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Rosa do Deserto

 

A rosa-do-deserto, é uma planta exótica muito ornamental, pertencente à família Apocynaceae, de pequeno porte nativa da África e da Península Arábica e das regiões do Sahel, ao sul do Saara (da Mauritânia e Senegal ao Sudão).

Acostumada a muito vento e a estiagem prolongada. Por ser uma planta de clima desértico, ela precisa de pouca água, pois já armazena muita água em seu bulbo.

Ao preparar a muda, o solo ideal é uma mistura de areia com substrato ou húmus de minhoca incluindo-se nessa mistura o carvão vegetal, porque ele ajuda bastante na drenagem do vaso. Além disso, é leve, barato e muito durável.


Antes de irrigar precisa observar se o substrato está seco antes de regar a espécie novamente, já que a rosa-do-deserto é extremamente intolerante ao solo úmido demais. Para verificar a umidade, é só tocar o solo com os dedos.

Na estação mais quente, recomenda-se regas de duas a três vezes por semana, já no inverno, precisa reduzir para uma vez a cada sete dias. A água não pode ficar acumulada no vaso para que a raiz da planta não apodreça. Cada vez que a gente coloca água na planta, é como se estivesse lavando o substrato, então é preciso repor nutrientes com frequência para alimentá-la. Qualquer fertilizante que seja próprio para floração pode ser utilizado.  Como a rosa-do-deserto demora bastante para crescer o ideal nesse caso é darmos preferência para mudas enxertadas, por crescer mais rápido.


Nome popular: rosa-do-deserto
Nome científico: Adenium obesum
Família botânica: Apocynaceae

https://www.jardineiro.net/plantas/rosa-do-deserto-adenium-obesum.html

O chapéu-do-panamá

 

Uma espécie curiosa que lembra uma pequena palmeira, 3-4 m de altura, originária da América Central e muito cultivada no Brasil como planta ornamental. Trata-se de um vegetal acaule, com folhas cartáceas palmadas, de pecíolo rígido. Flores em inflorescências radiculares do tipo espádice contendo flores masculinas e femininas. Frutos são considerados espádice frutíferos deiscentes contendo uma polpa vermelha adocicada e apreciados in natura por conter rafine (cristais de oxalato de cálcio) (Lorenzi et al, 2006).


Ela pertence a família botânica Cyclanthaceae, que possui distribuição neo-tropical, e no Brasil são encontrados 12 gêneros nativos, e apenas o chapéu-do-panamá como gênero exótico que foi introduzido aqui no país.

Sua denominação vem do uso de suas folhas para confecção do famoso chapéu-do-panamá.

Em 1526, os espanhóis encontraram tribos no Equador que utilizavam uma palha muito bonita em seus cocares. Para que a Espanha pudesse conhecê-la, eles pediram que as artesãs da tribo tecessem a toquilla, como era popularmente conhecida a palha da planta Carludovica palmata.     

O chapéu-do-panamá, na verdade, teve origem no Equador, mas ganhou esse nome porque os chapéus desse tipo eram embarcados para os Estados Unidos via Panamá.

 

Nome Popular: chapéu-panamá, bombonassa
Nome Cientifíco: Carludovica palmata Ruiz &Pav.
Família: Cyclanthaceae (falsa-palmae)

 

Lorenzi, Harri et al.: Frutas brasileiras e exóticas cultivadas, Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2006, p. 399.

A cabeludinha

Fruta brasileira cultivada no Sudeste (Minas Gerais e Rio de janeiro). O vegetal possui porte arbustivo, 2-4 m de altura, copa densa, com ramos tocando quase no solo. Folhas cartáceas branco-tomentosas na face inferior. Flores reunidas em glomérulos axilares e frutos tomentosos contendo polpa suculenta e ácida e consumidos apenas in natura (Lorenzi et al, 2006).

