como o biribá, araticum, a pinha e a graviola, a atemóia também pode ser consumida não só in natura, mas sob forma de geleias, pudins, sorvetes, sucos, mediante a extração da sua polpa.

Geléia de atemóia: Uma vez extraída a polpa da atemóia é só utilizar metade do açúcar cristal em relação a quantidade da polpa e colocar em fogo baixo até dar o ponto ideal.



Suco de atemóia: Coloque 200g de polpa de atemoia no liquidificador e complete com água gelada. Em seguida basta colocar açúcar e triturar. Caso queira o suco mais cremoso, é só adicionar metade leite e metade água. O suco rende bastante e é muito saboroso.

 


* https://www.tudogostoso.com.br/receita/99284-pudim-de-atemoia-com-frutas-marinadas.html

* Ferreira Kinupp, Harri Lorenzi: Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no    Brasil: guia de identificação ,aspectos nutricionais e receitas ilustradas  Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 86 .p.


O Jambo e seu uso na culinária

São fruteiras tropicais exóticas, pertencentes à família Myrtaceae introduzidas no Brasil e todas maravilhosamente adaptadas.

A maioria das espécies provenientes do continente asiático (Polinésia, Índia, Malásia), com cores, sabores e formatos diversos.

O jambo mais conhecido no País sem dúvida é o jambo-vermelho, (Syzigium malaccense) com suas flores róseas e copa cônica, uma fruteira de 7-12m de altura, cujos frutos, drupas vermelhas-escura com mais de 5cm. Os frutos bem maduros são deliciosos, crocantes e suculentos, com suave sabor refrescante e acídulo. Podem ser usados para o preparo de flans, cremes, mousses, dentre outros doces, como também podem ser assados ou caramelizados. Ele também possui antioxidante e suas folhas são ricas em miricitrina, podendo auxiliar no tratamento ou controle do diabetes mellitus.

O jambo-amarelo, (Syzygium jambos), uma fruteira que pode atingir de 10-15m de altura, de copa arredondada e tronco curto.
Jambo-branco, (Syzygium aqueum), uma pequena árvore de 4-7m com tronco tortuoso e copa irregular, que produz muitos frutos em cachos de cor branca, com polpa adocicada.


Jambo-rosa, (Syzygium samarangense), pequena árvore de 7-10m, que produz frutos piriformes em cachos, de cor rosada, pouco apreciados.



USO NA ALIMENTAÇÃO

 

Mousse das flores de jambo-vermelho: Colha e lave bem as flores, logo após triture cerca de 400g, misture com 200g de leite condensado, 200g de iogurte natural ou creme de leite e 5g de gelatina sem sabor diluída. Deixe na geladeira até atingir a consistência desejada.


 


Doce em calda de jambo-vermelho: Use frutos maduros, de preferência os menores, pois não possuem semente. Limpe-os, retirando os restos florais. Cozinhe com água e açúcar cristal até dar o ponto desejado. Coloque casca de canela e cravo-da-índia a gosto.

 


* Lorenzi, Harri et al.: Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil, Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2014, p. 560ISBN 978-85-86714-46-7

 * Lorenzi, Harri et al.: Árvores Exóticas no Brasil (madeireiras, ornamentais e aromáticas), Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2003, p. 299, ISBN 85-86714-19-24


A Batata-doce e seu uso na culinária

Como se tem conhecimento, trata-se de uma planta herbácea, perene, contendo raízes tuberosas grandes, amareladas, róseas ou brancas, muito conhecida mundialmente, com ramos prostrados, suculentos, nativa da América Tropical, embora não brasileira. Possui folhas simples de forma variada, à depender do cultivar, podendo ser inteiras ou lobadas, membranáceas. Flores campanuladas, axilares, racemosas e cultivada há milênios por vários povos, apenas para produção de raízes alimentícias, cujas folhas nunca utilizadas como verdura.  Sua reprodução é realizada através de ramas, ou das próprias batatas. (Kinupp,V. F., Lorenzi H., 2014).


Atualmente, a batata-doce ainda é tradicionalmente consumida cozida descascada, com casca ou assada, embora, em algumas regiões hoje, já se consome sob forma de purê, sucos, chás, e suas folhas frescas refogadas e utilizadas no arroz, no feijão, usadas para bolinho suflê e sopas, até como sucos verdes com limão. Os pecíolos foliares, são também usados após fatiados e refogados.

