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A murta-do-mato

Também conhecida por ameixa-do-mato ou murtinha, é o fruto da ameixeira, uma pequena árvore de 2-7 m de altura, de copa rala, que ocorre na mata Pluvial Atlântica na restinga, cerrado e caatinga em estados do Sul, Sudeste e Nordeste. Folhas lanceoladas, acuminadas, subcoriáceas, glabras, lustrosas em ambas as faces, de 5-9 cm de comprimento. Inflorescências axilares, em racemos curtos, com flores pequenas de cor branca, formadas em dezembro e janeiro. Frutos pretos e brilhantes, globosos ou oblongos, com polpa espessa, carnosa e suculenta, de sabor doce e muito agradável, contendo de 1 a 2 sementes brancas e amadurecem em fevereiro-março. (Lorenzi et al, 2006) ¹.
Os frutos são consumidos in natura e são usados para fazer bolos, sucos, sorvetes e geleias. As flores são apícolas e possui propriedades medicinais e a árvore é ornamental podendo ser utilizada na arborização urbana.

Nome Popular: murta-do-mato, ameixa-do-mato, murtinha
Nome Cientifíco: Eugenia candolleana DC.
Família: Myrtaceae

¹ Lorenzi, Harri et al.: Frutas brasileiras e exóticas cultivadas, Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2006, p.194. 

O nim-indiano


Uma arvore exótica, originária da sul da Ásia, bastante utilizada na Índia por adeptos da fitoterapia por possuir propriedades farmacológicas, foi introduzida no Brasil na década de 1980, com o intuito de agir como um inseticida natural na agricultura, mas se tornou uma planta com elevado poder de toxicidade para a biodiversidade em geral. Ela tem sido bastante plantada em todo o nordeste brasileiro, no paisagismo e na arborização urbana de ruas, canteiros de avenidas e calçadas.

Trata-se de uma planta muito resistente e de crescimento rápido, que alcança, normalmente, de 10 a 15 m de altura e, dependendo do tipo de solo e das condições climáticas favoráveis, pode atingir até 25 m. Com um ano, a planta chega a 1,5 m, e com 5 anos, chega alcançar a 8 m. O sistema radicular atinge 15 m de profundidade, possuindo madeira  avermelhada, dura e resistente, à semelhança do mogno que também pertence à família  Meliaceae.

Seus Frutos, sementes, óleo, folhas, casca do caule e raízes têm os mais variados usos anti-sépticos, antimicrobianos, nos distúrbios urinários, diarréias e doenças do couro cabeludo. O uso do extrato de Nim, ou azadiractina, tem sido usado para a imunização de pacientes picados pelo inseto Rhodnius prolixus, vetor do protozoário parasita Trypanosoma cruzi, responsável pela proliferação da doença de Chagas, comum na América Latina. As folhas são usadas contra erupções cutâneas e abcessos, e o suco das folhas são utilizados contra vermes intestinais.  O óleo do Nim é usado para a fabricação de xampu, óleo para cabelo, tônico capilar e óleo para unha. Na Alemanha, do tanino da casca do caule fabricam-se sabonete e pasta dental. Do ponto de vista químico, uma característica comum às espécies da família Meliaceae é a presença de triterpenos oxigenados (Neves et al, 2003) ¹

Um dos principais problemas causados pelo nim é o efeito de seu princípio ativo, a azadiractina, substância comprovadamente inseticida. Possui efeitos letais em centenas de insetos espécies de insetos pertencentes às ordens Coleoptera, Diptera, Heteroptera, Homoptera, Hymenoptera, Lepidoptera, Orthoptera, Thysanoptera, Neuroptera e alguns fungos, inibindo sua reprodução. Particularmente, as abelhas nativas, que são de extrema importância na polinização das flores da caatinga, estão sendo dizimados no momento que visita as flores do nim e são contaminadas pelo seu pólen tóxico. É importante ressaltar que as abelhas são responsáveis também pela polinização de várias culturas agrícolas praticadas no Vale do São Francisco que já sofrem com o uso abusivo de agrotóxicos. Como consequência da polinização comprometida há uma sensível diminuição na produção de frutos que são comercializados pelos agricultores. ²
             


Nome Popular: nim-indiano
Nome Cientifíco: Azadiractha indica A. Juss
Família: Meliaceae



¹ NEVES et al, Cultivo e utilização do nim indiano, 12/2003, Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/212487/cultivo-e-utilizacao-do-nim-indiano, Acessado em: 21/02/2018.

