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A umbaúba

 

Uma árvore nativa do Brasil, atualmente pertencente à família Urticaceae, anteriormente, Moraceae e Cecropiaceae, não endêmica no nosso país, é uma planta extremamente invasora e vegeta, muito comumente em margens de cursos de água, ou surgem em terras devolutas ou em beira de estradas.

Também conhecida popularmente por embaúba, imbaúba, árvore-da-preguiça, ou caxeta e cientificamente por: Cecropia peltata. C. pachystachya, C. hololeuca, C. glaziovii, C. latiloba, entre outras espécies.

A Cecropia peltata, vegeta mais na Região Amazônica, atinge altura de 25m, enquanto as demais espécies são de menor porte.

A Cecropia pachiystachya tem de 4-7m de altura e ocorre comumente na Região Nordeste desde o Ceará, estendendo-se até  Sta. Catarina , atingindo ainda até o Pantanal de Mato Grosso. Nos Estados da Bahia e Sergipe ela é popularmente conhecida por umbaúba, enquanto em outros Estados, como no Ceará, por exemplo, é conhecida por toré e torém, embaúva em Mato Grosso do Sul, já na Paraiba, é conhecida por embaúba.

Essa umbaúba possui folhas bastante lobadas, digitadas a ovadas, variando de dez a cinquenta centímetros de largura, verde escuras na face superior e branco na face inferior e sua copa tem forma de taça.  De modo geralpossuem tronco delgado, atingindo em algumas espécies, até cinquenta centímetros de diâmetro, oco, dividido nos nós conspícuos e cicatrizes estipulares e grandes cicatrizes em forma de "U" e sua casca é de cor cinza e em algumas espécies avermelhada, usados em algumas regiões até para confecção de calhas ou tubos. Flores femininas contendo quatro espádices por inflorescência que podem produzir centenas de pequenos frutos com uma só semente cada.

Frutifica de novembro a abril. Os frutos finos, alongados e quando estão maduros a polpa fica estufada e macia. Os frutos tem gosto de doce de figo e podem ser consumidos in natura, mastigando e expelindo um bagaço  fibroso com as sementes que devem ser cuspidas.

Atrai grande número de pássaros e a arvore é usada até como ornamental além de servir como alimento principal do bicho preguiça. Outra curiosidade dessa espécie é possuir uma simbiose com formigas do gênero Asteca, que utilizam o seu tronco para nidificar (criar ninhos) nos entrenós, em troca oferecem proteção para árvore.

Como se trata de árvore cosmopolita, facilmente encontrada na maioria dos biomas, ao contrário do que muitos pensam, está espécie é erroneamente conhecida como acumuladora de água, até pelo fato de possuir seu tronco oco, quando na verdade ela tem a capacidade de sintetizar água através de suas raízes, onde o seu sistema radicular faz a captação dessa água do solo durante o dia e distribuído para parte aérea da planta onde é usada durante os processos metabólicos. A noite toda essa água que foi distribuída volta para o seu sistema radicular, permitindo a extração través das raízes. Normalmente o melhor horário para captação é ao nascer do sol, quando a planta libera mais liquido pelo seu sistema radicular.

A Paineira-branca

 

Também conhecida popularmente como: barriguda, barriguda-de-espinho e árvore-de-seda é uma árvore nativa, pertencente à família Malvaceae, ex- Bombacaceae, cuja espécie botânica é Ceiba glaziovii Kuntze, classificada anteriormente como Chorisia glaziovii (Kuntze) E. Santos.

Trata-se de uma espécie nativa, comum no Nordeste brasileiro, de porte arbóreo (15-18m) de altura, de tronco espinescente (acúleos),  com casca verde de superfície clorofilada, quando jovem e cinza quando mais velha. Copa ampla e bastante ramificada. Folhas digitadas palmaticompostas com 4-7 folíolos cartáceos.  Flores brancas ou rosas, grandes e caem na época da floração, contendo cinco pétalas rosadas com pintas vermelhas e bordas brancas. Há uma variedade menos comum, com flores brancas. Seus órgãos reprodutivos encontram-se unidos em um longo androginóforo. No Nordeste as paineiras costumam florescer entre julho agosto e seus frutos só amadurecem quase um ano depois.


Frutos capsulares, elípticos, secos deiscentes, que medem de 8-15 cm, que se abrem expondo as sementes envoltas em fibras finas e brancas que auxiliam na flutuação e que são chamadas de paina usadas para enchimento de travesseiros em algumas regiões.

Por terem crescimento rápido, são bastante populares na recuperação de áreas degradadas e no paisagismo.