Além do sabor suave e adocicado que empresta ao prato, a raiz da  batata-doce fornece vitaminas importantes, tem baixo índice glicêmico, dá energia, auxilia na construção de músculos, previne anemia e fortalece o sistema imunológico. (Ultramacho, 2021).

USO NA ALIMENTAÇÃO


Purê de batata-doce: Lave e cozinhe as raízes com casca, em seguida descasque e amasse as batatas. Adicione creme de leite, sal, manteiga e temperos a gosto. Mexa e reduza em fogo baixo. Esse preparo serve também para pudins, pães, bolos, croquetes, etc.


Bolinho de batata-doce: Usar 300 g de batata-doce cozida, ½ xícara de polvilho doce, ½ xícara de polvilho azedo, ½ colher de chá de cúrcuma em pó e 1 colher de chá de sal. 

Além das opções citadas, inúmeras outras receitas podem ser feitas com batata-doce, como: O tradicional doce de batata-doce, pãozinho fit de batata-doce, chip de batata-doce e alecrim, bolinho de batata-doce com frango, coxinha de batata-doce com frango, empadinha fit de batata-doce, esfiha de batata-doce, panqueca de batata-doce, bolo de batata-doce sem glúten, torta de batata-doce cremosa, além de muitas outras opções culinárias, como o suco de batata-doce que também é feito utilizando-se as raízes.

 

Nome Popular: batata-doce

Nome Cientifíco: Ipomoea batatas

Família Botânica: Convolvulaceae

A Jurubeba e seu uso na culinária

 

Arbusto ereto, rizomatoso, perene, ramificado, caule pubescente, e armado de acúleos curvos, com 1-2m de altura, nativa do Brasil (Norte e Nordeste) e encontrada em quase todo território nacional, considerada daninha, infestante de pastagens, terrenos baldios, lavouras, pomares, beira de estradas, preferentemente em solos arenosos e secos, cuja propagação é feita por sementes ou por rizomas quando a planta é cortada. Seus frutos são empregados na medicina ou sob forma de condimento (LORENZI, 2000).

A jurubeba é uma planta muito conhecida no Brasil, principalmente nos estados do Nordeste e Centro-Oeste, mas também está presente em todo território nacional.

Por ter um sabor amargo muito acentuado, não é muito usada na culinária, porém sua forma em conserva é muito conhecida e funciona como um poderoso aliado medicinal, trazendo vários benefícios para a saúde e auxiliando em diversos tratamentos.

Possui propriedades medicinais anti-inflamatórias, descongestionantes, digestivas, diuréticas, cicatrizantes, hepatoprotetoras, e é usada para preparo de conserva que pode ser feita com os frutos, raízes e folhas da planta. Além disso, a jurubeba também pode ser utilizada para preparos de chá e licor.

USO NA ALIMENTAÇÃO

Os frutos da jurubeba são comercializados em feiras livres e utilizados como aditivo de aguardente e para preparar temperos, geralmente em salmoura. Atualmente em alguns Estados como Goiás e Minas Gerais, estão sendo industrializados para consumo direto ou para preparo de diversos pratos, além do seu tradicional uso em conserva (picles) e/ou cozidos no arroz.

Conserva de jurubeba: é preparada a partir do uso de seus frutos imaturos após lavagem e remoção dos seus cálices. Ferva os frutos na água com sal e vinagre e escorra sob água fria por três vezes, sempre renovando o sal e o vinagre ou limão. Em seguida é só fazer a conserva de acordo com a receita básica de picles. Pode ser consumida como tira-gosto ou cozida com arroz, carnes ou em sopas.


Jurubeba com creme de leite: Utilize os frutos do picles ou conserva e doure alho, cebola e sal e outros temperos a gosto, tais como na manteiga ou no azeite. Acrescente as jurubebas e coloque creme de leite ou leite de coco, deixando cozinhar um pouco, depois triture e sirva quente como acompanhamento de refeições.


Nome Popular: jurubeba, jurubeba-branca, jurubeba-verdadeira
Nome Cientifíco: Solanum Paniculatum L.
Família Botânica: Solanaceae