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Guaraná

 

Fruto do guaranazeiro é uma espécie vegetal arbustiva trepadeira, podendo chegar a 3 metros de altura, sendo bem adaptada ao clima quente e úmido. É encontrado no Brasil, Peru, Colômbia, Guiana e Venezuela, sendo cultivado principalmente no município de Maués, estado do Amazonas, e na Bahia.

Os frutos consistem em pequenas cápsulas, contendo duas sementes cobertas por um arilo branco, contendo em cada um de seus três lóculos uma semente ovóides, denominada guaraná.

O guaraná é uma das plantas mais ricas em cafeína, correspondendo a aproximadamente 3-6% do fruto. As sementes do guaraná contêm alta concentração de compostos fenólicos, de onde vem a sua ação antioxidante.

O guaranazeiro era considerado uma planta sagrada pelos índios maués. Estes preparavam com as sementes uma massa, também conhecida como guaraná, que utilizavam tanto na alimentação como na cura de diversas, enfermidades.


Nome Popular: guaraná
Nome Cientifico: Paullinia cupana Kunth
Família Botânica: Sapindaceae

Dendê

Fruto do dendezeiro, importante palmeira africana, subespontânea no Nordeste brasileiro e cultivada no Brasil. A palmeira chega a 15 metros de altura. Seus frutos são de cor alaranjada, e a semente ocupa totalmente o fruto. Era consagrado a Ifá (nagô), divindade da advinhação e tinha poderes de previsão do futuro.

De sua polpa extrai-se um óleo avermelhado e adocicado (azeite de dendê), muito utilizado na culinária e também na fabricação de velas, sabões, produtos vulcanizados e combustíveis para mtores. Seu rendimento é muito grande: produz 10 vezes mais óleo que a soja, 4 vezes mais que o amendoim e 2 vezes mais que o coco.

O óleo de dendê, além da sua importante participação na gastronomia baiana, é também utilizado em práticas rituais de religiões de matriz africana.

A região Sudeste da Bahia possui uma diversidade edafoclimática excepcional para o cultivo do dendezeiro, com uma disponibilidade de área da ordem de 752 mil  hectares, aliada à existência do país de uma demanda insatisfeita da ordem de 500 mil toneladas de óleo de dendê. 


Nome Popular: dendê
Nome Cientifico: Elaeis guineensis
Família Botânica: Arecaceae (Palmaceae)

Urucum

O urucum aparece em estado silvestre desde as Guianas até a Bahia, sendo também cultivado em todos os Estados brasileiros, bem como outros países, medindo até cinco metros de altura.

A polpa dos frutos do urucum fornece duas matérias corantes a orelina e a bixina (vermelha), amplamente utilizadas como condimento conhecido como “colorau” e também na indústria, onde serve para colorir cera, seda, manteiga e queijo, entre outras coisas.

Os indígenas empregavam a matéria tintorial do urucum para pintar objetos de cerâmica e as si mesmos, protegendo-se assim, dos raios do sol e picadas de mosquito.

O urucum classifica-se também como espécie ornamental prestando-se ainda á confecção de cercas vivas. De seu líber obtêm-se fibras aproveitadas na fabricação de cordoalha grosseira.


Nome Popular: urucum
Nome Cientifico: Bixa orellana
Família Botânica: Bixaceae

Stevia

Pequeno arbusto de no máximo 01 metro de altura, apresenta folhas de forma ovalada, membranosas e oblongas. É uma planta que ocorre no Brasil, em Minas Gerais, Mato Grosso e São Paulo, principalmente, embora seja nativa até no Paraguai.

Mais recentemente, depois que as virtudes da stevia passaram a ser de conhecimento do grande público, as pesquisas científicas em torno de suas pontencialidades como elemento terapêutico cresceram muito, assim como sua demanda, de tal modo que existem atualmente empresas que se dedicam com exclusividade ao seu processamento e distribuição comercial.

A stevia consegue substituir o açúcar comum (feito de sacarose), pois apresenta um grande poder adoçante, mesmo sendo uma substância completamente natural e orgânica. Além de ter a capacidade de adoçar de 200 a 300 vezes mais que o açúcar, a stevia ainda traz uma série de benefícios para a saúde.