² CLAUDINO, Ambientalistas alertam contra cultivo do nim, 03/2013, Disponível em: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/regional/ambientalistas-alertam-contra-cultivo-do-nim-1.243149, Acessado em: 21/02/2018.

O bugi

Planta também conhecida por cabuçu, uvinha-de-restinga, ou pau-de-estalo, é o fruto de uma trepadeira, ou pequena árvore de 2-5 m, de altura que ocorre na restinga e na Mata Atlântica em estados do Nordeste (Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia) e do Sudeste (Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro). Essa espécie possui folhas coriáceas alternas grandes, de forma obovada-orbiculada, com textura de cartolina e ápice ligeiramente agudo, pecíolo cilíndrico e curto 2 cm de comprimento, contendo ócrea. Ramos escandentes, casca acizentada com internós maciços, flores racemosas em espigas compridas, que produzem pequenos frutos de sabor agridoce, consumidos in natura. (Melo. E., 1996) ¹
Fruto do tipo aquénio triangulado, envolvido por um perianto carnoso e brilhante, com polpa reduzida, comestível, embora um pouco adstringente.
Um vegetal interessante pela sua beleza e rusticidade, bastante procurado pela avifauna, frutos comestíveis, embora não muito saborosos para consumo in natura por ser um pouco adstringente, porém nas regiões de restingas nordestinas, bastante utilizado para preparo de sucos e doces.
Uma alternativa interessante para recuperação de áreas degradadas e como opção paisagística de arborização urbana em áreas litorâneas.

Nome Popular: bugi, pau-de-estalo, cabuçu, uvinha-de-restinga
Nome Cientifíco: Coccoloba alnifolia Casar
Família:
Polygonaceae

¹ Disponível em: Melo, Efigênia: Levantamento das Espécies de Cocoloba (Polygonaceae) da Restinga do Estado da Bahia, Brasil, Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, BA, 1996, p. 49-59. Consultado em 12/12/2017.

A carambola

Árvore de porte médio, medindo entre 5-10m, com tronco de 20-30cm de diâmetro. Folhas compostas, alternas imparipinadas. Flores pequenas púrpuras em inflorescências cimeiras axilares. Fruto do tipo baga oblonga e profundo-costadas, com cinco arestas agudas, amarelo-esverdeado, sabor agridoce com polpa suculenta e sementes pequenas.
Trata-se de uma planta exótica, originária da Ásia Tropical e introduzida no Brasil desde século XIX, hoje encontrada em todo o país.
Seus frutos, por possuírem ácido oxálico e oxalatos solúveis são considerados tóxicos e desaconselháveis para quem tem problemas renais, cuja insuficiência renal ocorre devido à precipitação dos cristais de oxalato nos rins (Lorenzi et al, 2011).  
Por ser rica em diversas vitaminas, como a vitamina A, C e algumas do complexo B, a carambola é muito usada para prevenção de gripes e resfriados, fortalecendo o sistema imunológico. Além disso, age como antioxidante, fazendo com que o corpo seja capaz de combater os radicais livres.
Espécie de rápido crescimento e indicada para arborização de ruas estreitas, praças e parques, devido a beleza da sua copa arredondada e qualidade de seus frutos.

Nome Popular: carambola
Nome Cientifíco: Averrhoa carambola L.
Família: Oxalidaceae

A carobinha

Árvore de pequeno porte, 4-7 m de altura, com tronco de 30-40 cm de diâmetro. Folhas compostas bipinadas, com folíolos glabros. Flores grandes e vistosas de coloração branca, roxa ou rosa. Fruto capsula. Ocorre no Brasil, do Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul, na Mata Atlântica (Lorenzi, 2002), considerada endêmica nessas áreas.
Trata-se, de uma árvore seletiva heliófita, higrófita indicada para plantio em áreas úmidas. 
Sua copa é bastante globosa e ornamental, madeira pouco durável, embora resistente, utilizada para fabricação de ripas, forros, caixotarias e indicada para recuperação de áreas degradadas e arborização de ruas estreitas praças e parques na área urbana.
Espécie muito próxima de Jacaranda caroba, sendo difícil a separação das duas. A principal característica diferencial são as margens dos folíolos jovens, que em Jacaranda. puberula  são dentadas (SILVA, 2008).
Utilizada na medicina popular para higienização de ferimentos.

