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A pitombeira


Uma fruteira nativa na região Nordeste e Amazônica e cultivada em pomares domésticos, bastante frequentes em seu habitat natural, onde é encontrada, além da Amazônia em todo o nordeste brasileiro até o Rio de Janeiro, é uma árvore perenifólia de 6-12 m de altura. Folhas compostas pinadas com 2-4 pares de folíolos. Inflorescência em panículas contendo flores andróginas pequenas. Frutos do tipo baga subglobosa apiculada, com 1-2 sementes grandes revestidas por um arilo fino suculento e translúcido de sabor acidulado que amadurece de janeiro-março e são comercializados em feiras livres e consumidos in natura (Lorenzi et al, 2006).
Na medicina popular, a pitomba atua fortalecendo o sistema imunológico, protegendo o sistema vascular, protegendo o desenvolvimento dos ossos e colaborando na formação de hemoglobina e por ser uma boa fonte de vitamina C, traz alguns benefícios, como a prevenção de envelhecimento precoce e algumas outras doenças que tem a ver com os radicais livres, como por exemplo o câncer.
A pitomba deve ser consumida após o almoço, pela presença da vitamina C, que ajuda na absorção do ferro existente no feijão e na carne.

USOS ALIMENTÍCIO
Apesar de pouco estudada e por possuir uma polpa cujo rendimento é pequeno, a pitomba, quando processada apresenta um rendimento maior e um sabor inigualável e por isso tem sido utilizada para preparação de sucos cremes, geleias, mousse purê, sorvetes, pois além de conter uma polpa  saborosa tem grande potencial antioxidante e possui atividades preventivas contra câncer.
Para o preparo da geleia de pitomba, uma deliciosa iguaria, basta retirar a casca e esmagar seus caroços em peneira grossa de arame para obter a polpa, adicionar metade do açúcar em relação ao total de polpa e cozinhar até o ponto.
Já o preparo do mousse e do sorvete, usa-se para cada quantidade de polpa, metade de leite condensado e pouco de gelatina diluída é só bater no liquidificador e em seguida refrigerar até obter a consistência.
Para preparar o suco de pitomba basta misturar a polpa da fruta e adicionar açúcar, água ou leite.
Para consumo salgado, use a mesma polpa misture meio a meio com aipim cozido ou similar amassado e adicione manteiga derretida com sal, alho e pimenta-do-reino moída na hora. Junte o creme de leite e em seguida o purê misto de pitomba e macaxeira, depois é só mexer e servir quente ou frio.
Até o momento não se aconselha o uso culinário das sementes, embora quando bem cozidas em panelas de pressão com água e sal, ou assadas sejam deliciosas, pela presença de lecitinas ( Kinupp V. F. ,Lorenzi H., 2014).
    
Nome Popular: pitomba, pitomba-do-norte, pitombeira, pitomba-da-mata
Nome Cientifíco: Talisia esculenta (A. St.-Hil) Radlk.
Família: Sapindaceae

Lorenzi, Harri et al.: Frutas brasileiras e exóticas cultivadas (de consumo in natura), Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2006, p. 294.

Disponível em: https://whww.remedio-caseiro.com/beneficios-e-propriedades-da-pitomba/ttps://whww.remedio-caseiro.com/beneficios-e-propriedades-da-pitomba. Consultado em 19/02/2019

Ferreira Kinupp, Harri Lorenzi: Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação ,aspectos nutricionais e receitas ilustradas  Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2014, p. 652.

