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Mostrando postagens com marcador Plantas de Restinga. Mostrar todas as postagens
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O araçá-da-praia

Árvore de 3-6 m de altura, copa rala e irregular, tronco tortuoso de 15-25 cm de diâmetro, casca lisa e descamante, folhas coriáceas, flores axilares, fruto baga globosa com polpa suculenta e adocicada, amarelos ou vermelhos (Lorenzi,2002), o que sugere que a espécie possa ser dividida em dois morfotipos. Existem duas variedades naturais, uma de frutos vermelhos chamada cientificamente de Psidium cattleyanum forma lucidum coletada no planalto do RS e a outra que produz frutos vermelhos classificada como Psidium cattleyanum forma típica de espécie endêmica da Mata Atlântica que ocorre desde o sul da Bahia até o estado do Rio Grande do Sul, em restingas litorâneas, locais úmidos de um modo geral, na Floresta Ombrófila (Lorenzi 1992).
A árvore do Araçá amarelo é perenifólia e de porte reduzido e por isso serve muito bem para arborização urbana e paisagismo. As folhas brilhantes e as flores brancas tornam a planta muito decorativa, além de seus frutos atraírem pássaros.  Espécie indicada para Aracaju, pois a planta é muito resistente e adequada para solos arenosos. Sua produção precoce de frutos alimenta a fauna em geral. As flores são melíferas.

Nome popular: araçá-da-praia, araçá-cagão
Nome científico: Psidium cattleianum Sabine
Família: Myrtaceae

Por: Antonino Campos de Lima - Eng° Agrônomo

O algodão-do-brejo

Uma pequena árvore de 3-6m de altura e com 20-30cm de diâmetro de tronco, copa globosa, folhas simples, flores grandes e inteiramente amarelas, fruto do tipo cápsula fibrosa deiscente, que ocorre  em toda a região nordeste até o Paraná, principalmente na floresta pluvial de restinga e mangue (Lorenzi, 2002).
Espécie muito parecida com o Hibiscus tiliaceus L. (algodão-da-praia), que difere pelo porte maior (10-12m) e pelo detalhe da textura foliar e da corola que na segunda espécie citada possui mancha púrpura na base da corola e estigmas florais  vermelho-escuros e das folhas com textura cartácea.
O algodão-do-brejo é um vegetal bastante adaptado a solos encharcados, resistente à salinidade e vegetando bem em  terrenos arenosos,  daí a sua indicação para arborização de ruas de calçadas estreitas e em tratamentos paisagísticos de lagoas, lagos e de áreas úmidas.

Nome popular: algodão-do-brejo
Nome científico: Hibiscus pernambucensis Arruda
Família: Malvaceae

Por: Antonino Campos de Lima - Eng° Agrônomo

O grageru

Arbusto que vegeta espontaneamente  nas dunas e restingas do nordeste brasileiro, também pode ser descrito como uma árvore de 4-6m, com ramos glabros e  tronco tortuoso e ramificado, medindo de 20-30cm de diâmetro, folhas simples, completas, glabras, frutos suculentos de coloração vermelha, preta ou branca (Lorenzi, 2002).
As pesquisas comprovaram, até o momento, a eficácia científica de C. icaco como hipoglicemiante (Di Stasi & Hiruma-Lima, 2003).
Seus frutos com uma polpa branca e adocicada são comestíveis e em muitos países utilizados como doces e em conservas, sendo em alguns locais comercializados em feiras e mercados (Pio Corrêa, 1926; Braga, 1960; Ferrão 1999; Ugent & Ochoa, 2006)
O grageru, guajiru, guaru, abajurú  entre outros nomes, existia em grande quantidade na zona sul de Aracaju/SE, daí ter emprestado o seu nome para um conhecido bairro da cidade. Esse vegetal tem qualidades ornamentais interessantes para paisagismo, já que além das suas folhas que se destacam pelo verde claro brilhante, sua formação de copa, quando de maior porte é bastante ornamental. Seu maior mérito, entretanto é a imensa capacidade de sobrevivência ás condições adversa de salinidade e vento, já que é um dos poucos vegetais presentes nas dunas das praias nordestinas.
No litoral sul de Sergipe, o grageru não ultrapassa a altura de 1,0m, talvez pela falta de nutrientes no solo salinizado da praia, contudo em regiões de solo menos pobre, como ocorre no litoral norte do Estado, chega a atingir mais de 2,0m e no Estado da Bahia, nas praias de Morro de São Paulo, chega a atingir 10m de altura, tornando-se uma bela e resistente árvore.  

