Árvore
de médio porte, 6-14m de altura, com tronco liso de cor acinzentado de 30-40 cm,
copa arredondada densa, folhas compostas palmadas, com 4-6 folíolos, de 15-20
cm de comprimento. Flores solitárias com estames longos branco-creme de
extremidade marron-avermelhada. Frutos grandes pesando em média de 1.0-1,7kg do
tipo cápsula semilenhosa deiscente, com muitas sementes (castanhas) (Lorenzi
et al 2006).
Sua
madeira é muito leve e mole, podendo ser usada para confecção de objetos
leves como caixotes, réguas e brinquedos. Ocorre do litoral do Pará até o
Maranhão e atualmente muito utilizada na arborização em todo o nordeste.
A
planta é largamente usada como ornamental, tanto para arborização de praças e
parques, como canteiros centrais, não recomendadas para calçadas apenas pelo
fato de produzir frutos grandes que podem gerar eventuais acidentes quando
raramente caem inteiros e pelo seu sistema radicular agressivo Também é conhecida como planta-do-dinheiro,
erva-da-fortuna, árvore-do-dinheiro. Os praticantes de Feng Shui também
atribuem grande significado a esta planta. As suas cinco folhas simbolizam os
cinco elementos do Feng Shui: Madeira, água, terra, fogo e metal. (Alex, 2010).
As
sementes são comestíveis, com sabor semelhante as do cacau, quando torradas,
sendo também, em algumas regiões utilizadas como substituição do café ou
chocolate e também consumidas cruas. Quando torradas, laminadas ou inteiras as
sementes são equivalentes ou superiores às demais castanhas conhecidas e se
trituradas ou moídas viram farinha para preparo excelente de paçocas, pães,
farofas, pudins, bolinhos e similares ou até para empanar peixes ou doces e
outras sobremesas. As castanhas cozidas
com água e sal tornam-se parecidas à castanha-portuguesa ou fruta-pão e quando
fatiadas e fritas em óleo quente possuem sabor igual batatinha e podem até ser
preparadas para fabricação de um tipo de chocolate. Na região cacaueira da
Bahia alguns cacaucultores mal intencionados usavam as amêndoas da monguba
misturadas às do cacau para auferir lucro, tal era a sua semelhança. Castanhas
cruas, apesar do sabor agradável não devem ser consumidas em excesso.
Suas
folhas jovens (brotos), picadas e refogadas como se fosse couve, com os
temperos tradicionais (manteiga, sal, alho, cebola e orégano), podem ser
consumidas como verdura ou sob forma de angu quando trituradas em liquidificador
e coadas com creme de leite e fubá amarelo ou sob forma de polenta. Suas flores jovens também podem ser
consumidas em saladas ou salteadas e são também extremamente ornamentais quando
utilizadas para decoração de pratos. Crepes
com sementes de monguba ficam elegantes quando decorados com suas próprias
flores.
A
monguba tem sido confundida com a castanha-do-maranhão (Bombacopsis glabra), pertencente à mesma família botânica e que
possui também castanhas comestíveis. As flores da castanheira-do-maranhão são
totalmente brancas e se diferenciam completamente em caule, folhas e frutos.
Nome
popular: munguba,
castanha-da-água, monguba, cacau-selvagem
Nome
científico: Pachira aquatica Aubl
Família
botânica: Malvaceae
(ex-Bombacaceae)
Lorenzi, Harri et al.: Frutas brasileiras e
exóticas cultivadas (de consumo in natura), Instituto Plantarum de Estudos da
Flora, Nova Odessa, SP, 2006, p. 161.
Disponível em: http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/BemVindoConsultaPublicaConsultar.
Consultado em 19/11/2018.
Alex.: Plantas - Interior - Pachira aquatica - A Planta da Boa Fortuna, 01/2010. Disponível em: http://www.plantas-interior.com/2010/01/pachira-aquatica-planta-da-boa-fortuna.html,
Acessado em: 05/11/2018.
Lorenzi, Harri et al.: Árvores Exóticas no
Brasil (madeireiras, ornamentais e aromáticas), Instituto Plantarum
de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2003.p.167.
Ferreira Kinupp, Harri Lorenzi: Plantas
Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação
,aspectos nutricionais e receitas ilustradas
Instituto
Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 214 .p.394