Nome Popular: stevia
Nome Cientifico: Stevia rebaudiana
Família Botânica: Asteraceae (Compositae)

Abiu-roxo

Os abieiros são árvores tropicais que produzem frutos bastante cultivados em algumas regiões do Brasil, principalmente no Nordeste. São originários da América Central e das Antilhas e têm um parente próximo brasileiro que é o abiu-amarelo, uma outra espécie da mesma família que apresenta características similares.

Árvore perenifólia lactescente, medindo de 8-20m de altura. Folhas simples, cartáceas de coloração verde-escura lustrosa na face superior e dourado-tomentosa na face inferior. Flores pequenas, brancacentas, agrupadas em fascículos axilares densos. Frutos do tipo baga arredondado, medindo de 2-3 polegadas de diâmetro, de casca fina e cor roxa ou verde a depender da variedade, contendo polpa carnosa e pegajosa devido ao teor de látex e bastante doce, contendo 6-10 sementes de forma achatada. São bastante consumidos in natura e de sabor muito agradável (LORENZI et al, 2006). Em algumas regiões, inclusive, é utilizado como árvore ornamental para sombreamento em áreas urbanas em locais de clima quente e úmido.

São frutos globosos, deliciosos, muito ricos em Potássio, Cálcio e Fósforo. Contém também vitaminas A, B1, B2, C e B3.


Nome Popular: abiu-roxo
Nome Cientifico: Chrysophyllum cainito
Família Botânica: Sapotaceae

Abiu-amarelo

Fruto do abieiro é encontrado e cultivado em pomares domésticos tanto na Amazônia Central, como em quase todo o nordeste de Pernambuco até o Rio de Janeiro. Árvore perenifólia, lactescente de 6-24m de altura, possui folhas glabras cartáceas nas extremidades dos ramos, e com flores em inflorescências dispostas nos ramos, bastante perfumadas. Seus frutos são globosos ou elipsoides e bicudos na extremidade distal, contendo uma polpa suculenta, gelatinosa, translúcida adocicada com 1-4 sementes. Os frutos devem estar bem maduros para se consumir, porque os mais verdes exsudam um látex branco bastante pegajoso da sua casca (LORENZI et al, 2006).

O elevado teor de vitamina C contido no abiu-amarelo, aumenta a velocidade de absorção de ferro. Beber suco de abiu aumenta regularmente o teor de hemoglobina no organismo visando curar a anemia.

Os abieiros fazem até mesmo parte da arborização urbana da região, decorando praças de Manaus, Belém e de algumas cidades do nordeste brasileiro.

Quando bem maduro é um fruto delicioso para consumo in natura, usando-se uma colher por causa do seu látex grudento. Possui um grande potencial para produção de sorvetes, mousse, doces e sucos. Usado também para preparo de purê, após cozido e misturado com macaxeira (KINUPP; LORENZI, 2014).


Nome Popular: abiu-amarelo
Nome Cientifico: Pouteria caimito
Família Botânica: Sapotaceae

Cacau

Originário das regiões tropicais das Américas, o cacaueiro com cerca de 5.0 a 10.00m de altura. O fruto é oval e amarelo quando maduro, contendo uma polpa ácida comestível e numerosas sementes achatadas. A polpa serve para preparar doces e geléias e as sementes para fabricar vinho e licores, alguns medicinais. Para a preparação do chocolate as sementes são postas a fermentar e depois colocadas para secar em instalações especiais como barcaças ou secadores, depois torradas, moídas e misturadas com açúcar.

Para as civilizações mesoamericanas pré-colombianas, as sementes do cacau constituíam uma bebida ritual e uma moeda de troca de alta importância. Recipientes de cerâmica com resíduos da preparação do cacau foram descobertos em sítios arqueológicos datados do Período Formativo (1900-900 a.C.).

A casca é rica em antioxidantes, pectina e minerais, sendo isenta de lactose, açúcar, glúten e cafeína. Pode ser usada na alimentação (tanto humana quanto animal) na produção de adsorventes, fertilizantes orgânicos dentre outros produtos.


Nome Popular: cacau
Nome Cientifico: Teobroma cacao
Família Botânica: Malvaceae

Café

O cafeeiro é um arbusto africano de folhas coriáceae e flores brancas, muito perfumadas. Comenta-se que o consumo desse vegetal foi iniciado na Etiópia quando pastores de cabra observavam que os caprinos quando ingeriam essa planta saltitavam muito e ficavam excitadas com freqüência aguçando a curiosidade desse povo que passou a provar o fruto e adotá-lo de várias maneiras. Porém, a palavra "café" não é originária de Kaffa, e sim da palavra árabe qahwa, que significa "vinho". Por esse motivo, o café era conhecido como "vinho da Arábia" quando chegou à Europa.