Nome popular: grageru, maçanzinha-da-praia     
Nome científico: Crysoballanus icaco L.
Família: Crysoballanaceae

Por: Antonino Campos de Lima - Eng° Agrônomo

A pindaíba

Árvore nativa, que ocorre nos remanescentes da mata atlântica do nordeste com predominância entre o sul da Bahia e o Rio Grande do Sul, com porte de 10-30m de altura e tronco medindo de 30-60cm de diâmetro.
Sua madeira, moderadamente pesada é bastante empregada na construção civil e sua copa muito ornamental, com folhagem delicada, semelhante a uma conífera, a torna bastante indicada para paisagismo e arborização urbana (Lorenzi, 2002).
Ainda segundo Lorenzi (1992), os frutos da pindaíba são muito apreciados por pássaros. Além disso, apresenta rápido crescimento sendo útil em reflorestamentos heterogêneos destinados à recomposição de áreas degradadas de preservação permanente. Essa característica também contribui para o resgate da fauna no ambiente urbano.
Apesar de sua indicação para o uso, ressaltamos que no estado de Sergipe, tem sido registrado casos de ataques de pulgões a esta espécie.

Nome Popular: pindaíba
Nome científico: Xylopia brasiliensis Sprengel
Família: Annonaceae

Por: Antonino Campos de Lima - Eng° Agrônomo

A aroeira-vermelha

     
A aroeira é uma árvore, bastante resistente, com 5-10m de altura e 30-60cm de diâmetro de tronco, de  casca fina e escamosa que produz uma resina, branco-leitosa, contendo terebintina.  Seu fruto é pequeno, arredondado, vermelho, lustroso, com cheiro de pimenta.
     No caso da aroeira-vermelha (Schinus terebenthifoliius Raddi), essa espécie desprende um pó, que pode prejudicar os eventuais usuários da sua frondosa sombra, provocando erupções de pele e até tumores nas articulações.  A aroeira é utilizada no nordeste brasileiro para tingimento de redes de pescar pelo elevado teor de tanino na casca, por isso também usada em curtumes para curtir peles.
     Apesar das inconveniências citadas, ela tem uma copa bastante ornamental, uma adaptação enorme a solos arenosos, podendo ser utilizada em paisagismo e arborização urbana.
     Suas flores são  melíferas e é uma das plantas mais procuradas pela avifauna (Lorenzi, 2002).

Nome Popular: aroeira-vermelha
Nome Cientifíco:  Schinus terebinthifoliius Raddi
Família: Anacardiaceae

Por: Antonino Campos de Lima - Eng° Agrônomo

O ingazeiro

São representadas por mais de cem espécies, no Brasil, segundo os botânicos. Dentre estas  destacam-se: o ingá comum  (Inga edulis), também conhecido por ingá-cipó, planta comestível; o ingá-de-brejo, (Inga laurina); legume parecido com o amendoim; Ingá-macaco ou ingá-ferradura( Inga sessilis), cuja madeira é utilizada como carvão; Ingá-quatro-quinas ou de beira-de-rio (Inga vera); Ingá-cabeluda ou miúda (Ingá vulpina); ingá-feijão (Inga marginata), entre outras.
A ingá-de-quatro-quinas ou ingá-do-brejo é uma das espécies nativas que podem fazer parte do elenco de ingazeiras ornamentais.
Possui uma altura média de 5-10m e tronco de 20-30 cm, folhas compostas parimpenadas, de ráquis alada, flores melíferas, fruto  do tipo vagem cilíndrica, com sementes envolvidas por uma polpa carnosa (Lorenzi, 2002). Vegeta bem em solos bem drenados, apresenta um porte elegante recomendável para uso em paisagismo e arborização urbana.