Segundo a pesquisadora Graziela M. Barroso, essa espécie tem sido confundida com as espécies Eugenia Tomentosa Cambess. e E. Glomerata O. Berg que são espécies diversas.

Seus frutos maduros são globosos, casca grossa, cor amarela-canário, a polpa é translúcida, suculenta, doce e levemente ácida (adstringente). Em cada fruto contem 1 a 2 sementes grandes. Espécie frutífera e por isso atrai grande quantidade de animais, sendo muito útil na recuperação de áreas degradadas.

Por ser uma planta de bela arquitetura, pode ser usada nos trabalhos de paisagismo e arborização de praças e parques.

 

Nome Popular: cabeludinha, cabeluda, peludinha
Nome Cientifíco: Myrciaria glazioviana (Kiaersk) G. Barroso & Sobral
Família: Myrtaceae

 

 Lorenzi, Harri et al.: Frutas brasileiras e exóticas cultivadas (de consumo in natura), Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2006, p. 224.

O Bambu-gigante

Planta da família das gramíneas, no caso o seu maior representante em altura. A maioria das espécies é originária da Ásia e das mais de 1200 espécies catalogadas a maioria cresce apenas nos primeiros anos de vida. Nativos da Ásia tropical e sub-tropical, os bambus crescem em todas as latitudes, desde os trópicos até às regiões frias e desde o nível do mar até 3.400 m de altitude, preferindo "habitats" húmidos e quentes.

Os bambus são gramíneas perenes pertencentes á sub-família Bambusoides, da família Poaceae. Há cerca de 90 géneros e 1000 espécies de bambus. Depois de adulto, o bambu deixa de crescer e forma muitos brotos, gerando um conjunto impenetrável. Algumas espécies florescem apenas uma vez, geralmente com idade mais avançada, entre 80 e 120 anos, e depois morrem. Os bambus são muito importantes para a humanidade e existem mais de 1000 maneiras de utilização do bambu.

Nas primeiras semanas o crescimento dos bambus é muito rápido, tendo sido registado, cerca de 20-30 cm de crescimento vertical, por dia, nos primeiros 6 dias de crescimento. No final da estação de crescimento atingem perto de 15 m de altura, expandindo as folhas, por destacamento completo da baínha.

Estima-se que os bambus detêm o recorde absoluto de velocidade de crescimento nas espécies vegetais, conseguindo alguns atingir um metro de crescimento por dia.

 

Nome Popular: Bambu-gigante, bambu-balde.

Nome Científico: Dendrocalamus giganteus

Família: Poaceae (Graminae)

A jabuticaba-branca

 

Uma árvore nativa de pequeno porte, 2-3 m de altura, muito pouco cultivada em pomares domésticos, com tronco nodoso, folhas cartáceas glabras na face superior e pilosas na inferior. Flores aglomeradas sobre o caule e ramos. Frutos pequenos globosos verde-amarelados, ou vináceos, contendo polpa suculenta de sabor doce, sempre consumidos in natura (Lorenzi et al, 2006).

Seu tronco é ramificado desde a base com 8-15 cm de diâmetro, de casca castanha amarelada que se desprende em placas irregulares. 

Seu nome vem do tupi guarani e significa “Fruta Branca”. Também recebe o nome de ibatinga, batinga, Jabuticaba Branca, Jabuticaba verde, Jabuticabatinga e Jabuticaba branco-verde.  Vegetal com risco de extinção, ocorre no Brasil na Mata Atlântica (Rio de Janeiro) e vales da Serra da Mantiqueira (São Paulo e Minas Gerais).

O sabor desta espécie é bem diferente das demais jabuticabas, pois a branca possui uma textura muito macia, assemelhando-se a um toque de seda. Seu gosto é doce, agradabilíssimo e muito refrescante.


Nome Popular: jabuticaba-branca, ibatinga, batinga,
Nome Cientifíco: Myrciaria aureana Mattos
Família: Myrtaceae

Lorenzi, Harri et al.: Frutas brasileiras e exóticas cultivadas (de consumo in natura), Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2006, p. 217.