O gênero Ceiba no Brasil possui, além da paineira-branca, mais de dez espécies entre as quais se destacam a sumaúma, a paineira-rosa, a barriguda- do-cerrado entre outras.

 

LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 2. Ed. Nova Odessa, SP: editora Plantarum, 2002.368 p.61.

Jacarandás

 

Temos no Brasil algumas espécies muito especiais de jacarandás, algumas ameaçadas de extinção como é o caso do jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra Vell.) pertencente á família Fabaceae, árvore ornamental frondosa de de 15-25 m de altura, com tronco de 40-80 cm de diâmetro, que ocorre na floresta pluvial atlântica, na Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, cuja madeira, atualmente rara, tem sido apenas utilizada para mobiliários de luxo e instrumentos musicais  (Lorenzi et all, 2002).

Além do jacarandá-da-bahia, ocorrem outras espécies de jacarandás nativos, à exemplo do Dalbergia miscolobium Benth, conhecida popularmente como jacarandá-do-cerrado ou caviúna-do-cerrado, com porte mais reduzido, encontrada no bioma cerrado.

Entre as exóticas notáveis temos o jacarandá-mimoso, uma espécie da família Bignoniaceae, (Jacaranda mimosifolia D Don), uma árvore extremamente ornamental, originária da Argentina, Bolivia e do Paraguai, cujo porte de 12-15 m de altura, folhas opostas, compostas, bipinadas, contendo belas flores azul-violetas e corola do tipo campanulada.

Podendo ser usadas em arborização de ruas, parques e jardins, entretanto suas flores apresentam maior profusão em regiões mais distantes do litoral (Lorenzi et all, 2003).

Árvores Brasileiras (Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Nativas do Brasil), Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2002., vol1, 4.ed, p.215,  ISBN 85-86714-16-X.

Árvores Exóticas no Brasil (madeireiras, ornamentais e aromáticas), Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2003.p.102  ISBN 85-86714-19-24

A kananga-do-japão

Plantio da kananga-do-japão, realizado no Parque
da Sementeirapelo Eng. Agro.Antonino C. Lima, a
Bióloga Salete Rangel e o Eng. Agro. Ailton F. da Rocha.
        Também conhecida popularmente como: yang-yang, lang-lang, flor-das-flores é uma árvore exótica, originária do Continente Asiático (Madagascar, Malásia, Indonésia), pertencente à família Annonaceae, cuja espécie Cananga odorata Hook f. & Thoms., nBrasil, ganhou popularidade na década de 1920, sendo importada com o nome de  kananga-do-japão, apresentando propriedades afrodisíacas e suavizadoras da derme.

Trata-se de uma espécie exótica de porte arbóreo (10-15m), semidecídua, de tronco espesso, com casca clara e rugosa. Copa estreita e rala, com ramos pendentes. Folhas simples, alternas, de margens onduladas, flores esverdeadas, muito perfumadas, agrupadas nas axilas das folhas, em racemos curtos, cujos frutos ovalados-alongados, pretos, formados em cachos, geralmente em setembro-outubro, contendo sementes escuras de forma ovaladas. LORENZI, H. et al.

Suas flores produzem um óleo aromático obtido por destilação, usado para aromatização de vários perfumes conhecidos e a sua parte aérea possui atributos para uso paisagístico.

      A familia Annonaceae, que inclui várias fruteiras cultivadas, como: pinha, graviola, araticum, cherimoia, atemoia, possui no Brasil, 29 gêneros, com mais de 400 espécies nativas e apenas 03 gêneros introduzidos, entre os quais se destaca o gênero Cananga.

 


Nome Popular: Kananga-do-japão, lang-lang, yang-yang

Nome Científico: Cananga odorata Hook f. & Thoms.

Família : Annonaceae

LORENZI, H.et al.: Árvores Exóticas no Brasil (madeireiras, ornamentais e aromáticas), Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2003.p.85.


A sequoia-gigante

Talvez sejam, não só as árvores mais altas do mundo atual como também os mais altos organismos vivos. Podendo viver por mais de 2 mil anos, calcula-se que uma sequoia possa atingir mais de 110m de altura e até 9m de diâmetro. Possuem copas cônicas quando jovem e colunar quando adultas. Tronco com casca escura marrom-avermelhada e sulcada, folhas espiraladas, Inflorescências (estróbilos) com flores masculinas e femininas na mesma planta e frutos (cones) ovoides-globosos persistentes contendo escamas duras, coriáceas e enrugadas (Lorenzi, Et al, 2003).