O café é, atualmente, a bebida preparada mais consumida no mundo, sendo servidas cerca de 400 bilhões de xícaras por ano. O tipo de café mais comum é o arábica, ocupando cerca de três quartos da produção mundial, seguido do robusta ou conilon, que tem o dobro da cafeína contida no primeiro.

Com o cafezinho incluído tradicionalmente na cultura brasileira, atualmente o Brasil é o 14º país que mais consome café por habitante do mundo, sendo a Finlândia o atual líder do ranking com 3 a 4 xícaras de café por dia, o que equivale a aproximadamente 5,8kg ao ano.


Nome Popular: café
Nome Cientifico: Coffea arabica
Família Botânica: Rubiaceae

Milho

 Uma gramínea originária do continente americano não existe em estado espontâneo e que as mais antigas amostras de milho encontradas em meados deste século, na América revelaram, em testes de carbono radioativo vestígios de grãos de milho que tinham 4 mil anos.

Sabugos de milho com os grãos ornamentavam urnas funerárias mexicanas, descobertas em escavações arqueológicas.

No templo de Cuzco, no peru, ornadas de ouro, prata pedras preciosas, foram encontrados majestosos vasos de prata, cheio de grãos de milho: nos jardins do templo, esculturas de ouro e prata reproduziam pés de milho. O milho era um dos mais importantes alimentos para os nativos americanos e uma mostra disso é que recebia diferentes nomes entre as tribos, mas sempre com o significado de vida. Era comido cozido e assado e, com ele moído, faziam-se bolos e pães. Também foram os primeiros a preparar pipoca.

O milho é a espécie vegetal mais utilizada para pesquisas genéticas. Algumas variedades não comerciais e selvagens de milho são cultivadas ou guardadas em bancos de germoplasma para adicionar diversidade genética durante processos de seleção de novas sementes para uso doméstico - inclusive milho transgênico.


Nome Popular: milho
Nome Cientifico: Zea mays
Família Botânica: Poaceae (Graminae)

Jenipapo

O jenipapo é o fruto do jenipapeiro, árvore nativa das Américas do Sul e Central. A fruta que é semelhante ao figo, chega a ter 10 cm de comprimento e 7 cm de diâmetro. A polpa aromática, de sabor ácido e cor amarelo-pardacenta é utilizada no preparo de compotas, doces, xaropes, bebidas, refrigerante e licor. 

Fruto do jenipapeiro, já era usado pelos índios para pintar utensílios e objetos rituais, e o próprio corpo. Os índios usavam os frutos verdes, cujo suco, tem um principio incolor, que depois de algumas horas torna-se negro e só desaparece da pele em nove dias. A tinta de jenipapeiro era também usada pelos índios para defesa contra os maus espíritos. A pintura com jenipapo sempre estava presente nos ritos de nascimento, de passagens e funerários.

Algumas partes do jenipapeiro (como a raiz, as folhas e o fruto) têm diferentes propriedades medicinais. As cascas do caule e as cascas do fruto verde são usadas também para curtir couro, por serem ricas em tanino. O jenipapo usado em forma de garrafada serve para emagrecimento e junção em dietas para redução de colesterol ruim.


Nome Popular: jenipapo
Nome Cientifico: Genipa americana
Família Botânica: Rubiaceae

Fumo

Era considerada planta sagrada pelos índios, ingerido ou fumado, facilitava a comunicação com os espíritos dos ancestrais e está presente nos ritos de nascimento.

Os índios americanos usavam charutos gigantescos, de até 70cm de comprimento e da espessura de um punho, ou fumavam sob forma de cachimbo.

O centro de origem da espécie situa-se na zona andina entre o Peru e o Equador, região onde os primeiros cultivos terão ocorrido entre cinco mil e três mil anos a.C.

Possui dois importantes alcaloides que são a nicotina e anabasina, e atuam no sistema nervoso central, produzindo taquicardia e aumento da pressão arterial.