Jacarandás

 

Temos no Brasil algumas espécies muito especiais de jacarandás, algumas ameaçadas de extinção como é o caso do jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra Vell.) pertencente á família Fabaceae, árvore ornamental frondosa de de 15-25 m de altura, com tronco de 40-80 cm de diâmetro, que ocorre na floresta pluvial atlântica, na Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, cuja madeira, atualmente rara, tem sido apenas utilizada para mobiliários de luxo e instrumentos musicais  (Lorenzi et all, 2002).

Além do jacarandá-da-bahia, ocorrem outras espécies de jacarandás nativos, à exemplo do Dalbergia miscolobium Benth, conhecida popularmente como jacarandá-do-cerrado ou caviúna-do-cerrado, com porte mais reduzido, encontrada no bioma cerrado.

Entre as exóticas notáveis temos o jacarandá-mimoso, uma espécie da família Bignoniaceae, (Jacaranda mimosifolia D Don), uma árvore extremamente ornamental, originária da Argentina, Bolivia e do Paraguai, cujo porte de 12-15 m de altura, folhas opostas, compostas, bipinadas, contendo belas flores azul-violetas e corola do tipo campanulada.

Podendo ser usadas em arborização de ruas, parques e jardins, entretanto suas flores apresentam maior profusão em regiões mais distantes do litoral (Lorenzi et all, 2003).

Árvores Brasileiras (Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Nativas do Brasil), Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2002., vol1, 4.ed, p.215,  ISBN 85-86714-16-X.

Árvores Exóticas no Brasil (madeireiras, ornamentais e aromáticas), Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2003.p.102  ISBN 85-86714-19-24

A kananga-do-japão

Plantio da kananga-do-japão, realizado no Parque
da Sementeirapelo Eng. Agro.Antonino C. Lima, a
Bióloga Salete Rangel e o Eng. Agro. Ailton F. da Rocha.
        Também conhecida popularmente como: yang-yang, lang-lang, flor-das-flores é uma árvore exótica, originária do Continente Asiático (Madagascar, Malásia, Indonésia), pertencente à família Annonaceae, cuja espécie Cananga odorata Hook f. & Thoms., nBrasil, ganhou popularidade na década de 1920, sendo importada com o nome de  kananga-do-japão, apresentando propriedades afrodisíacas e suavizadoras da derme.

Trata-se de uma espécie exótica de porte arbóreo (10-15m), semidecídua, de tronco espesso, com casca clara e rugosa. Copa estreita e rala, com ramos pendentes. Folhas simples, alternas, de margens onduladas, flores esverdeadas, muito perfumadas, agrupadas nas axilas das folhas, em racemos curtos, cujos frutos ovalados-alongados, pretos, formados em cachos, geralmente em setembro-outubro, contendo sementes escuras de forma ovaladas. LORENZI, H. et al.

Suas flores produzem um óleo aromático obtido por destilação, usado para aromatização de vários perfumes conhecidos e a sua parte aérea possui atributos para uso paisagístico.

      A familia Annonaceae, que inclui várias fruteiras cultivadas, como: pinha, graviola, araticum, cherimoia, atemoia, possui no Brasil, 29 gêneros, com mais de 400 espécies nativas e apenas 03 gêneros introduzidos, entre os quais se destaca o gênero Cananga.

 


Nome Popular: Kananga-do-japão, lang-lang, yang-yang

Nome Científico: Cananga odorata Hook f. & Thoms.

Família : Annonaceae

LORENZI, H.et al.: Árvores Exóticas no Brasil (madeireiras, ornamentais e aromáticas), Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2003.p.85.