Nos Estados Unidos foram encontradas três sequoias com mais de 100m de altura. Pesquisadores usaram lasers para fazer os cálculos e concluíram que a maior das três tem 115,2m e as outras, 114,7m e 113,1m. Os cientistas querem fazer novas medições e talvez até subir nas árvores para confirmar o recorde. É bem provável que no passado tenha existido alguns espécimes ainda maiores, que foram devastados ao longo do tempo (Wikipédia, 2021).

A sua distribuição natural está restrita a uma estreita faixa da costa do Pacífico da América do Norte, mas no Brasil também existe alguns exemplares, parte deles estão plantados na Serra Gaúcha, em uma reserva que leva o nome de Parque das Sequoias.

Nome Popular: sequoia-gigante, sequoia-vermelha, sequoia-da-costa
Nome Científico: Sequoia sempervirens (D. Don) Endl.
Família: Cupressaceae (Taxodiaceae)

 

LORENZI, H. et al Árvores Exóticas no Brasil (madeireiras,ornamentais,e aromáticas), Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2003, p. 74.

WIKIPÉDIA. Sequoia sempervirens. 11/08/2021. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Sequoia_sempervirens> Acessado em: 17/11/2021.


Identificação Vegetal por QR code

 

O QR code (sigla do inglês Quick Response), que significa resposta rápida, é um código de barras bidimensional empregado para catalogar informações, que podem ser facilmente escanerizadas por telefones celulares e tablets e já vem sendo utilizado no Brasil, há alguns anos em inúmeras atividades.

A necessidade de identificar vegetais em áreas públicas urbanas para pesquisas diversas, como: georeferenciamento de espécies, programas de manutenção da arborização e até para conhecimento de estudantes e da população interessada, tem estimulado pesquisadores do planeta a adotar essa importante ferramenta.

No caso da arborização urbana, o QR code permite o acesso as informações de cada espécie, podendo conter fotos, identificação popular e científica do vegetal, informações sobre pragas e doenças, programas de manutenção georeferenciadas de árvores, porte da planta, curiosidades, idade da espécie, características descritivas, principais usos e inúmeras outras informações consideradas importantes.

Ao posicionar o leitor fotográfico diante do código o usuário é remetido a um endereço eletrônico contendo as informações sobre o vegetal.

Os dados poderão ser gravados em pequenas placas, e fixados no tronco da vegetação, de forma visível e acessível para leitura do código.

A AEASE (Associação de Engenheiros Agrônomos de Sergipe), participante do Comitê Consultivo Municipal de Arborização Urbana de Aracaju, recomenda ás prefeituras a adoção de medidas que possam implementar o uso do QR code na vegetação das cidades, envolvendo  instituições, pesquisadores, professores e estudantes.

Com certeza a iniciativa poderá trazer inúmeros benefícios para sociedade e para a disseminação de conhecimentos da nossa flora.


Por: Antonino Campos de Lima – Engenheiro Agrônomo

A pitombeira


Uma fruteira nativa na região Nordeste e Amazônica e cultivada em pomares domésticos, bastante frequentes em seu habitat natural, onde é encontrada, além da Amazônia em todo o nordeste brasileiro até o Rio de Janeiro, é uma árvore perenifólia de 6-12 m de altura. Folhas compostas pinadas com 2-4 pares de folíolos. Inflorescência em panículas contendo flores andróginas pequenas. Frutos do tipo baga subglobosa apiculada, com 1-2 sementes grandes revestidas por um arilo fino suculento e translúcido de sabor acidulado que amadurece de janeiro-março e são comercializados em feiras livres e consumidos in natura (Lorenzi et al, 2006).
Na medicina popular, a pitomba atua fortalecendo o sistema imunológico, protegendo o sistema vascular, protegendo o desenvolvimento dos ossos e colaborando na formação de hemoglobina e por ser uma boa fonte de vitamina C, traz alguns benefícios, como a prevenção de envelhecimento precoce e algumas outras doenças que tem a ver com os radicais livres, como por exemplo o câncer.
A pitomba deve ser consumida após o almoço, pela presença da vitamina C, que ajuda na absorção do ferro existente no feijão e na carne.