Nome Popular: Fumo
Nome Cientifico: Nicotiana tabacum
Família Botânica: Solanaceae

Amendoim

É uma erva nativa da América do sul (Paraguai, Bolívia, Argentina) e foi encontrado nas sepulturas pré-históricas de Ancon, no peru. Os portugueses na colonização levaram-no para a Europa. O amendoim possui a peculiaridade de alongar os pedúnculos florais e o ginóforo que se alongam e se curvam para baixo, enterrando os seus frutos, amadurecendo-os sob o solo de 10cm a 15cm, por isso prefere solos fofos. Rico em proteínas, alto teor de amido e de lipídios. Dele se extrai o óleo com o qual se fabrica margarinas, injetáveis oleosos, sabões e óleo de mesa. Fabrica-se ainda: glicerina, tintas, mordentes, substitutos da borracha, entre outros subprodutos. Os resíduos das suas ramas servem de forragem, as cascas e frutos são utilizados para fabricação de linóleo, dinamite e produtos de limpeza. Suas cascas prensadas, também produzem placas usadas como material de construção. A farinha de amendoim produz pães e pó facial. Atualmente existe mais de 20 variedades cultivadas em várias regiões. Depois de colhidas, suas sementes conservam o poder germinativo por um ano.

O óleo de amendoim possui oleína, linolina, palmitina, estearina, ariquidina e lignocerina e suas sementes possuem cerca de 50% de óleo.

O amendoim é utilizado pela culinária chinesa em diversos pratos típicos, no preparo de doces, e em Sergipe e na maioria das cidades brasileiras, sob forma de confeitos, torrado ou cozido.


Nome Popular: Amendoim
Nome Cientifico: Arachys hypogea
Família Botânica: Fabaceae / Leguminosae

Alecrim

Segundo Sangirardi Jr., “o alecrim era uma planta mágica e panacéia da medicina popular”. Símbolo de fidelidade e amizade. 

Acreditava-se que o alecrim era eficiente contra as pestes e que em várias fórmulas removia os efeitos do veneno, aliviava a gota, fazia crescer o cabelo curava vertigens, ajudava a saúde removia a ansiedade e evitava pesadelos. O alecrim protegia contra toda espécie de espíritos, ferimentos raios e ajudava a manter e renovar a mocidade. A fumaça do alecrim jogado sobre brasas afastava o diabo da casa e na cidade de Cruz das Almas na Bahia era comum colocar recém-nascidos sobre a fumaça do alecrim para livrá-los dos maus espíritos. 

Era uma das ‘’ervas da juventude’’, planta usada no Umbanda para defumar o ambiente e os crentes. Jjá Plínio dizia que o alecrim tinha odor de incenso. “Nos casamentos, o alecrim era símbolo de fidelidade e servia para decorar a grinalda das noivas”.

O alecrim é uma erva, de casca fina, de coloração cinza-escura originária da Europa que contem óleo essencial rico em cineol e cânfora. Na fitoterapia é utilizado contra dores de estomago e considerada planta abortiva, quando consumida em doses elevadas. Todas as partes dessa erva, exalam odor intenso e agradável.


Nome Popular: Alecrim
Nome Cientifíco: Rosmarinus officinalis
Família Botânica: Labiatae

Ciruela

 

Uma fruta exótica de uma pequena árvore originária dos Andes, (Colômbia, Equador, Bolívia, etc.), em regiões de altitude que variam de 100 a 2.600m e introduzida no Brasil nas regiões tropicais, também conhecidas como caferana, ameixa-do-mato, ameixa-do-pará, acerola-do-mato.

A ameixeira-do-pará, como é também conhecida, mede de 2-5m de altura, possui folhas simples, alternas, cartáceas, curto-pecioladas e pubescentes quando jovem. Suas flores são pequenas, andróginas, perfumadas, amarelas, dispostas na mesma inflorescência em racemos axilares e terminais. já as folhas da ciruela contêm flavonoides e atividades antimicrobiana e antinflamatórias (QUEIROZ, 2012).


Os frutos da ciruela são oblongos vermelhos lisos do tipo drupa, com polpa fina de sabor adocicado e coloração vermelha quando bem maduro, ou vermelho-amarelada, contendo geralmente duas sementes (LORENZI et all, 2015). A polpa dos seus frutos, embora não se tenha ainda muitas pesquisas bromatológicas, é rica em carotenoides do tipo licopeno, sucedâneo do molho de tomate e importante para degeneração macular dos olhos.

