Árvores
tropicais que produzem frutos bastante cultivados em algumas regiões do Brasil,
principalmente no nordeste, pertencentes à família Sapotaceae e outros da mesma
família, originários da América Central e das Antilhas, apresentam
características similares.
O fruto
roxo e exótico do abieiro-roxo, da espécie Chrysophyllum
cainito L. tem sido bastante cultivado no Nordeste do Brasil. Árvore
perenifólia lactescente de 8-20m de altura, folhas simples, cartáceas de
coloração verde-escura lustrosa na face superior e dourado-tomentosa na face
inferior Flores pequenas, brancas-amareladas, agrupadas em fascículos axilares
densos.
Possui frutos
tipo baga arredondadas de cascas finas de cor roxa ou verde a depender da
variedade, contendo polpa carnosa e pegajosa devido ao teor de látex e bastante
doce, contendo 6-10 sementes. São consumidos in natura e de sabor muito
agradável (Lorenzi et al, 2006).
No Brasil, o abio é mais encontrado nos estados do Norte,
Nordeste e sudeste, em locais de clima quente e úmido. América Central e México
são regiões onde mais se cultiva o abieiro
São
frutos muito ricos em Potássio, Cálcio e Fósforo. Contém também Vitaminas A,
B1, B2, C e B3; Esses frutos são invariavelmente consumidos exclusivamente na
sua forma natural. O abiu-roxo entrou no Brasil pela Amazônia e
encontra-se hoje difundido por toda a América tropical. Em algumas regiões,
inclusive, é utilizado como árvore ornamental para sombreamento em áreas
urbanas.
O abiu-amarelo também
conhecido por: caimito ou abiurana, é o fruto do abieiro-nativo, muito
encontrado e cultivado em muitos pomares domésticos, tanto na Amazônia
Central, como em quase todo o
Nordeste, de Pernambuco até o Rio de
Janeiro. Árvore perenifólia, lactescente de 6-24 m de altura Trata-se da Pouteria caimito (Ruiz&Pav.) Radlk.,
pertencente também á família Sapotaceae.
Possui
folhas glabras cartáceas nas extremidades dos ramos. Flores em inflorescências
dispostas nos ramos, bastante perfumadas. Frutos globosos ou elipsoides,
contendo uma polpa gelatinosa, translúcida adocicada com 1-4 sementes.
Os frutos devem estar bem
maduros para se consumir, porque os mais verdes exsudam um látex branco
bastante pegajoso da sua casca (Lorenzi et al, 2006).
O elevado teor
de vitamina C contido no abiu-amarelo aumenta a velocidade de
absorção de ferro.
Os abieiros fazem até
mesmo parte da arborização urbana da região, decorando praças de Manaus, Belém
e de algumas cidades do nordeste brasileiro, e pode chegar a atingir 10 metros
de altura, seu tronco é irregular, de casca áspera, com ramos novos e
pilosidade ferrugínea.
Na medicina popular a
polpa mucilaginosa dos frutos é consumida para aliviar tosses, bronquites,
pneumonias e outras doenças pulmonares. Seu
fruto é uma baga, globosa ou oblonga. Possui látex que coagula com o ar,
sua casca é lisa e amarela quando está madura, sua polpa é branca ou amarelada,
mucilaginosa, comestível e adocicada. A polpa do Abiu também pode ser
transformada em geleias, refrescos e sorvetes.
Os abieiros em geral, pela
sua adaptação edafoclimática, performance paisagística, qualidade alimentícia e
até medicinal, podem e devem ser amplamente cultivados na nossa região.
¹ Lorenzi, Harri et al.: Frutas
brasileiras e exóticas cultivadas, Instituto Plantarum de Estudos da Flora,
Nova Odessa, SP, 2006. p. 299.
² Lorenzi,
Harri et al.: Frutas
brasileiras e exóticas cultivadas (de consumo in natura),
Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2006, p. 616.
³ Consultado em 10/07/208, disponível em: www.beneficiosdasplantas.com.br/abiu-beneficios-e-propriedades-dessa-planta/