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As florestas tropicais brasileiras e seu dossel

A maior biodiversidade de formas de vida das florestas tropicais, cerca de 65% encontra-se no dossel das árvores, que é a camada mais alta da floresta cuja cobertura atinge de 30 a 60 m. e tem grande influência na regeneração das espécies de porte menor, além de proteger os solos da chuva erosiva.

O recorde arbóreo do planeta está na América do Norte com as gigantescas sequoias que chegam a atingir mais de 100 m de altura, já no Brasil temos nas florestas tropicais da Amazônia árvores como o angelim-vermelho (Dinizia excelsa Duck), da família Fabaceae (Leguminosae), com 88 m de altura, descoberta recentemente na Floresta Estadual do Paru, além de dezenas de outras espécies que superam a marca de 50 metros, à exemplo do jequitibá-rosa, a sumaúma, a castanha-do-pará, a peroba-rosa, a gameleira-brava, entre outras espécies.

As florestas brasileiras ocupam aproximadamente 60% do nosso território e o Brasil é o segundo país do mundo com mais áreas florestais, ficando atrás somente da Rússia.

A Amazônia é um dos biomas mais importantes do mundo, representando aproximadamente 30% das florestas tropicais do planeta.

A Mata Atlântica, por exemplo, apesar de muito desmatada, ainda preserva grandes áreas e atualmente ocupa aproximadamente 13% do território nacional e se encontra presente em 17 estados brasileiros e apesar de muito fragmentada, ainda abriga mais de 20 mil espécies vegetais, constituindo uma das maiores biodiversidades do mundo.

As plantas também se movimentam

 

      Apesar da sua aparente imobilidade, os vegetais  executam movimentos quando estimulados por agentes externos, ou internos, como a àgua, a luz , agentes mecânicos e  outros  e em decorrência, são classificados  como , tactismos, tropismos  ou nastismos.

Tactismo, acontece quando ocorre movimento de todo o organismo, por exemplo, quando as algas buscam a luminosidade, aproximando-se ou afastando-se da superfície da água de acordo com o horário do dia.

Tropismos e nastismos se referem aos movimentos de órgãos das plantas. Diferenciam-se porque o tropismo depende da direção do estímulo (ex: o caule se curva para a luz que vem de uma janela), enquanto que o nastismo depende da intensidade do estímulo.

Pode-se dizer que os nastismos são movimentos reversíveis que se relacionam à curvatura da planta. Um bom exemplo  é o da erva  conhecida como sensitiva ou dormideira (Mimosa pudica), que fecha seus folíolos por meio de uma ação mecânica. Além disso, no tropismo acontece uma distribuição desigual de auxina entre os lados da planta, fazendo com que um dos lados cresça mais lentamente que outro.  As auxinas são os compostos que provocam o alongamento nas células dos brotos de plantas.

Movimentos locomotores:

Tactismos - causados por estímulos externos e encontrados em seres geralmente unicelulares , hoje classificados nos Reinos Monera ou Protista - que fazem com que o corpo inteiro do indivíduo mude de lugar. Ex: Reino Protista, ou unicelular).

Os tropismos por sua vez, são classificados de conformidade com a fonte do estímulo, Fototoprismo, e também Heliotropismo, em direção a luz; Geotropismo, quando em direção ao solo, à exemplo das raízes, Quimiotropismo, em busca de água ou minerais do solo; Haptotropismo ou Tigmotropismo, quando as plantas se enrolam com suas gavinhas em direção a troncos ou paredes para se fixarem.

Existem, também movimentos classificados de acordo com a fonte de estímulo que os produz: Ainda enfocando o nastismo ou nictinastia : fotonastia (abertura e fechamento dos estômatos, ex: rainha-da-noite), termonastia (ex: onze-horas) e higronastia (ex: as folhas de algumas plantas ficam  murchas durante o dia e mais exuberantes à noite).

Haptonastia ou tigmonastia - ocorre nas plantas carnívoras que se fecham quando tocadas por algo sólido ou quando um inseto pousa sobre elas.

Quimionastia - as mesmas plantas carnívoras têm o seu movimento de fechamento acelerado pelo estímulo químico depois da captura do inseto.

http://www.jardimdeflores.com.br/CURIOSIDADES/A38plantasemove.htm

A amora-gigante

 

Fruto da amoreira-gigante é uma fruteira de clima temperado, provavelmente de origem asiática, nativa na europa e américa do norte e introduzida no sul do Brasil em 1972. Trata-se de um arbusto espinescente ou inerme a depender da variedade, de ramos escandentes. Folhas compostas com folíolos cartáceos. Flores hermafroditas, solitárias ou grupadas, axilares. Fruto do tipo agregado, globoso, cheio, carnoso, de sabor doce ou acidulado (cultivar Tupy), a depender da variedade (Lorenzi et al,2006)¹.

A multiplicação da amoreira-gigante é feita por estacas ou rebentos basais. As nossas amoreiras tropicais são espécies de outra família botânica chamada Moraceae, sendo as mais cultivadas as Morus alba (amora-branca), Morus rubra (amora-vermelha) e Morus nigra (amora-preta) por serem muito nutritivas e apresentarem alto teor de proteína, as folhas da amora branca são utilizadas como o único alimento do bicho-da-seda da amoreira (Bombyx mori) em sua fase inicial de vida.

Atualmente no Brasil a variedade gigante mais cultivada é a Tupy, embora seja mais ácida. Já existe atualmente alguns novos cultivares desenvolvidos pela Embrapa do Rio Grande do Sul, a exemplo do BRS Xingu, que é obtida por hibridação, com frutos mais doces e sem espinhos no caule.

O cultivo da amoreira-gigante vem sendo intensificado com utilização de espaldeiras (suportes para plantio), que facilita bastante a colheita.

 

Nome Popular: amoreira-preta-gigante

Nome Cientifíco: Rubus ulmifolius Scohtt

Família: Rosaceae

 

¹ Lorenzi, Harri et al.: Frutas brasileiras e exóticas cultivadas (de consumo in natura), Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2006.p.521.