 

Nome Popular: caferana, ameixa-do-mato, acerola-do-mato
Nome Cientifíco: Bunchosia armeniaca (Cav.) DC.
Família Botânica: Malpighiaceae

Rosa do Deserto

 

A rosa-do-deserto, é uma planta exótica muito ornamental, pertencente à família Apocynaceae, de pequeno porte nativa da África e da Península Arábica e das regiões do Sahel, ao sul do Saara (da Mauritânia e Senegal ao Sudão).

Acostumada a muito vento e a estiagem prolongada. Por ser uma planta de clima desértico, ela precisa de pouca água, pois já armazena muita água em seu bulbo.

Ao preparar a muda, o solo ideal é uma mistura de areia com substrato ou húmus de minhoca incluindo-se nessa mistura o carvão vegetal, porque ele ajuda bastante na drenagem do vaso. Além disso, é leve, barato e muito durável.


Antes de irrigar precisa observar se o substrato está seco antes de regar a espécie novamente, já que a rosa-do-deserto é extremamente intolerante ao solo úmido demais. Para verificar a umidade, é só tocar o solo com os dedos.

Na estação mais quente, recomenda-se regas de duas a três vezes por semana, já no inverno, precisa reduzir para uma vez a cada sete dias. A água não pode ficar acumulada no vaso para que a raiz da planta não apodreça. Cada vez que a gente coloca água na planta, é como se estivesse lavando o substrato, então é preciso repor nutrientes com frequência para alimentá-la. Qualquer fertilizante que seja próprio para floração pode ser utilizado.  Como a rosa-do-deserto demora bastante para crescer o ideal nesse caso é darmos preferência para mudas enxertadas, por crescer mais rápido.


Nome popular: rosa-do-deserto
Nome científico: Adenium obesum
Família botânica: Apocynaceae

https://www.jardineiro.net/plantas/rosa-do-deserto-adenium-obesum.html

Uma nova alternativa para o canabidiol

 

Árvore nativa de médio porte, medindo de 5-12m, e tronco de 20-40cm, folhas perenes, simples, alternas, muito comum em várias formações florestais e em áreas abandonadas, tem sido estudada como alternativa importante na área da saúde, para substituir a Cannabis sativa, no tratamento de problemas de ordem neurológica.

Essa árvore nativa além dessa possibilidade medicinal possui madeira de baixa qualidade, mas que pode ser aproveitada para tabuado e para lenha e carvão. Conhecida também popularmente por pau-pólvora por servir para fabricação de pólvora.


Cientistas descobriram canabidiol, um composto ativo encontrado na maconha, que também foi encontrado em uma árvore conhecida popularmente por (periquiteira, grandiúva, pau-pólvora, entre outros), uma espécie de crescimento rápido que é encontrada em grande parte do Brasil.

O Líder do estudo, o biólogo Rodrigo Moura Neto, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi quem divulgou a informação.


“É uma planta que já está espalhada pelo Brasil inteiro. Seria uma fonte mais fácil e barata de obter o canabidiol”, disse o pesquisador, segundo relato publicado pelo jornal Folha de S.Paulo.

Um dos principais compostos ativos da Cannabis, o canabidiol não tem efeitos alucinógenos. É cada vez mais utilizado para tratar condições como epilepsia, distúrbios motores, dores crônicas e ansiedade.

O que provoca efeito psicoativo é o tetrahidrocannabinol ou THC. A análise química do cientista revelou que flores e frutos dessa pequena árvore, muito comum no Brasil, contém CBD, mas não contém THC.


Sem dúvidas é uma grande descoberta, uma espécie que faz parte da flora nativa Brasileira e que tem grande potencial medicinal, podendo ajudar muitas pessoas que fazem o uso do canabidiol no Brasil e no mundo.

 

Nome popular: periquiteira, grandiúva, pau-polvora
Nome científico: Trema micrantha (L.) Blume
Família botânica: Cannabaceae (Ulmaceae)

 

Disponível em www.oglobo.globo.com/brasil/noticia/2023/
Disponível em: www.tempo.com.br/brasil/planta-brasileira-com-canabidiol

Umbu Gigante

 

O umbu possui sabor exótico e, tradicionalmente, foi se tornando um disputado ingrediente para produtos diversos, comercializados em feiras livres, supermercados e lojas de conveniência. Seu extrativismo proporciona renda para milhares de famílias na região semiárida do Nordeste brasileiro.