A turnera


Herbácea perene, ereta, nativa das restingas de toda América Tropical (inclusive Brasil) de 30-50 cm de altura, ramificada, nativa em quase todo território brasileiro, exceto no Sul. Folhas simples, alternas pecioladas, pubescentes, ovalado-alongadas, serrilhadas e aromáticas. Flores solitárias, axilares e terminais, branco-amareladas ou amarelas com a garganta preta, abrindo-se na parte da manhã e formadas no decorrer de todo o ano. Na variedade “Elegans” as flores são marrom-arroxeadas na base. (Lorenzi et al,2001).
A turnera é extremamente invasora e resistente, vegetando a pleno sol em solo pobre e além de crescer espontaneamente pode ser cultivada para fins ornamentais, medicinais e alimentícios. Suas folhas podem ser usadas para preparo de chá, suco verde e como condimento e as flores para o preparo de geleias e saladas e tem também uso medicinal como anti-inflamatório e afrodisíaco.

USO ALIMENTÍCIO

As flores da chanana ou turnera, são deliciosas para consumo direto in natura, bastante suaves e adocicadas. Suas flores duram apenas uma manhã e para saladas devem ser colhidas na hora do consumo. Como em quase todo local é facilmente encontrada a turnera não precisa ser plantada em hortas para consumo como hortaliça. Elas podem ser usadas em saladas, bebidas e drinks, além de saladas de frutas. São tidas também como afrodisíacas, principalmente a espéie T.diffusa, enquanto a T. ulmifolia é considadrada antibiótica.
Para o preparo do chá das folhas, é só ferver um punhado de folhas frescas ou secas em 1 l de água. Adquirem cor e sabor marcante e agradável. As próprias folhas quando cozidas e coadas, podem ser consumidas em saladas, ou deixando esfriar e adicionando suco de limão, gelo e açúcar, pode se transformar em chá gelado, conhecido por oreganill.
Suas folhas secas e moídas também podem ser preparadas para uso como tempero aromatizante.
Para o consumo das flores pode ser preparada uma geleia especial triturando-as e colocando-as em uma panela com 50% de açúcar cristal em relação ao volume das flores e mexendo-as até dar o ponto desejado.
Outra alternativa é a conhecida salada de flores de chanana que é preparada com óleo de gergelim torrado, sal e limão. Pode ser adicionada outras verduras á exemplo do repolho-roxo para dar contraste de cor ou outra hortaliça ou até fruta, produzindo uma salada mista deliciosa. (Kinupp.V.F. ,Lorenzi.H.,2014).

Nome popular: turnera, chanana, albina, flot-do-guarujá, bom-dia
Nome científico: Turnera subulata Sm. / Sin.: T. ulmifolia var.elegans Urb
Família botânica: Turneraceae


Lorenzi. Harri, Souza.H.M: Plantas Ornamentais no Brasil (arbustivas, herbáceas e trepadeiras), Instituto Plantarum de Estudos da Flora,3.ed., Nova Odessa, SP, 2001.p.1021.

Ferreira Kinupp, Harri Lorenzi: Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação ,aspectos nutricionais e receitas ilustradas  Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 214 .p.394