A munguba


Árvore de médio porte, 6-14m de altura, com tronco liso de cor acinzentado de 30-40 cm, copa arredondada densa, folhas compostas palmadas, com 4-6 folíolos, de 15-20 cm de comprimento. Flores solitárias com estames longos branco-creme de extremidade marron-avermelhada. Frutos grandes pesando em média de 1.0-1,7kg do tipo cápsula semilenhosa deiscente, com muitas sementes (castanhas) (Lorenzi et al 2006).
Sua madeira é muito leve e mole, podendo ser usada para confecção de objetos leves como caixotes, réguas e brinquedos. Ocorre do litoral do Pará até o Maranhão e atualmente muito utilizada na arborização em todo o nordeste.
A planta é largamente usada como ornamental, tanto para arborização de praças e parques, como canteiros centrais, não recomendadas para calçadas apenas pelo fato de produzir frutos grandes que podem gerar eventuais acidentes quando raramente caem inteiros e pelo seu sistema radicular agressivo Também é conhecida como planta-do-dinheiro, erva-da-fortuna, árvore-do-dinheiro. Os praticantes de Feng Shui também atribuem grande significado a esta planta. As suas cinco folhas simbolizam os cinco elementos do Feng Shui: Madeira, água, terra, fogo e metal. (Alex, 2010).

USOS ALIMENTÍCIO
As sementes são comestíveis, com sabor semelhante as do cacau, quando torradas, sendo também, em algumas regiões utilizadas como substituição do café ou chocolate e também consumidas cruas. Quando torradas, laminadas ou inteiras as sementes são equivalentes ou superiores às demais castanhas conhecidas e se trituradas ou moídas viram farinha para preparo excelente de paçocas, pães, farofas, pudins, bolinhos e similares ou até para empanar peixes ou doces e outras sobremesas.  As castanhas cozidas com água e sal tornam-se parecidas à castanha-portuguesa ou fruta-pão e quando fatiadas e fritas em óleo quente possuem sabor igual batatinha e podem até ser preparadas para fabricação de um tipo de chocolate. Na região cacaueira da Bahia alguns cacaucultores mal intencionados usavam as amêndoas da monguba misturadas às do cacau para auferir lucro, tal era a sua semelhança. Castanhas cruas, apesar do sabor agradável não devem ser consumidas em excesso.
Suas folhas jovens (brotos), picadas e refogadas como se fosse couve, com os temperos tradicionais (manteiga, sal, alho, cebola e orégano), podem ser consumidas como verdura ou sob forma de angu quando trituradas em liquidificador e coadas com creme de leite e fubá amarelo ou sob forma de polenta.  Suas flores jovens também podem ser consumidas em saladas ou salteadas e são também extremamente ornamentais quando utilizadas para decoração de pratos.  Crepes com sementes de monguba ficam elegantes quando decorados com suas próprias flores.
A monguba tem sido confundida com a castanha-do-maranhão (Bombacopsis glabra), pertencente à mesma família botânica e que possui também castanhas comestíveis. As flores da castanheira-do-maranhão são totalmente brancas e se diferenciam completamente em caule, folhas e frutos.

Nome popular: munguba, castanha-da-água, monguba, cacau-selvagem
Nome científico: Pachira aquatica Aubl
Família botânica: Malvaceae (ex-Bombacaceae)

Lorenzi, Harri et al.: Frutas brasileiras e exóticas cultivadas (de consumo in natura), Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2006, p. 161.

Disponível em: http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/BemVindoConsultaPublicaConsultar. Consultado em 19/11/2018.

Alex.: Plantas - Interior - Pachira aquatica - A Planta da Boa Fortuna, 01/2010. Disponível em: http://www.plantas-interior.com/2010/01/pachira-aquatica-planta-da-boa-fortuna.html, Acessado em: 05/11/2018.

Lorenzi, Harri et al.: Árvores Exóticas no Brasil (madeireiras, ornamentais e aromáticas), Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2003.p.167.