USOS ALIMENTÍCIO
Apesar de pouco estudada e por possuir uma polpa cujo rendimento é pequeno, a pitomba, quando processada apresenta um rendimento maior e um sabor inigualável e por isso tem sido utilizada para preparação de sucos cremes, geleias, mousse purê, sorvetes, pois além de conter uma polpa  saborosa tem grande potencial antioxidante e possui atividades preventivas contra câncer.
Para o preparo da geleia de pitomba, uma deliciosa iguaria, basta retirar a casca e esmagar seus caroços em peneira grossa de arame para obter a polpa, adicionar metade do açúcar em relação ao total de polpa e cozinhar até o ponto.
Já o preparo do mousse e do sorvete, usa-se para cada quantidade de polpa, metade de leite condensado e pouco de gelatina diluída é só bater no liquidificador e em seguida refrigerar até obter a consistência.
Para preparar o suco de pitomba basta misturar a polpa da fruta e adicionar açúcar, água ou leite.
Para consumo salgado, use a mesma polpa misture meio a meio com aipim cozido ou similar amassado e adicione manteiga derretida com sal, alho e pimenta-do-reino moída na hora. Junte o creme de leite e em seguida o purê misto de pitomba e macaxeira, depois é só mexer e servir quente ou frio.
Até o momento não se aconselha o uso culinário das sementes, embora quando bem cozidas em panelas de pressão com água e sal, ou assadas sejam deliciosas, pela presença de lecitinas ( Kinupp V. F. ,Lorenzi H., 2014).
    
Nome Popular: pitomba, pitomba-do-norte, pitombeira, pitomba-da-mata
Nome Cientifíco: Talisia esculenta (A. St.-Hil) Radlk.
Família: Sapindaceae

Lorenzi, Harri et al.: Frutas brasileiras e exóticas cultivadas (de consumo in natura), Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2006, p. 294.

Disponível em: https://whww.remedio-caseiro.com/beneficios-e-propriedades-da-pitomba/ttps://whww.remedio-caseiro.com/beneficios-e-propriedades-da-pitomba. Consultado em 19/02/2019

Ferreira Kinupp, Harri Lorenzi: Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação ,aspectos nutricionais e receitas ilustradas  Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2014, p. 652.

A amendoeira

Árvore caducifólia, de 12-15 m de altura, de origem asiática e Madagascar, tronco ereto, com casca parda fissurada, com ramagem horizontal e agrupada em um mesmo ponto. Folhas alternas, agrupadas, grandes, coriáceas, verdes e marrom-avermelhadas, de 15-25 cm de comprimento. Flores em inflorescências axilares pendentes em racemos, de cor branca e de tamanho pequeno. Frutos amarelo-esverdeados ou de cor rosa-arroxeados, do tipo drupa, contendo pouca polpa. Semente (amêndoa) dura, comestível, com casca fibrosa, contendo óleo fino.
Produz madeira dura, castanho-avermelhada, usada em construção, marcenaria, fabricação de barcos e como postes (Lozenzi, H. 2002).
A amendoeira apesar de árvore exótica tem sido encontrada largamente na arborização de cidades, principalmente na região litorânea com seus solos salinos e arenosos.
Seus frutos podem ser consumidos in natura ou sob forma de sucos e geleias. Do suco concentrado pode ser feito mousse e geleia. Quando obtiver um suco concentrado é só adicionar 50% de açúcar cristal e mexer em fogo brando até atingir o ponto.
Suas sementes ou castanhas podem ser consumidas torradas ou caramelizadas ou usadas para preparo de pães, biscoitos, sobremesas e sopas. Torradas em forno com baixa temperatura com ou sem sal, torna-se uma farinha que pode ser utilizada para diversos usos. O consumo in natura das sementes não é aconselhável, apesar de saborosas por conter compostos antinutricionais (Kinupp, V. F. e Lorenzi, H. 2014).

Nome popular: amendoeira, castanhola, sete-copas, noz-da-praia
Nome científico: Terminalia catappa L.
Família botânica: Anacardiaceae

Lorenzi, Harri et al.: Árvores Exóticas no Brasil (madeireiras, ornamentais e aromáticas), Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2003.p.124.

Ferreira Kinupp, Harri Lorenzi: Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação, aspectos nutricionais e receitas ilustradas  Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 214 .p.314