Com peso de 4 a 5 vezes acima dos frutos convencionais, este tipo, é um dos acessos do Banco de Germoplasma da Embrapa Semiárido, apresentando potencial para cultivo voltado para o agronegócio. O extrativismo de umbuzeiro é uma atividade importante na geração de renda dos agricultores familiares do semiárido brasileiro, e um tipo de umbu com a característica do Gigante possibilita a implantação de uma fruticultura de sequeiro. Plantas de umbu gigante podem ser utilizadas para reflorestar o bioma caatinga, enriquecendo a vegetação com uma planta nativa capaz de reduzir os efeitos da degradação da região.


Foi no final dos anos 90 que a Embrapa Semiárido e a extinta Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) juntaram forças para fomentar o cultivo de umbuzeiros em diversas cidades da Bahia.

O resultado desse trabalho são quatro cultivares de umbuzeiro melhores adaptadas às várias condições edafoclimáticas da região. Batizadas como BRS 48, BRS 52, BRS 55 e BRS 68, suas características atendem a demandas importantes da cadeia produtiva, principalmente para o processamento nas agroindústrias de doces, geleias, sucos, picolés, sorvetes, compotas e bebidas artesanais.


Seus frutos podem chegar a um peso acima de 60 gramas. Por isso foram chamados de “umbu gigante”. Brotando em umbuzeiros que ocorreram na natureza e que foram selecionados por agricultores em parceira com órgãos de pesquisas, essa Spondia, se destaca por suas características genéticas diferenciadas.

Atualmente a pesquisa tem feito a seleção de plantas que apresentem características de boa produtividade, frutos médios a grandes em relação ao seu tamanho normal (10 a 20 g), casca fina e lisa, maior percentagem de polpa e alto teor de brix. Assim, tem sido feita a seleção de plantas na região semiárida do Norte de Minas Gerais, Bahia e Pernambuco, apresentando copas com frutos considerados gigantes, em torno ou acima de 100 gramas, e com bom paladar de polpa.

Nome popular: umbu gigante
Nome científico: Spondias tuberosa
Família botânica: Anacardiaceae

Disponível em Fundaj - https://www.gov.br/fundaj
Disponível em Embrapa - https://www.embrapa.br/
Disponível em Jornal dia de campo - http://www.diadecampo.com.br/

O Sambacaitá

Uma curiosa planta medicinal da família Lamiaceae, de pequeno porte comumente encontrada no nordeste brasileiro e muito comum em Sergipe e Alagoas, tem sido pesquisada para combate a cólicas menstruais, problemas digestivos, dor de dente, cefaleias, gripes, febres, afecções respiratórias, crises intestinais, amenorréias, dismenorréias, rinofagite, congestão nasal, doenças de pele, problemas gástricos, infecções bacterianas, usadas também para cicatrização de feridas. Caule e raiz tem sido a parte mais utilizada da planta.

A Flora Brasileira, considerada a maior do planeta, possui mais de 43 mil espécies descritas e dessas existem mais de 10 mil com potencial terapêutico, segundo a Associação Paulista de Fitoterapia.

Estudos realizados com essa planta, segundo (Lira, 2006), essa herva foi submetida a estudos in vivo e in vitro, em pesquisas fitoquímicas do extrato aquoso e ficou comprovado a presença de um rico princípio ativo, composto por terpenos, canfeno, linalol, limoneno, ácido ursólico, timol, pineno entre inúmeros outros compostos químicos de excelência para produção de medicamentos.

Em outra pesquisa, segundo (Vasconcelos, 2018), para determinar a atividade antimicrobiana das amostras, foi realizada o teste da Concentração Inibitória Mínima e para avaliar a viabilidade celular foi realizado o ensaio do MTT, investigando a presença de citotoxicidade.

Uma observação importante é nunca utilizar o sambacaitá em tratamento de mulheres gravidas ou em pessoas que apresentem problemas renais graves.

Em Sergipe, segundo pesquisas da Universidade Federal de Sergipe - UFS, o início da floração do sambacaitá, ocorre no final de julho, e em outubro ocorre a dispersão das sementes. Após esse período, as plantas entram em estado de senescência. 