Nome Popular: carobinha, jacarandá-branco, caroba-roxa
Nome Cientifíco: Jacaranda puberula Cham.
Família: Bignoniaceae

O rabo-de-cotia

Árvore de pequeno porte, 3-5m de altura, com tronco de 15-25cm de diâmetro. Folhas simples glabras. Flores em capítulos vistosos, grandes terminais e solitários de coloração amarela. Ocorre no Brasil, predominantemente na Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo na floresta pluvial atlântica (Lorenzi, 2002).
Trata-se de uma árvore seletiva heliófita, higrófita indicada para plantio em áreas úmidas e cujas flores são usadas em preparo de arranjos florais.
Sua copa é globosa e muito ornamental, madeira pouco durável e indicada para recuperação de áreas degradadas e arborização de ruas estreitas praças e parques na área urbana.

Nome Popular: rabo-de-cotia, esponja-de-ouro
Nome Cientifíco: Stifftia chrysantha Mikan
Família: Asteraceae (Compositae)

A aleluia

Árvore de porte médio, 6-8m, com tronco de 20-30cm de diâmetro. Folha composta com 2 pares de folíolos opostos. Flores amarelas em inflorescências paniculadas. Fruto legume de cor escura, cilíndrico do tipo legume deiscente com sementes pequenas e brilhantes. Ocorre, do Ceará até São Paulo em florestas de altitude (Lorenzi, 2002).
Trata-se, também de uma árvore seletiva heliófita, indicada para plantio em áreas de solo mais elevado.
Sua copa é arredondada e bastante frondosa e ampla, pouco resistente, utilizada para caixotaria, lenha e brinquedos.
Espécie de rápido crescimento e indicada para recuperação de áreas degradadas e arborização de ruas estreitas, praças e parques na área urbana, pela beleza da sua copa e abundante sombra.

Nome Popular: aleluia, pau-fava, fedegoso
Nome Cientifíco: Senna macranthera (DC.ex Collad) H.S.Irwin & Barneby
Família: Fabaceae

O ipê-branco-do-brejo

Árvore de pequeno porte, 4-7m de altura, com tronco de 15-25cm de diâmetro. Folhas compostas folioladas com folíolos coriáceos glabros. Flores vistosas de coloração branca. Fruto capsula. Ocorre no Brasil, predominantemente no sul e sudoeste São Paulo, Mato grosso do Sul até o Rio Grande do Sul, na Mata Atlântica (Lorenzi, 2002).
Trata-se de uma árvore seletiva heliófita, higrófita indicada para plantio em áreas úmidas, apesar de vegetar bem em solos secos.
Sua copa é bastante globosa e ornamental, madeira pouco durável, resistente e indicada para recuperação de áreas degradadas e arborização de ruas estreitas praças e parques na área urbana.

Nome Popular: ipê branco-do-brejo, ipê branco-do-cerrado
Nome Cientifíco: Tabebuia insignis (Miq.)Sandwith
Família: Bignoniaceae

A mamona-do-mato

Árvore de pequeno porte, 4-8 m de altura, com tronco de 20-30cm de diâmetro. Folhas simples glabras membranáceas, finas e compridas. Flores terminais em inflorescências solitários cônicas em cachos de coloração avermelhadas. Ocorre no Brasil, predominantemente na Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo na floresta pluvial atlântica, principalmente nas áreas de transição para o cerrado (Lorenzi, 2002).
Trata-se de planta xerófita indicada para plantio em áreas menos úmidas e mais arenosas, embora pouco exigente em solo.
Sua copa é bastante globosa e muito ornamental, madeira pouco durável e indicada para recuperação de áreas degradadas e arborização de ruas estreitas praças e parques na área urbana.