Os Hibiscos


Plantas ornamentais importantes que fazem parte da vegetação nativa e exótica no Brasil.
A família Malvaceae no Brasil conta com aproximadamente 70 gêneros e 750 espécies e atualmente absorveu inúmeros gêneros de mais três importantes famílias (Sterculiaceae, Tiliaceae e Bombacaceae), após estudos científicos pesquisando caracteres anatômicos e morfológicos com uso de microscopia eletrônica (Jud & Manchester, 1997/ Alverson et al, 1999).
O gênero com maior número de espécies dessa família é o Hibiscus, com 300 espécies e uma das características morfológicas importantes desse gênero é a presença na sua flor de uma estrutura tubular denominada androginóforo, que engloba o gineceu e androceu, (verticilos reprodutivos), com os estames  inseridos no tubo do gineceu (Souza, Lorenzi et al, 2012).
Hibiscus pernambucensis /Tapiriri pernambucense
Destacam-se na nossa região alguns Hibiscus arbóreos utilizados no paisagismo e na arborização das cidades, como o exótico algodão-da-praia (H. tiliaceus), o nativo algodão-do-brejo (H. pernambucensis), as exóticas rosa- graxa (H. rosa-sinensis), com suas mais de 5.000 variedades e o  Hibiscus mutabilis. Dessas espécies citadas, apenas o H. pernambucensis ou Talipariti pernambucense é nativa.
As duas primeiras espécies citadas, (H. pernambucensis e H. tiliaceus) após estudos taxonômicos mais recentes, formam hoje uma única espécie, com duas variedades: Talipariti tiliaceum var. pernambucense, substituindo o tradicional Hibiscus pernambucensis e a variedade Talipariti tiliaceum var. tiliaceum, ao invés de Hibiscus tiliaceus (Fryxell, P.A., 2001).³
Outra espécie exótica da mesma família, apesar de não ser um hibisco que merece citação é a Thespesia polpunea, uma planta que é considerada “Árvore Sagrada” na Polinésia.
Essas espécies embora muito parecidas, são facilmente identificáveis pelas suas folhas e flores.
A Thespesia polpunea, (algodão-do-litoral), com 6-8 m de altura, tem folhas cordiformes brilhantes e flores amarelas passando a róseas e depois arroxeadas antes de murcharem, contendo cinco pontos escuros (vinho) no centro da corola.
Hibiscus tiliaceus / Talipariti tiliaceum
O Hibiscus tiliaceus /Talipariti tiliaceum var. tiliaceum, (algodão-da-praia), possui 10-12 m, é uma espécie originária da Índia, contendo folhas mais largas cordiformes com pecíolo  mais longo e na base da  sua flor amarela contem  mancha triangular cor de vinho e coluna estaminal branca, enquanto a nossa nativa Hibiscus pernambucensis/Talipariti tiliaceum var. pernambucense (algodão-do-mangue, ou do brejo), também possui flores amarelas, porém sem manchas ou pontuações na corola. Uma espécie higrófita de porte mais reduzido (3-6 m), muito comum em manguezais, margens de rios e na restinga. Folhas grandes, cordiformes e flores grandes e inteiramente amarelas.
Hibiscus rosa-sinensis
A popular rosa-graxa ou graxa-de-estudante, (Hibiscus rosa-sinensis), uma planta de porte menor, (3-5 m) originária da Ásia e muito comum em jardinagem, possui folhas variadas e flores de diversas matizes e formas, geralmente utilizada como sebes, arranjos ornamentais em canteiros de avenidas, parques e praças ou, eventualmente na arborização de calçadas estreitas.
Hibiscus mutabilis
E finalmente o Hibiscus mutabilis, também de porte pequeno (3-5m), conhecida popularmente como rosa-de-jericó. Originária da China, possui folhas maiores com cinco lobos recortados e flores contendo pétalas brancas ao amanhecer, depois cor de rosa e vermelhas ao anoitecer. Geralmente cultivado como arbusto decorativo em canteiros centrais de avenidas, praças e parques ou arvoretas na arborização de ruas com calçadas estreitas. 

¹ Lorenzi, Harri et al.: Árvores Exóticas no Brasil (madeireiras, ornamentais e aromáticas), Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2003.
 ² Lorenzi, Harri et al.: Árvores Brasileiras(Manual de Identificação e Cultivo de   Plantas Nativas do Brasil), Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2002., vol1, 4.ed.
³ Fryxell, P.A. 2001.Talipariti (Malvaceae), a segregate from Hibiscus. Contributions from the University of Michigan Herbarium 23: 225-270.

