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O melão-de-são-caetano

Trata-se de uma trepadeira pantropical originária da Asia ( Índia e sul da China), trazida para o Brasil pelos escravos para reduzir a febre e facilitar os partos.
Bastante encontrada em terrenos baldios, beira de cercas, em quase todo o Brasil. Trata-se de uma planta trepadeira anual, bastante resistente, monóica. Folhas membranáceas, lobadas. Flores solitárias e unissexuais. Frutos tipo capsula carnosa deiscente envolvidos por densa polpa suculenta (arilo),de cor vermelha e sabor adocicado, consumidos apenas in natura embora pouco apreciados (Lorenzi et al, 2006).
Mordica em latim significa mordida, uma referencia as bordas da folha dessa planta, que parece que foi mordida.
A Momordica charantia faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS Possui uma série de substâncias químicas, incluindo triterpenos, proteínas e esteroides. Além disso, a momordina, proteína encontrada na planta, têm demonstrado atividade anticancerígena contra o linfoma de Hodgkin em animais. Outras proteínas presentes na planta, foram testadas quanto a possíveis efeitos anticancerígenas. Tem demonstrado também um efeito hipoglicemiante um beneficio potencial contra a diabetes mellitus. O efeito hipoglicemiante é mais pronunciado no fruto, onde estes produtos químicos são mais encontrados. Na Amazônia, as populações locais e tribos indígenas cultivam o melão-amargo para utilizá-lo como alimento e medicamento. No México, toda a erva é usada para diabetes e disenteria, sendo a raiz um afrodisíaco estimulante.
No Brasil as lavadeiras utilizavam suas folhas para clarear as roupas e no Japão na Província de Okinawa os japoneses costumam consumir bastante seus frutos o que é comum também no Brasil pela colônia japonesa em São Paulo. Inúmeras pesquisa têm sido realizadas  no mundo com o melão-de-são caetano como planta importante para combate ao câncer de pâncreas.

Nome Popular: melão-de-são-caetano, fruto-de-cobra, melão-amargo
Nome Cientifíco: Momordica charantia L.
Família: Cucurbitaceae

¹ Lorenzi, H. et al.: Frutas brasileiras e exóticas cultivadas (de consumo in natura), Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2006. p. 398