A moringa

Uma árvore caducifólia, de 7-10m de altura, conhecida como planta-milagrosa, é um vegetal exótico originário da Índia e da África, de tronco pardo-acinzentado, com ramos numerosos e folhas compostas tripinadas. Inflorescência em panículas axilares com flores brancas pentâmeras. Frutos longos parecidos com legumes ou vagens, medindo de 20-30cm de comprimento, de secção triangular, deiscentes, contendo sementes triangulares pretas e ricas em óleo e utilizadas até para purificação de água. (Lorenzi et al, 2003).*
Considerada milagrosa, por conter impressionante composição nutricional, medicinal, melífera, forrageira, purificadora de água, com aproveitamento desde as raízes até as sementes.
As sementes podem ser consumidas torradas ou cozidas. Suas raízes, de sabor picante, se assemelham muito a cenoura, e podem ser usadas na salada ou cozidas. As folhas frescas contêm nutrientes importantes em quantidades muito maiores do que os encontrados em outras plantas.  Possui sete vezes mais vitamina C que a laranja; dezessete vezes mais cálcio que o leite; dez vezes mais vitamina A que a cenoura; quinze vezes mais potássio que a banana; duas vezes mais proteína que o leite (cerca de 27% de proteína, equivalente à carne do boi); vinte e cinco vezes mais ferro que o espinafre. Casca, vagens, folhas, nozes, sementes, tubérculos, raízes e flores – são comestíveis. folhas podem ser usadas frescas ou secas, em refogados, sopas ou mesmo cruas, em saladas. Também podem ser usadas em chás e moídas, acrescentadas a receitas com farináceos, enriquecendo bolos e tortas. **
A moringa é também indicada como planta medicinal para regular a pressão arterial, controlar e prevenir diabetes, fortalecimento de músculos, aliviar dores, artrose e fibromialgia, manter cabelos e unhas mais saudáveis, tratar inflamações, fortalecer ossos, manter a disposição e o bom-humor e por ser uma boa fonte de proteínas, cálcio e ferro.  Suas folhas, raízes, flores e sementes possuem propriedades medicinais, antibacterianas, antioxidantes e mineralizantes e tem sido recomendada como antibiótico, anticancerígeno e anti-inflamatório, além de ser muito eficaz para as doenças dos rins, pâncreas, coração e dos olhos. ***
Suas sementes são ricas em óleo e utilizadas até para purificação de água, já que precipitam bactérias e sólidos em suspensão. Este efeito é resultante da sua composição em óleos e proteínas que se liberam quando as sementes são trituradas formando uma torta. Essa torta de sementes moídas é colocada na água, no fundo dos potes, e atrai a argila, sedimentos e bactérias, que ficam nela concentrados tornando a água limpa, clara e potável. O tratamento da água com torta de sementes remove até 99% da turbidez da água. ***
Além das inúmeras qualidades citadas, a moringueira é também uma excelente opção para produção de forragem, para aves, bovinos e outros animais pelo seu elevado teor proteico, pela precocidade de crescimento, resistência a seca e adaptação a vários tipos de solo, segundo Frederico Lisita e Raquel Soares, pesquisadores da Embrapa Pantanal, que , investigam o uso da moringa e da mandioca na fabricação de ração para criações de galinhas poedeiras do tipo caipira. Galinhas tratadas com a ração de moringa e mandioca mantiveram saúde e nutrição semelhantes às alimentadas apenas com milho e soja. Uma excelente alternativa para reduzir custos de ração. (Lisita, Soares 2017). ****
Além das inúmeras qualidades citadas, a moringueira é também uma excelente opção como planta melífera pela produção abundante de flores durante todo o ano e pela qualidade de seu néctar. Excelente alternativa para arborização urbana de calçadas estreitas em bairros populares pela versátil opção de seu uso como vegetal ornamental, melífero, forrageiro, alimentício e medicinal.

Nome popular : moringa, quiabo-de-quina, rabanete-de-cavalo, noz-do-bem
Nome Cientifíco: Moringa oleífera Lam.
Família: Moringaceae

* Lorenzi, Harri et al.: Árvores Exóticas no Brasil ( madeireiras, ornamentais e aromáticas) Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2003.p.257.
*** Disponível em: https://www.saudebusiness365.com.br/moringa-oleifera-beneficios,  Acessado em: 30/12/2018