A folha-de-prata

Um arbusto exótico, medindo de 0,40-1,80m, muito resistente, originário da América do Norte e México, deserto de Chihuahua, introduzido recentemente no Brasil, usado em paisagismo nos arranjos de canteiros, vasos, jardineiras e como sebe (cerca viva). Folhas simples, alternas, ovais, onduladas com pubescência prateada. Flores solitárias, axilares, tubulosas de cores variadas (brancas, rosas, roxas ou azuis). Fruto do tipo cápsula.
Trata-se de uma espécie muito tolerante à estiagem ao frio e a salinidade, podendo ser utilizada em áreas litorâneas a pleno sol.   Muito usada como planta ornamental devido a constante colorarão cinza prateada de suas folhas. 
Botanicamente pertence à família Scrophulariaceae que no Brasil é representada apenas por ervas, arbustos ou subarbustos, raramente árvores.
Nessa família, destacam-se os gêneros nativos Buddleia, Anamaria e Capraria (Souza, V.C. 2000) e introduzidos  ou exóticos, os gêneros Leucophyllum, Nemesia, Scrophularia, entre outros. 
Suas folhas e flores, quando secas produzem um chá calmante e sedativo, de agradável sabor.

Nome Popular: folha-de-prata, chuva-de-prata, sálvia-do-texas, leucófilo

Nome Cientifíco: Leucophyllum frutescens (Berg)Burrret
Sinonímia : Leucophyllum texanum Benth
Família: Scrophulariaceae

O rabo-de-cotia

Árvore de pequeno porte, 3-5m de altura, com tronco de 15-25cm de diâmetro. Folhas simples glabras. Flores em capítulos vistosos, grandes terminais e solitários de coloração amarela. Ocorre no Brasil, predominantemente na Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo na floresta pluvial atlântica (Lorenzi, 2002).
Trata-se de uma árvore seletiva heliófita, higrófita indicada para plantio em áreas úmidas e cujas flores são usadas em preparo de arranjos florais.
Sua copa é globosa e muito ornamental, madeira pouco durável e indicada para recuperação de áreas degradadas e arborização de ruas estreitas praças e parques na área urbana.

Nome Popular: rabo-de-cotia, esponja-de-ouro
Nome Cientifíco: Stifftia chrysantha Mikan
Família: Asteraceae (Compositae)

O rabo-de-arara

Árvore de médio porte chegando a medir de 4-8m de altura, dotada de copa esparsa e irregular. Tronco tortuoso e mais ou menos cilíndrico, de 15-25 cm de diâmetro, revestido por casca fina e pouco áspera. Folhas simples, inteiras, membranáceas, concentradas na ponta dos ramos. Fruto cápsula deiscente e pubescente, contendo muitas sementes minúsculas (Lorenzi, 2002).
Ocorre na região Amazônica, principalmente nos estados de Mato Grosso e Amazonas, na mata pluvial de terra firme. Trata-se de uma planta perenifólia, heliófita ou de luz difusa, seletiva higrófita. Floresce durante quase todo o ano, porém com maior predominância nos meses de julho a setembro (Lorenzi, 2002).

Nome popular: rabo-de-arara, curaci-caá
Nome cientifíco: Warszewiczia coccínea (Vahl) Klotzch
Família: Rubiaceae

Por: Antonino Campos de Lima - Eng° Agrônomo

A lixeira

Árvore pequena medindo de 4-6 m, com tronco de 15-25 cm de diâmetro. Folhas simples extremamente ásperas, de 8-13 cm de comprimento por 5-7 cm de largura. Flores brancas plumosas. Ocorre nos estados da Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. Planta decídua, heliófita, seletiva xerófita, características de formações abertas e secundárias. Floresce de agorto até o inicio de novembro (Lorenzi, 2002).
Trata-se de uma árvore com atributos ornamentais que a credenciam para a arborização urbana, podendo ser plantada em praças, ruas e calçadas estreitas e sob a rede elétrica

Nome Popular: lixeira, lixa
Nome Cientifíco: Aloysia virgata (Ruiz & Pav.) Juss.
Família: Verbenaceae