Nome Popular: mamona-do-mato, mamoninha-do-mato, raiz-de-tiú
Nome Cientifíco: Mabea fistulifera Mart.
Família: Euphorbiaceae

O tamboril

Árvore de porte elevado, 20-35m, com tronco de 80-160cm de diâmetro. Folha composta bipinada, fruto legume de cor quase preta e em forma de orelha, com semente envoltas em uma polpa branca meio seca, ficando presas ao fruto.  Ocorre em quase todo o Brasil, do Pará até o Rio Grande do Sul, passando pelo Nordeste na Mata Atlântica e no Cerrado (Lorenzi, 2002).
Trata-se, também de uma árvore seletiva higrófita, portanto indicada para plantio em áreas de solo húmido.
Pesquisas realizadas pela Unifesp indicaram que existe uma proteína extraída da semente de tamboril que demonstrou em ensaios pré-clínicos uma potente ação antitumoral, anti-inflamatória, anticoagulante e antitrombótica (Oliva,2013).
Sua copa é bastante frondosa e ampla, madeira durável, embora pouco resistente, utilizada para fabricação de canoas de tronco inteiro, espécie de rápido crescimento e indicada para recuperação de áreas degradadas e arborização de praças e parques na área urbana, pela beleza da sua copa e abundante sombra.

Nome Popular: tamboril, orelha-de-negro, timbaúva
Nome Cientifíco: Enterolobium contortisiquuum (Vell.) Morong
Família: Fabaceae, Ex- Leguminosae-Mimosoideae

O saboeiro

Árvore nativa de médio porte, 5-9m de altura e de tronco cilíndrico de 30-40cm de diâmetro, copa densa e globosa. Folhas compostas imparipenadas, contendo 7 folíolos. Fruto drupa globosa, que contem saponina e por isso usado até para lavar roupas. Suas sementes têm dormência imposta pela impermeabilidade do tegumento e são utilizadas para artesanato.  
Vegeta predominantemente da região amazônica até Goiás e Mato Grosso e considerada uma das espécies mais utilizadas para arborização urbana, pela beleza da sua copa, resistência e pela condição de planta perenifólia e ornamental. Considerada higrófita heliófita e portanto adaptável a locais de maior umidade(Lorenzi, 2002).

Nome Popular: saboeiro, sabão-de-macaco, sabonete
Nome Cientifíco: Sapindus saponaria L.
Família: Sapindaceae

O jequitibá-rosa

Uma das maiores árvores brasileiras, com altura de 30-50m e tronco medindo 70-100cm de diâmetro. Folhas membranáceas. Flores pequenas de coloração creme. Frutos secos deiscentes do tipo pixídio encontrados desde a região nordeste até o Paraná, predominantemente na floresta pluvial atlântica.
Trata-se de espécies longevas que vivem mais de 3.000 anos e podem ser utilizadas no paisagismo em parques e praças, pela beleza da sua copa e exuberância do seu porte (Lorenzi, 2002). Os índios brasileiros utilizavam o fruto do jequitibá como cachimbo e até como isqueiro, para acender suas fogueiras.
Sua ocorrência se dá nos Estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul, tanto na floresta pluvial atlântica como na latifoliada semidecídua da bacia do Paraná (CARVALHO, 2005b e LORENZI, 2008)
Há registros de indivíduos em vários Estados do Nordeste, como a Bahia, como é o caso do Município de Camacã, na zona cacaueira que tem um exemplar com 48 m de altura e mais de um metro de diâmetro. Em Sergipe, segundo a Embrapa, não há registro dessa espécie.
O maior e mais antigo jequitibá-rosa se encontra no Parque Estadual do Vassununga, em Santa Rita do Passa Quatro – São Paulo, e possui mais de 3.000 anos de idade, provavelmente a mais velha árvore do Brasil, com altura de 40m e diâmetro de 3m.
O jequitibá-rosa atualmente é uma das espécies arbóreas nativas que se encontra na lista oficial das espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção, categoria vulnerável, devido principalmente à exploração desordenada e sem plantio de reposição (RIZZINI, 1971). Motivo importante para recomendar o seu plantio em praças e parques da nossa região.