Os ipês-amarelos

Handroanthus chrysotrichus
Os ipês ou paus-d`arco são plantas da família Bignoniaceae, que no Brasil possuem cerca de 30 gêneros e 400 espécies. No caso dos ipês-amarelos, temos pelo menos 9 espécies conhecidas, todas dos gêneros Tabebuia ou Handroanthus, que apresentam muita semelhança entre sí, causando, de certa forma  dificuldade de identificação.
Handroanthus difere morfologicamente de Tabebuia, principalmente pelo cálice campanulado, geralmente 5-lobado, pelo tom da coloração da corola amarela, e pelos tricomas simples, estrelados, dendroides ou barbados nas estruturas vegetativas e reprodutivas (Santo, Fábio et al, 2014). ¹
Tabebuia aurea
A nossa conhecida craibeira (Tabebuia aurea), por exemplo, quando se apresenta fora do seu habitat mais comum que é a caatinga, ao se deslocar para a zona litorânea, muda seu fenótipo completamente. No bioma caatinga apresenta caule tortuoso, cascudo, folhas mais pubescentes, coriáceas, largas, arredondadas e menores, enquanto no litoral passa a ter folhas mais lisas, estreitas e maiores. Seu porte no habitat natural varia entre 4-6m de altura enquanto na zona litorânea pode atingir de 12-20m ou mais. A própria floração da craibeira-da-caatinga é bem mais abundante em função do estresse hídrico provocado pela escassez de chuvas na região.
Além desses aspectos há que se considerar que com o nome de ipê-amarelo temos cerca de nove espécies dos gêneros nativos Tabebuia e Handroanthus com características muito parecidas e portes diferenciados:
1.    Handroanthus albus - ipê-amarelo-de-serra (20-30m) Folhas c/ bordo serrilhado
2.    Handroanthus ocraceus - ipê-amarelo-do-campo (6-14m); F.c/bordo serrrilhado
3.    Handroanthus serratifolius - ipê-amarelo-ovo (8-20m); Folhas c/ bordo serrilhado
4.    Handroanthus riodocensis - ipê-amarelo-de-casca-sulcada (20-30m)
5.    Handroanthus chrysotrichus - ipê-amarelo-de-encosta- (4-10m) F. c/bordo liso.
6.    Tabebuia umbellata - ipê-amarelo-de-brejo (10-15m); Folhas c/bordo liso.
7.    Tabebuia vellosoi - ipê-amarelo-de-casca-lisa (15-25m); Folhas c/bordo crenado
8.    Tabebuia caraíba - caraibeira-do-norte (12-20m); Folhas com bordo liso
9.    Tabebuia aurea - craibeira-do-nordeste (4-24m). Folhas com bordo liso.
Todas essas espécies são bastante parecidas e variam conforme o porte e a sua constituição morfofisiológica e até de acordo com o habitat onde vegetam. Handroanthus chrysotrichus e H. ochraceus, por exemplo, podem ser diferenciadas das demais espécies pela ausência de tricomas dendroides no cálice. ¹
Handroanthus serratifolius
O Handroanthus riodocensis, também conhecido por Tabebuia riodocensis A. Gentry, (pau´darco-flor-de-algodão ou ipê-amarelo-de-casca-sulcada), uma espécie endêmica do Brasil, encontrada na Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo (Lohmann, 2012), até 200 m de altitude (Gentry, 1992), difere do Handroanthus serratifolius pela cor da sua corola mais escura quando seca, cálice mais glabro, por ocorrer em habitats diversos, entre outras características (Gentry, 1992). ²
A identificação precisa desses ipês-amarelos só é possível ser feita por especialistas ou mediante coleta de material botânico, com posterior estudo taxonômico.

¹ Disponivel em http://www.cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Handroanthus%20riodocensis .Acessado em 27 dezembro 2018.
² Santo, Fábio et al.: Flora da Bahia: Bignoniaceae 2 – Aliança Tabebuia, Bahia, 2014, p. 3.

