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A Quixabeira


A Quixabeira é uma árvore nativa de 7-18m de altura que vegeta na restinga litorânea do nordeste, na caatinga e no Vale do São Francisco. Encontrada do Ceará ao Rio Grande do Sul. Árvore de copa baixa e densa, espinescente. Folhas simples, cartáceas glabras e brilhantes. Inflorescências em fascículos axilares, contendo flores esbranquiçadas e perfumadas. Frutos tipo drupa, lisos pretos, contendo polpa suculenta de sabor doce (Lorenzi et al,2006).
A madeira é dura, a casca tem propriedades adstringentes e tonificantes, as folhas e os frutos são forrageiros, sua ocorrência se dá preferencialmente em solos argilosos e ricos em cálcio. . A árvore é perenifólia e possui copa densa e elegante, sendo utilizada com sucesso na arborização, tanto no Pantanal Mato-Grossense como na região Nordeste. A madeira também é usada em carpintaria e no artesanato, por exemplo, na modelagem de esculturas (carrancas). Devido à degradação ambiental, a quixabeira é mais uma espécie ameaçada de extinção. Seus frutos, denominados de quixabas, são comestíveis e avidamente procurados por pássaros e outros animais silvestres.
O tronco é curto e cilíndrico, com casca rugosa e superficialmente fissurada, com 30-60 cm de diâmetro. No Vale do São Francisco, seus ramos longos, resistentes, são usados pelos barqueiros como varas para empurrar as barcas. A madeira é pesada, dura, porém, fácil de trabalhar, de textura fina, de baixa durabilidade quando exposta, utilizada em carpintaria e artesanato (esculturas e carrancas). Segundo Albuquerque e Andrade (2002), a casca é também utilizada na forma de tintura ou decocto para o tratamento de inflamações e traumas e como cicatrizante (Kill &Lima, 2011).
Nome Popular: quixabeira, quixaba-preta
Nome Cientifíco: Sideroxylon obtusifolium (Roem.&Schult)T.D.Penn.
Família: Sapotaceae

Lorenzi, Harri et al.: Frutas brasileiras e exóticas cultivadas, Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2006, p.311
Kiill &Lima , Plano de manejo para espécies da Caatinga ameaçadas de extinção na Reserva Legal do Petrolina,Pe.2011, p.16