Nome Popular: jequitibá-rosa, jequitibá-grande
Nome Cientifíco: Cariniana legalis (Mart.) Kuntze
Família: Lecythidacea

O pau-ferro

Árvore bastante ornamental, de copa arredondada e baixa, que mede de 10-15m de altura e de tronco curto de 40-60cm de diâmetro, liso e manchado de branco, que vegeta na floresta pluvial atlântica, desde o Piauí até o Rio de Janeiro, passando por todo o nordeste do país, tem sido também utilizado para recuperação de áreas degradadas e exploração de madeira de excelente qualidade.
Trata-se de uma leguminosa de madeira muito dura e resistente, de folhas compostas bipinadas, com 5-11 pinas opostas, contendo de 8-24 folíolos, cada e fruto do tipo legume duro e de cor escura (Lorenzi, 2002).  
O pau-ferro por ser uma planta seletiva higrófita, geralmente encontrada em várzeas úmidas e adaptável em locais baixos pode e deve ser utilizado no paisagismo e arborização de praças e parques em locais menos elevados. Seu plantio em calçadas sob fiação e em locais de transito intenso deve ser evitado porque essa espécie tem galhos menos resistentes que costumam quebrar em épocas chuvosas de ventos fortes.
Destaca-se de outras leguminosas por possuir um tronco característico com casca fina de tons brancos, verdes e marrons, daí ser também conhecida por árvore-leopardo, lembrando os troncos de eucaliptos e de outras espécies da família Myrtaceae.

Nome Popular: pau-ferro, jucá
Nome Cientifíco: Libidibia ferrea Benth.
Sinonímia: Caesalpinia férrea Mart. Ex Tul.var.ferrea
Família: Fabaceae

O abricó-de-macaco

Árvore nativa higrófita típica de terrenos inundáveis, medindo de 8-15m  de altura e 15-20cm de diâmetro, com folhas aglomeradas nas extremidades dos ramos, flores perfumadas e frutos do tipo baga globosa grande contendo uma polpa carnosa (Lorenzi, 2002).
Trata-se de um vegetal muito ornamental que quando floresce decora grande parte do seu tronco com flores muito grandes e lindas e após frutificação seus frutos envolvem o caule oferecendo um belo espetáculo.
Apesar de sua origem higrófita o abricó tem boa adaptação em locais mais secos.
Pela beleza da sua floração e frutificação, conformação de copa e abundância de sombra essa espécie pode ser utilizada para arborização de parques e praças. O seu uso em ruas tem restrições pelo fato de possuir fruto grande e apresentar um mau cheiro no seu apodrecimento. Sua floração geralmente ocorre de setembro a março e frutifica de dezembro a março.

Nome Popular: abricó-de-macaco
Nome Cientifíco: Couroupita guianensis Aubl..
Família: Lecythidaceae

O tamarindeiro

Introduzido no Brasil a partir da Ásia Tropical, apesar de sua origem africana, vegeta sub espontaneamente em quase todos os Estados brasileiros. Esta árvore de belo aspecto, mede de 10-15m de altura, com tronco grosso, de casca fendilhada, copa arredondada, fornece madeira própria para construção civil, além dos seus atributos medicinais. 
Suas folhas são alternas compostas, pinadas com 10-15 pares de folíolos opostos. Flores pequenas, andróginas amareladas, dispostas em racemos axilares curtos, (Lorenzi, 2006). Fruto do tipo legume ou vagem indeiscente oblongas e pardas, de até 12 centímetros de comprimento, com polpa de cor escura e sabor acidulado (Lorenzi, 2003).
Apesar de seu crescimento lento em algumas condições ecológicas, a árvore pode e deve ser utilizada para arborização urbana pela beleza da sua copa, qualidade da sua sombra e resistência à seca, principalmente em ruas largas, canteiros centrais de avenidas, praças e parques.

Nome Popular: tamarindo, tamarino
Nome Cientifíco: Tamarindus indica L.
Família: Fabaceae

A acácia-australiana

Árvore perenifólia, de 10-15m de altura originária da Austrália e Malásia pode ser usada no paisagismo brasileiro pelos seus atributos ornamentais, copa densa elegante e elevada resistência.
Possui tronco ereto, cinza-pardo, copa ovalada com folhagem densa. Folhas simples, alternas, com pecíolo curto e nervuras salientes, denominadas filódios permanentes, já que não evoluíram para folhas pinadas (Lorenzi, 2003).
Flores em inflorescências brancas axilares, contendo numerosos estames. Fruto seco do tipo legume ou vagem de cor marrom, torcidos ou espiralados, contendo sementes pretas.