Os Hibiscos


Plantas ornamentais importantes que fazem parte da vegetação nativa e exótica no Brasil.
A família Malvaceae no Brasil conta com aproximadamente 70 gêneros e 750 espécies e atualmente absorveu inúmeros gêneros de mais três importantes famílias (Sterculiaceae, Tiliaceae e Bombacaceae), após estudos científicos pesquisando caracteres anatômicos e morfológicos com uso de microscopia eletrônica (Jud & Manchester, 1997/ Alverson et al, 1999).
O gênero com maior número de espécies dessa família é o Hibiscus, com 300 espécies e uma das características morfológicas importantes desse gênero é a presença na sua flor de uma estrutura tubular denominada androginóforo, que engloba o gineceu e androceu, (verticilos reprodutivos), com os estames  inseridos no tubo do gineceu (Souza, Lorenzi et al, 2012).
Hibiscus pernambucensis /Tapiriri pernambucense
Destacam-se na nossa região alguns Hibiscus arbóreos utilizados no paisagismo e na arborização das cidades, como o exótico algodão-da-praia (H. tiliaceus), o nativo algodão-do-brejo (H. pernambucensis), as exóticas rosa- graxa (H. rosa-sinensis), com suas mais de 5.000 variedades e o  Hibiscus mutabilis. Dessas espécies citadas, apenas o H. pernambucensis ou Talipariti pernambucense é nativa.
As duas primeiras espécies citadas, (H. pernambucensis e H. tiliaceus) após estudos taxonômicos mais recentes, formam hoje uma única espécie, com duas variedades: Talipariti tiliaceum var. pernambucense, substituindo o tradicional Hibiscus pernambucensis e a variedade Talipariti tiliaceum var. tiliaceum, ao invés de Hibiscus tiliaceus (Fryxell, P.A., 2001).³
Outra espécie exótica da mesma família, apesar de não ser um hibisco que merece citação é a Thespesia polpunea, uma planta que é considerada “Árvore Sagrada” na Polinésia.
Essas espécies embora muito parecidas, são facilmente identificáveis pelas suas folhas e flores.
A Thespesia polpunea, (algodão-do-litoral), com 6-8 m de altura, tem folhas cordiformes brilhantes e flores amarelas passando a róseas e depois arroxeadas antes de murcharem, contendo cinco pontos escuros (vinho) no centro da corola.
Hibiscus tiliaceus / Talipariti tiliaceum
O Hibiscus tiliaceus /Talipariti tiliaceum var. tiliaceum, (algodão-da-praia), possui 10-12 m, é uma espécie originária da Índia, contendo folhas mais largas cordiformes com pecíolo  mais longo e na base da  sua flor amarela contem  mancha triangular cor de vinho e coluna estaminal branca, enquanto a nossa nativa Hibiscus pernambucensis/Talipariti tiliaceum var. pernambucense (algodão-do-mangue, ou do brejo), também possui flores amarelas, porém sem manchas ou pontuações na corola. Uma espécie higrófita de porte mais reduzido (3-6 m), muito comum em manguezais, margens de rios e na restinga. Folhas grandes, cordiformes e flores grandes e inteiramente amarelas.
Hibiscus rosa-sinensis
A popular rosa-graxa ou graxa-de-estudante, (Hibiscus rosa-sinensis), uma planta de porte menor, (3-5 m) originária da Ásia e muito comum em jardinagem, possui folhas variadas e flores de diversas matizes e formas, geralmente utilizada como sebes, arranjos ornamentais em canteiros de avenidas, parques e praças ou, eventualmente na arborização de calçadas estreitas.
Hibiscus mutabilis
E finalmente o Hibiscus mutabilis, também de porte pequeno (3-5m), conhecida popularmente como rosa-de-jericó. Originária da China, possui folhas maiores com cinco lobos recortados e flores contendo pétalas brancas ao amanhecer, depois cor de rosa e vermelhas ao anoitecer. Geralmente cultivado como arbusto decorativo em canteiros centrais de avenidas, praças e parques ou arvoretas na arborização de ruas com calçadas estreitas. 

¹ Lorenzi, Harri et al.: Árvores Exóticas no Brasil (madeireiras, ornamentais e aromáticas), Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2003.
 ² Lorenzi, Harri et al.: Árvores Brasileiras(Manual de Identificação e Cultivo de   Plantas Nativas do Brasil), Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2002., vol1, 4.ed.
³ Fryxell, P.A. 2001.Talipariti (Malvaceae), a segregate from Hibiscus. Contributions from the University of Michigan Herbarium 23: 225-270.

O angelim-de-morcego

Uma árvore nativa da restinga arbórea de 2–12 m de altura, copa arredondada e densa, com tronco cilíndrico e curto de 30-50 cm de diâmetro, revestido por casca suberosa. Folhas glabras, compostas imparipinadas de 5-9 folíolos, lustrosas. Inflorescência em panículas terminais com flores azul-rosadas. Frutos do tipo legume drupáceo de forma oval e cor verde-amarelada contendo uma só semente também ovalada. Ocorre do Ceará até o Espírito Santo na floresta pluvial Atlântica de restinga e tabuleiro sobre solos arenosos.
Trata-se de uma planta heliófita e seletiva higrófita amplamente dispersa por morcegos que ingerem a polpa dos seus frutos. Sua floração ocorre entre dezembro e janeiro, produzindo os frutos em junho-julho.
Sua madeira é utilizada para produção de estacas, dormentes, além de carpintaria e marcenaria. (Lorenzi et al, 2009) ¹.
Também importante vegetal na área de farmacologia por conter derivados fenólicos, especialmente, flavonoides como as isoflavonas e catequinas, fontes de substâncias bioativas com elevada atividade antioxidante, como também antimalárica. (Ferreira, Dorigetto et al, 2013) ².
O angelim-de-morcego pela sua performance, resistência, produção de sombra e beleza das suas flores tem sido muito utilizado em arborização de parques, praças e ruas de passeios largos.

Nome popular :angelim-de-morcego, rajadeira, angelim
Nome Cientifíco: Andira nitida Mart. Ex Benth.
Família: Fabaceae

¹ Lorenzi, Harri et al.: Árvores Brasileiras (Manual de Identificação e Cultivo de   Plantas Nativas do Brasil), Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2002., vol1, 4.ed, p.136,  ISBN 85-86714-16-X

² Disponivel em :https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1526. Acessado em: 15/02/2019.