Por: Antonino Campos de Lima - Eng° Agrônomo

O angelim-falso

Árvore de grande porte medindo de 10-30 m de altura, com copa arredondada e densa. Tronco ereto e cilíndrico, com casca rugosa e partida de 30-60 cm de diâmetro. Folhas compostas bipinadas. Inflorescências em capítulos sésseis, com flores brancas. Fruto legume, deiscentes, contorcido, com sementes duras e azuladas.
Planta seletiva xerófita, indicada para plantio em solos mais elevados e bem drenados, que ocorre do estado de Sergipe até o Rio de Janeiro, na mata pluvial Atlântica.
Trata-se de uma árvore com atributos ornamentais, recomendada para arborização urbana e paisagismo (Lorenzi, 2002).


Nome Popular: angelim-falso, tento-azul
Nome Cientifíco: Abarema jupunba Willd.
Família: Fabaceae / Mimosoideae

Por: Antonino Campos de Lima - Eng° Agrônomo

O baga-de-pomba

Árvore de pequeno porte de 4-8 m de alturas, com tronco curto e cilíndrico de 20-35 cm de diâmetro, com folhas alternas, simples, glabras, fruto tipo drupa, cor vermelha, com polpa adocicada, contendo uma semente, que ocorre do Piauí ao Rio Grande do Sul, como também na Argentina e Paraguai (Lorenzi, 2002).
Seus frutos são consumidos por várias espécies de pássaros e como se trata de uma planta seletiva higrófita de porte reduzido e copa cilíndrica ornamental, podendo ser utilizada em projetos de paisagismo e arborização de ruas com calçadas estreitas.

Nome popular: baga-de-pomba, cocão, fruta-de-pomba
Nome científico: Erythroxylum deciduum A. St. Hil.
Família: Erythroxylaceae

Por: Antonino Campos de Lima - Eng° Agrônomo

A baga-de-morcego

Árvore de pequeno porte, também conhecida por fruta-de-pombo, com altura de 3-6m, copa globosa, tronco curto de 10-20cm de diâmetro. Folhas trifoliadas com pecíolo grosso, com flores pequenas brancas ou amarelo-esverdeadas. Frutos piriformes, arredondados, vermelhos, com sementes brancas.
Ocorre predominantemente de Minas Gerais a Santa Catarina, de habitat higrófito em várzeas fluviais (Lorenzi, 2009). Seus frutos são alimento para avifauna e como se trata de espécie com copa ornamental e comum em áreas baixas, pode ser utilizada na arborização de calçadas estreitas.


Nome popular: baga-de-morcego
Nome científico: Allophylus petiolulatus Radlk.
Família: Sapindaceae

Por: Antonino Campos de Lima - Eng° Agrônomo

A papoula-tropical

Pequena árvore 3-5m, originária da China com tronco marcado por inserções de ramos, como nós e entrenós, folhas cordiformes com pecíolo longo, flores solitárias, grandes, campanuladas brancas pela manhã, cor-de-rosa à tarde e vermelhas à noite, com intensa floração de novembro a março. Frutos cápsula indeiscentes, contendo sementes pequenas (Lorenzi et al, 2003). O nome  mutabilis vem do fato das flores abrirem de manhã brancas, depois róseas e á noite vermelhas. Existem também variedades com numerosas pétalas dobradas.
A rosa-de-jericó ou papoula-tropical, pode ser plantada como arvore de pequeno porte em calçadas estreitas e jardins, atingindo  até  cinco metros de altura. Também pode receber podas de formação para conduzirem melhor a sua copa.

