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Frutos Comestíveis de Cactos

A família Cactaceae no Brasil possui uma quantidade razoável de espécies, cerca de 230, distribuídas em 36 gêneros. Algumas dessas espécies e de outras exóticas introduzidas possuem frutos comestíveis como é o caso do: figo-da-india (Opuntia fícus-indica), ora-pro-nobis (Pereskia spp.), mandacaru (Cereus jamacaru), palmatória-da-praia (Opuntia monacantha), palmatória-do-paraguai (Opuntia paraguaiyensis), facheiro-da-praia (Pilosocereus arrabidae), pitaia (Hylocereus spp.) pitainha (Seleiocereus setaceus), entre outras com predominância no biomas  caatinga, cerrado e restinga.


Figo-da-índia

Fruto da figueira- da- índia, uma planta xerófita originária de regiões áridas do México, apesar do nome, de 3-5 m de altura cultivada no Brasil, contendo filocládios ramificados espinhosos. Flores solitárias grandes diurnas. Frutos tipo baga  de cor vermelha ou alaranjada com polpa suculenta com muitas sementes e de sabor doce, consumidos in natura e que amadurecem no verão (LORENZI et all, 2006). Possui alto teor de fibras, vitamina A e ferro. Além de alimentícia tem sido amplamente utilizada como uma opção forrageira no semiárido, juntamente com outras palmas forrageiras como Opuntia sp. e Nopalea cochenillifera.

Palmatória-da-praia

Uma planta rústica, espinhosa muito comum nas restingas litorâneas, desde Sergipe até o Rio Grande do Sul. Trata-se de uma fruteira de porte sub-arbustivo, suculento ereto ou decumbente de 1-3 m de altura, não cultivada, exceto como ornamental, com filocládios grossos e espinhosos, contendo flores solitárias, diurnas, andróginas. Frutos do tipo baga alongados com polpa suculenta globoso de cor verde no ápice e placenta amarelada na base, de sabor levemente doce (LORENZI et all, 2006).

Mandacaru

Fruteira pouco cultivada, porém muito abundante em seu habitat natural, na região semiárida do Nordeste. Tronco curto com caule tipo cladódios ramificado, com flores solitárias noturnas e frutos do tipo baga deiscente, com abertura longitudinal contendo polpa farinácea e suculenta de sabor levemente doce. (LORENZI et all, 2006).



Lorenzi, Harri et al.: Frutas brasileiras e exóticas cultivadas, Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2006, p. 102 /104 /371.