Árvore de 10-15 m de
altura, quando plantadas em solos férteis e profundos, com tronco cilíndrico e
casca lisa, originária da Índia, copa globosa e ramos recurvados. Folhas
compostas alternas grandes com 4-8 pares de folíolos opostos, de ápice agudo.
Flores vistosas em inflorescências axilares com pedúnculo longo, pendentes,
cônicas e piramidais, contendo flores grandes de corola amarelo-ouro ou
amarelo-limão. Frutos do tipo legume indeiscente, de coloração marrom-escuro ou
preta, cilíndricos, quebradiços. Sementes contidas em compartimentos de cor
castanho, envolvidas por mucilagem preta de uso medicinal e aromatizante. (Lozenzi,
H. et al 2002)¹
Na região nordeste é uma
árvore mais utilizada para arborização de praças e parques ou em ruas e
avenidas de calçadas estreitas.
Seus frutos são empregados
na medicina popular, suas folhas quando bem jovens (brotações), assim como suas
flores jovens podem ser consumidas após cozimento.
As flores são utilizadas
em saladas cruas ou para decoração e ainda salteadas puras ou com carnes e
peixes ou adicionadas em massas ou yakissoba, além de empanadas e fritas ou
cozidas no arroz (risoto). Podem ainda ser utilizadas para fabricação de pães,
para tanto é só colher as flores jovens e botões, lavar e triturar com um pouco
de água e colocar na forma da panificadora com 2 colheres de sopa de manteiga
ou azeite e 1 colher de chá de sal, 3 colheres de sopa de açúcar cristal, 720
ml de farinha de trigo e 2 colheres de chá de fermento biológico e assar em 3
horas. Isto para um pão de 900g.
Além do pão pode-se também
preparar refogado de flores com cebola, alho, pimenta e sal dourados no azeite
ou manteiga, tanto puro como com carnes, peixes, linguiças, no arroz, massas,
fritadas, omeletes ou tempurá e ainda refogado das próprias folhas jovens
picadas e temperadas para consumo ou para produzir uma sopa cremosa muito boa. (Kinupp
V. F.,Lorenzi H., 2014)²
Nome popular: chuva-de-ouro, cássia-imperial,
cassia-fistula
Nome científico: Cassia fistula L
Família botânica: Fabaceae
¹ Lorenzi, Harri et al.: Árvores Exóticas no
Brasil (madeireiras, ornamentais e aromáticas), Instituto Plantarum
de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2003.p.167.
² Ferreira Kinupp, Harri Lorenzi: Plantas
Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação
,aspectos nutricionais e receitas ilustradas
Instituto
Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 214 .p.394