Nome popular: papoula-tropical, rosa-de-jericó
Nome científico: Hibiscus mutabilis L.
Família: Malvaceae

Por: Antonino Campos de Lima - Eng° Agrônomo

O algodão-da-praia

Uma árvore originária da Índia e das ilhas do pacífico. No Brasil é cultivada pela copa ornamental e pela beleza de suas flores. Possui semelhanças com o H. pernambucensis, entretanto são espécies diferentes. H. tiliaceus, apresenta mancha púrpura na base da corola, folhas com textura cartácea e estômatos nas duas faces foliares (Rocha et al,2000), o que não ocorre com a nossa espécie nativa.  Os estigmas florais são vermelho-escuros e com as pontas arredondadas, outra diferença com a  espécie semelhante.
Trata-se de uma espécie de 10-12m de altura, com copa globosa, folhas simples alternas, com flores grandes de cinco pétalas amarelas com mancha triangular cor de vinho, frutos deiscentes do tipo cápsula, com cálice persistente (Lorenzi et al, 2003).
O algodão-da-praia tem sido amplamente cultivado em quase todo país, principalmente na faixa litorânea do nordeste, para arborização de calçadas, parques, praças e no paisagismo de modo geral. Pela suas características morfológicas, resistência a ventos e salinidade e pela beleza pode ser recomendado para a arborização da cidade.

Nome popular: algodão-da-praia
Nome científico: Hibiscus tiliaceus L.
Família: Malvaceae

Por: Antonino Campos de Lima - Eng° Agrônomo

O algodão-do-brejo

Uma pequena árvore de 3-6m de altura e com 20-30cm de diâmetro de tronco, copa globosa, folhas simples, flores grandes e inteiramente amarelas, fruto do tipo cápsula fibrosa deiscente, que ocorre  em toda a região nordeste até o Paraná, principalmente na floresta pluvial de restinga e mangue (Lorenzi, 2002).
Espécie muito parecida com o Hibiscus tiliaceus L. (algodão-da-praia), que difere pelo porte maior (10-12m) e pelo detalhe da textura foliar e da corola que na segunda espécie citada possui mancha púrpura na base da corola e estigmas florais  vermelho-escuros e das folhas com textura cartácea.
O algodão-do-brejo é um vegetal bastante adaptado a solos encharcados, resistente à salinidade e vegetando bem em  terrenos arenosos,  daí a sua indicação para arborização de ruas de calçadas estreitas e em tratamentos paisagísticos de lagoas, lagos e de áreas úmidas.

Nome popular: algodão-do-brejo
Nome científico: Hibiscus pernambucensis Arruda
Família: Malvaceae

Por: Antonino Campos de Lima - Eng° Agrônomo

A quina-quina

Árvore, em extinção, pequeno porte, 4-5m, com tronco curto, com 15-20cm de diâmetro tortuos, copa globosa, com inflorescência rósea em panícula e sendo seu fruto cápsula deiscente com sementes aladas membranosas, é planta bastante ornamental, sendo usada em paisagismo. Nativa do Brasil, ocorre da Amazônia até São Paulo, nas Florestas pluviais Amazônica e Atlântica.  de partes úmidas da Amazônia e Mata Atlântica.
Popularmente, a quina pode ser conhecida em algumas regiões como quina-de- pernambuco, quina-quina, quina-do-piauí, quina-do-pará, quineira e quina branca.  Sua madeira é  usada para confecção de cabo de pequenas ferramentas, assim como para lenha e carvão. Ocorre com baixa freqüência ao longo de sua área de sobrevivência. É considerada árvore rara, devido à quase destruição de sua população para fins medicinais. As sementes são consideradas de baixa taxa de germinação. Floresce de Julho a Agosto e os frutos amadurecem de Setembro a Outubro (LORENZI, 2009)  O chá de sua entrecasca tem propriedades medicinais, é muito utilizado como diurético, abortivo (ALMEIDA et al., 1990).
Apesar da sua raridade a quina-quina tem sido encontrada em alguns remanescentes da mata atlântica de Sergipe.

Nome popular: quina-quina, quina-de-pernambuco
Nome científico: Coutarea hexandra (Jacq.) K. Schum.
Família: Rubiacea

Por: Antonino Campos de Lima - Eng° Agrônomo