Nome Popular: sambacaitá, canudinho, erva-canudo
Nome Cientifíco: Hyptis pectinata L. Poit
Família Botânica: Lamiaceae (Labiatae)

LIRA, Amintas. TOXICIDADE AGUDA E ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DO EXTRATO AQUOSO E ÓLEO ESSENCIAL DA Hyptis pectinata (L.) POIT (SAMBACAITA), EM MODELO MURINO DE ARTRITE INDUZIDA POR CRISTAIS DE URATO DE SÓDIO, PÁG. 8, 2006 disponível em https://ri.ufs.br/bitstream/riufs/3709/1/AMINTAS_FIGUEIREDO_LIRA.pdf.

VASCONCELOS, Camila Moreira. AVALIAÇÃO DA MIGRAÇÃO CELULAR, ATIVIDADE ANTINFLAMATORIA E ANTIMICROBIANA DA HYPTIS PECTINATA L. POIT.: ESTUDOS IN VITRO E IN VIVO COM VISTAS AO TRATAMENTO DE FERIDAS. 2018. 85 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Escola de Enfermagem e Farmácia, Programa de Pós Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2018.

A Fava e seu uso na culinária

 

Um legume herbáceo (40-90 cm de altura), de origem africana e do Oriente Médio, conhecido no Brasil como uma planta alimentícia não convencional (PANC), a fava possui um caule rígido ramificado, de quatro quinas, folhas compostas pinadas, flores brancas perfumadas contendo uma mancha negra. Frutos tipo vagem ou legume, cilíndricos de 10-20 cm.

Suas sementes podem ser consumidas quando maduras ou até imaturas (verdes). Sementes secas podem apresentar 25% de proteína, 55% de carboidratos, 2% de lipídios, além de aminoácidos, minerais e vitaminas B e E, e podem ser torradas como o amendoim.


As folhas novas podem ser consumidas como verdura cozida. (KINUPP.V.F., LORENZI.H.,2014).

A fava é muito saborosa, contudo, precisa ser bem lavada e passar por um processo de fervura antes de ser cozida com os demais ingredientes para evitar seu amargor indesejável.

No vocabulário popular da língua portuguesa, a expressão: “Vá às favas”, não representa a delícia que é o consumo versátil dessa leguminosa.

 

USO NA ALIMENTAÇÃO

As sementes secas da fava podem ser cozidas e usadas no preparo de inúmeros pratos como: Saladas de fava, purês, torradas, além de dezenas de outros pratos, como: Dobradinha de fava; Fava verde cozida, Arroz com fava; Fava com toucinho; Fava com carne seca e costelinha; Fava com costela e bisteca de porco; Fava com carne de porco; Fava com leite de coco; Fava com mocotó; Risoto com linguiça e fava; Sopa cremosa de fava; Fava tropeira; Fava branqueada, etc...


Fava com leite de coco: Deixe a fava branca de molho durante uma noite inteira, refogue por 5 minutos a fava na cebola picada, no alho, na pimenta de cheiro, e nos sachês de tempero para feijão, acrescente a água e deixe na pressão por 30 minutos, abra a panela mexa e acrescente o leite de coco misture bem, deixe na pressão por mais 30 minutos, o ponto certo é quando a fava já está molinha, se ela n estiver sempre acrescente um copo de água e volte para pressão até chegar no ponto, Ideal para servir com um arroz branco ou colorido. 

 

Fava com charque: Cozinhe a carne-seca, dessalgue-a bem e corte em cubos de aproximadamente 1.5cm de lado e reserve, coloque as favas de molho em água abundante de um dia para o outro, trocando a água algumas vezes, dê uma fervura rápida, escorra e depois leve ao fogo numa panela com óleo os pedaços de bacon, quando estiverem dourados refogue com o alho picado e a cebola, junte a linguiça cortada em rodelas e a carne-seca em cubos, coloque então as folhas de sálvia picadas grosseiramente e refogue tudo muito bem em fogo baixo, escorra e adicione à panela as favas, o tomate picado e a pimenta, Refogue por quinze minutos, cubra com o caldo de legumes o conteúdo da panela, tampe a panela e cozinhe em fogo baixo até que as favas e as carnes estejam macias e o caldo espesso. Cubra com um fio de azeite de oliva virgem e sirva.

Nome popular: fava, feijão-fava
Nome científico: Vicia faba L.
Família botânica: Fabaceae (ex-Leguminosae)

Ferreira Kinupp, Harri Lorenzi: Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no    Brasil: guia de identificação ,aspectos nutricionais e receitas ilustradas  Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 86 .p.422.