Ferreira Kinupp, Harri Lorenzi: Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação ,aspectos nutricionais e receitas ilustradas  Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 214 .p.394

A palma-forrageira


A palma ou palmatória é uma planta nativa no México e largamente cultivada em zonas Áridas e Semiáridas do mundo. Porte arbustivo arborescente, perene, suculento, de 2-4 m de altura, contendo um caule curto, cilíndrico e ramificado. Não possui folhas e sua função fotossintética é realizada pelo achatamento caulinar denominado filocládio (palma), uma estrutura verde, articulada, de forma ovalada ou circular de textura carnosa, contendo pequenos espinhos. Flores vermelhas solitárias produzidas sobre os filocládios. Frutos ovalados espinescentes e vináceos, do tipo baga. (Kinupp.V.F.,Lorenzi.H.,2014).
A palma compreende as plantas de diversas espécies dos gêneros Opuntia e Nopalea, ambas da família cactácea. O gênero Opuntia tem como centro de origem o México (FLORES, 1994).
O Nordeste do Brasil possui uma área de 550.000 ha ocupada com a plantação de palma forrageira, com destaque para Alagoas e Pernambuco, estados com a maior área cultivada (ARAÚJO et al., 2005).
É uma cultura rica em vitaminas A, complexo B e C e minerais como Cálcio, Magnésio, Sódio, Potássio além de 17 tipos de aminoácidos. A palma é mais nutritiva que alimentos como a couve, a beterraba e a banana, com a vantagem de ser um produto mais econômico.
Segundo a Embrapa a palma tem sido amplamente estudada para fins forrageiros e atualmente já existem várias espécies e cultivares utilizados no Brasil. A palma Miúda é mais plantada no Agreste, enquanto a Redonda e a Gigante são mais utilizadas no Sertão. Além dessas, existe outras cultivares como: Orelha de Elefante Mexicana, Orelha de Elefante Africana, Sertânia, Baiana, entre outras (VOLTINI.T.V.et al, 2016).
Para que possam ser utilizados como verdura na alimentação humana as raquetes ou brotos de palma devem ser colhidos 30 a 60 dias após a brotação, com 80 a 120 gramas e 15 a 20 cm de comprimento (FLORES, 2001).

USO ALIMENTÍCIO
No México é consumida tradicionalmente como hortaliça e encontrada facilmente em feiras e mercados e seu uso na alimentação se dá de inúmeras formas. Grelhadas, salteadas, ensopadas, bolos, pães, geleias, além de sucos verdes, sorvetes, mousse, sopa e muitas outras alternativas.
Podem ser refogadas, mediante o uso de suco de limão ou vinagre, alho, sal e demais temperos, na manteiga ou azeite.
Trituradas com limão para preparação de sucos, (2 ou 3 raquetes grandes com 2 limões) ou adicionadas a outras folhas.
Sob forma de sopas, pode ser preparadas adicionando peixe, carne, frango ou até vegetariana, temperadas como de costume, com alho, limão, açafrão ou outros temperos e refogadas com dendê e servida quente.  (KINUPP.V.F.,LORENZI.H.,2014).

 Nome popular: palma-forrageira, palmatória, palma-miúda, palma-doce
 Nome científico: Nopalea cochenillifera (L.)Salm.Dyck
 Família botânica: Cactaceae

Tadeu Vinhas Voltolini ... [et al.]:Plantio e Manejo da Palma Forrageira no Semiárido: cartilhas elaboradas conforme a metodologia e-Rural , Brasília : Embrapa, 2016. 36 p.

Ferreira Kinupp, Harri Lorenzi: Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação ,aspectos nutricionais e receitas ilustradas  Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 214 .p.268

Araújo, L. de F.; Oliveira, L. de S. C.; Perazzo Neto, A.; Alsina, O. L. S. de; Silva, F. L. H. da. Equilíbrio higroscópico da palma forrageira: Relação com a umidade ótima para fermentação sólida. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.9, n.3, p.379-384, 2005.

Flores, C. A. V. Produção, industrialização e comercialização de verdura de palma forrageira. In: Barbera, Guiseppe; Inglese, Paolo (Eds.). Agroecologia, cultivos e usos da palma forrageira. Paraíba: SEBRAE/PB, p.94-102, 2001. Galindo, I. C. L.; Sampaio, E. V. S. B.; Menezes, R.S.C. Uso da palma.