Nome Popular: acácia-australiana
Nome Cientifíco: Acacia mangium Wild.
Família: Fabaceae 

A canela-da-índia

Árvore ornamental, medicinal e de uso geral na culinária, originária da Índia e Sri Lanka, tipicamente tropical, perenifólia, de 8-12m de altura, copa compacta arredondada. Folhas aromáticas simples, pecíolo longo e ápice agudo, com uma nervura central e um par de nervuras laterais curvilíneas. Flores inexpressivas branco-amareladas. Frutos do tipo drupa, ovoides pequenos, pretos contendo uma só semente (Lorenzi, 2003).
O seu uso na culinária e medicina é através da extração das cascas dos ramos novos, prática utilizada mundialmente e considerada uma das mais antigas da humanidade.
Como apresenta boa rusticidade, uma copa densa e arredondada e pelas suas características tropicais e porte, pode ser recomendada para utilização em ruas, praças e parques.

Nome Popular: canela-da-índia
Nome Cientifíco: Cinnamomum zeylanicum Nees
Família: Lauraceae

O louro

Uma pequena árvore, 5-7m de altura, perenifólia, originária do Mediterrâneo. Folhas simples coriáceas, brilhantes, aromáticas, verde-escura na superfície superior, e opaca na inferior. Flores pequenas amarelo-esverdeadas. Fruto do tipo drupa, globoso, arroxeado, suculento, com uma pequena semente, que só aparece quando as flores murcham (Lorenzi, 2003)
Consagrado aos deuses Apolo, do sol, e Esculápio, da medicina, o louro constituiu uma planta muito importante na antiguidade greco-romana. Com uma coroa de suas folhas, símbolo da glória, enfeitavam-se as cabeças dos heróis, poetas, campeões esportivos e homens ilustres. 
Apesar de ser originária de regiões de clima temperado, é bastante tolerante ao clima tropical e pela beleza da sua copa pode ser utilizados em arborização de ruas, parques e praças.

Nome Popular: louro, loureiro
Nome Cientifíco: Laurus nobilis L.
Família: Lauraceae

O cedro-rosa

Árvore brasileira de grande porte, medindo de 20-30m de altura e 60-90cm de diâmetro. Folhas compostas e troncas com cascas de aroma forte, muito parecido com o do alho. Fruto capsula deiscente (Lorenzi, 2002).
Sua madeira é leve e macia ao corte utilizada para fabricação de compensados, escultura talhas, lápis, instrumentos musicais e pela beleza da sua copa é muito utilizado em paisagismo e reflorestamentos de áreas degradadas.  O cedro é também uma alternativa para arborização de praças e parques em locais de solos húmidos.

Nome Popular: cedro-rosa
Nome Cientifico: Cedrela Fissilis Vell.
Família: Meliaceae

O cravo-da-india

Árvore de 6-10m de altura, com folhas simples, opostas, ovaladas longo pecioladas, com pecíolo vermelho, coriáceas, brilhantes aromáticas, com ramagem densa. Flores pequenas, tubulares aromáticas, róseas ou avermelhadas, disposta em corimbos terminais, frutos em forma de drupas, secos e ovoides de cor roxa-avermelhados (Lorenzi,2003). 
O cravo da índia, originário da Índia, Filipinas, Indonésia e Molucas, é formado pelo ovário e pelos botões florais, colhidos antes de desabrocharem, e o nome cravo, deve-se á sua forma, muito semelhante à de um cravo de ferradura.
Quando Vasco da Gama descobriu a rota marítima para as Índias orientais, no século XI, encontrou craveiros nas Ilhas Molucas que ficam no leste da Indonésia de onde se originaram os craveiros brasileiros. 
O craveiro, pela sua copa ornamental pode ser utilizado na arborização das cidades, em ruas de calçadas amplas, canteiros centrais de avenidas, parques e praças.

Nome Popular: cravo-da-índia
Nome Cientifíco: Syzygium aromaticum L.
Família: Myrtaceae