Nome Popular: Ingá
Nome Cientifíco: Ingá edulis
Família Botânica: Fabaceae / Leguminoseae


Por: Antonino Campos de Lima - Eng° Agrônomo

A maçaranduba

Árvore lactescente, de 10-25 m de altura, tronco ereto e cilíndrico medindo 10-25 m de diâmetro, com casca grossa, copa arredondada, folhas simples coriáceas, fruto pequeno redondo, do tipo baga globosa contendo duas sementes imersas em polpa adocicada comestível contendo bastante látex (visgo), comum nas matas da Costa Atlântica, desde o Pará ao Rio de Janeiro (Lorenzi, 2002).
Em Sergipe é encontrada raramente em regiões de transição mata pluvial /restinga em fase de extinção pelo avanço da especulação imobiliária, principalmente próximo aos centros urbanos.
Além da espécie Manilkara salzmannii (DC)Lam, também conhecida por  maçaranduba-preta e maçaranduba-vermelha, ocorre outras espécies como as da região amazônica, com porte mais avantajado, 30-50m, também lactescente, que é a Manilkara huberi, conhecida na região por maçaranduba- de-terra-firme, cuja madeira de excelente qualidade é a mais usada em construção civil externa (postes, dormentes, estacas moirões, vigas, ripas, tábuas para assoalhos, tacos). È a mais valorizada pela qualidade de sua madeira. Seu látex é comestível e usado como substituto do leite bovino na região norte. Outras espécies como Manilkara bidentata tem látex de melhor qualidade e é comercializada para fabricação de goma de mascar por ser a melhor fonte de balata (gutta perche) e para massa de modelagem e calafetagem. e M. zapota, essa última da América Central, responsável pela melhor goma de mascar do mundo, formam o eclético grupo das maçarandubas.

Nome popular – Maçaranduba
Nome científico Manilkara salzmannii (DC) Lam.
Família botânica – Sapotaceae

Por: Antonino Campos de Lima - Eng° Agrônomo

O angelim-rosa


Essência arbórea nativa do Brasil, o angelim vegeta  bem no norte e nordeste do país. Seu tronco chega a medir de 6-12 m de altura e de 30-40 cm de diâmetro folhas alternas compostas imparipinadas, suas flores são roxas, formando cachos cheios e sólidos, florescem geralmente entre novembro e dezembro e seus frutos amadurecem entre fevereiro e abril. A casca de odor fétido, produz uma mucilagem adocicada. Tanto a casca e o lenho como as sementes possuem propriedade medicinais.
Árvore com excelentes características ornamentais, recomendada para paisagismo em geral e arborização urbana (Lorenzi, 2002). O angelim fornece madeira de boa qualidade, utilizada para trabalhos de marcenaria, como tábuas, portas, janelas, esteios, caibros, dormentes, etc. Em tupi, o termo andira significa morcego, o que constitui uma referência ao fato de que esse animal se alimenta dos seus frutos.


Nome Popular: Angelim-rosa
Nome Cientifíco: Andira fraxinifolia Benth.
Família: Fabaceae / Leguminosae

Por: Antonino Campos de Lima - Engenheiro Agrônomo

A mangabeira

Árvore lactescente, com 5-7m de altura, copa arredondada, tronco tortuoso, bastante ramificado, revestido por casca suberosa mais ou menos áspera, de 20-30cm de diâmetro, com folha simples,  Inflorescência, com flores perfumadas de cor branca, é uma das mais importantes plantas do nordeste.
Possui um fruto, do tipo baga globosa, amarelado, com estrias vermelhas, com polpa adocicada, contendo muitas sementes e um látex especial Lorenzi, 2002).
Pela sua ocorrência no Estado, foi escolhida como a ”Árvore Símbolo do Estado de Sergipe”. No nordeste do Brasil, na caatinga e em alguns estados centrais ela vegeta bem.
Sua importância econômica, além da madeira que é avermelhada, leve e macia, por isso usada para caixotaria, lenha e construção civil, possui um fruto muito saboroso que é consumido in natura ou sob forma de suco, sorvete, doce, xarope, licor, vinagre e álcool principalmente na região nordeste onde é industrializado. Devido á beleza de sua copa, a mangabeira é também utilizada, para arborização urbana em locais mais estreitos, parques e jardins residenciais e públicos.
A mangaba é muito encontrada no litoral sul de Sergipe e nas feiras e supermercados da capital onde é comercializado quase o ano inteiro.


Nome popular: Mangabeira
Nome científico: Hancornia speciosa Gomes
Família botânica: Apocynaceae


Por: Antonino Campos de Lima - Eng° Agrônomo