Um
pequeno arbusto caducifólio que mede menos de 1m de altura com diversos
ramos partindo da base. Folhas simples cartáceas, glabras, nas duas faces,
medindo de 3-6. Flores hermafroditas solitárias ou aos pares, nas axilas ou
abaixo da zona foliar. Frutos elipsoides, com casca fina, contendo uma polpa
carnosa e adocicada, com uma semente, consumidos in natura e bastante
apreciados.
Trata-se
de uma pequena fruteira ainda pouco conhecida no Brasil, originária da África
ocidental cuja principal característica é a capacidade de seu fruto quando
mastigado, agir sobre as papilas gustativas receptoras do sabor ácido adoçando
completamente qualquer fruta azeda que se prove em seguida, daí o motivo do seu
curioso nome popular (Lorenzi et al, 2006).
Planta
de crescimento lento, porém adapta-se a diversas condições climáticas. Pode ser
cultivada em vasos desde que profundos e preparados com terra vegetal argilosa. Dependendo
da região, pode frutificar o ano todo e também pode ser cultivada como
ornamental. Essa frutinha contém em sua polpa uma proteína chamada miraculina que ao entrar em
contato com as papilas gustativas da língua inibe a nossa capacidade de
saborear a acidez e o amargo. Já é utilizada há séculos pelos africanos para
adoçar seus alimentos e atualmente é bem conhecida nos Estados Unidos e Europa
onde são comercializados vários produtos confeccionados à base de sua polpa
Os
frutos também podem ser congelados e depois guardados em frascos no congelador,
para consumo mais prolongado.
Nome Popular: fruta-do-milagre,fruta-milagrosa,
miraculina,
cereja miraculosa
Nome Cientifíco: Synsepalum dulcificum (Schumach. & Tom) Daniell
Família: Sapotaceae
Lorenzi, Harri et
al.: Frutas brasileiras e exóticas cultivadas, Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova
Odessa, SP, 2006, p. 622.