O abricó-da-praia

Conhecido popularmente como abricó-amarelo, balata,  abricoteiro, fruto do abricoteiro-da-praia, uma árvore frutífera sub-tropical da família Sapotaceae e da espécie Mimusops commersonii G. Don, originária de Madagascar utilizada para arborização de cidades litorâneas ou mais raramente em pomares domésticos nas regiões sudeste e Nordeste do Brasil. Trata-se de uma espécie exótica de copa globosa, folhas perenes, lactescente, de 7-10 m de altura, extremamente tolerante a solos salinos. Folhas coriáceas glabras, de cor verde mais clara na face de baixo. Flores solitárias ou agrupadas. Frutos do tipo baga globosa, de casca lisa, contendo polpa cremosa e bastante doce.
Seus frutos são consumidos in natura e pouco apreciados, ou batidos com leite, possuem 02 sementes e amadurecem no verão (Lorenzi et al, 2006).   
          Possui frutos comestíveis ao natural, ou sob forma de sucos, doces, sorvetes, geleias e possui propriedades medicinais. A madeira é usada em construção civil e naval e em carpintaria.
O abricoteiro é encontrado, de forma nativa, nas praias e mangues da ilha de Madagascar (Costa Leste da África), na América Central, e também no Brasil, principalmente, na região Norte e são muitas as propriedades encontradas no abricoteiro, na fruta, brotos, flores, resina ou sementes que beneficiam a saúde, de várias formas. O abricó pode ser empregado como digestivo, antirreumático, antisséptico, vermífugo depurativo, anti-helmíntico e fortificante.
Ao consumi-lo in natura, tomar cuidado ao descascar, porque a casca e a massa onde se encontra a polpa, contém substâncias fortes e amargas, que em contato com os lábios ou a língua, podem causar incômodo por algumas horas.²
Além das qualidades citadas pode ser uma excelente alternativa para o paisagismo de cidades litorâneas, principalmente na arborização de orlas e condomínios de praia.
  
¹ Lorenzi, Harri et al.: Frutas brasileiras e exóticas cultivadas (de consumo in natura), Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2006.p.619 .
² Disponivel em:www.greenme.com.br/alimentar-se/alimentacao/6434-abrico-da-praia-origem-propriedades-e-como-consumir  9/3/18, atualizado: 5/4/18 e consultado em 18/05/2018.

A Quixabeira


A Quixabeira é uma árvore nativa de 7-18m de altura que vegeta na restinga litorânea do nordeste, na caatinga e no Vale do São Francisco. Encontrada do Ceará ao Rio Grande do Sul. Árvore de copa baixa e densa, espinescente. Folhas simples, cartáceas glabras e brilhantes. Inflorescências em fascículos axilares, contendo flores esbranquiçadas e perfumadas. Frutos tipo drupa, lisos pretos, contendo polpa suculenta de sabor doce (Lorenzi et al,2006).
A madeira é dura, a casca tem propriedades adstringentes e tonificantes, as folhas e os frutos são forrageiros, sua ocorrência se dá preferencialmente em solos argilosos e ricos em cálcio. . A árvore é perenifólia e possui copa densa e elegante, sendo utilizada com sucesso na arborização, tanto no Pantanal Mato-Grossense como na região Nordeste. A madeira também é usada em carpintaria e no artesanato, por exemplo, na modelagem de esculturas (carrancas). Devido à degradação ambiental, a quixabeira é mais uma espécie ameaçada de extinção. Seus frutos, denominados de quixabas, são comestíveis e avidamente procurados por pássaros e outros animais silvestres.
O tronco é curto e cilíndrico, com casca rugosa e superficialmente fissurada, com 30-60 cm de diâmetro. No Vale do São Francisco, seus ramos longos, resistentes, são usados pelos barqueiros como varas para empurrar as barcas. A madeira é pesada, dura, porém, fácil de trabalhar, de textura fina, de baixa durabilidade quando exposta, utilizada em carpintaria e artesanato (esculturas e carrancas). Segundo Albuquerque e Andrade (2002), a casca é também utilizada na forma de tintura ou decocto para o tratamento de inflamações e traumas e como cicatrizante (Kill &Lima, 2011).
Nome Popular: quixabeira, quixaba-preta
Nome Cientifíco: Sideroxylon obtusifolium (Roem.&Schult)T.D.Penn.
Família: Sapotaceae

Lorenzi, Harri et al.: Frutas brasileiras e exóticas cultivadas, Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2006, p.311
Kiill &Lima , Plano de manejo para espécies da Caatinga ameaçadas de extinção na Reserva Legal do Petrolina,Pe.2011, p.16